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Luciano Pires -

E aí brasileiros e simpatizantes? Vamos voltar àquela discussão proposta no programa ESSA TAL BRASILIDADE? Prometemos que montaríamos um segundo programa com as opiniões dos ouvintes e aqui está a promessa cumprida. Este é outro daqueles programas que dá orgulho quando a gente faz, sabe como é? Exclusivamente com a opinião dos ouvintes, mas com um pitacozinho da gente no final, não é? Na trilha sonora brasileiríssima estão o Divina Caffé, Grupo Vou Vivendo, Yo Yo Ma, Altamiro Carrilho com Armandinho, Baby Consuelo e Alcione.

[showhide title=”Ler o roteiro completo do programa” template=”rounded-box” changetitle=”Fechar o roteiro” closeonclick=true]

Bom dia, boa tarde, boa noite! E aí então, brasileiros e simpatizantes? Vamos voltar àquela discussão que propus no programa ESSA TAL BRASILIDADE? Eu prometi que ia montar um segundo programa com as opiniões dos ouvintes e aqui está a promessa cumprida. Este é outro daqueles programas que dá orgulho quando a gente faz, sabe como é?

Pra começar uma frase de ninguém menos que Tim Maia:

O Brasil é uma terra de mestiço pirado querendo ser puro-sangue

Bem, como o programa de hoje é todo montado com comentários de ouvintes, não vai ter sorteio. Cada um que tiver seu comentário aqui ganhou o livro… É só mandar um email pra gente pelo http://portalcafebrasil.com.br com o endereço que a gente providencia.

E não tenho a menor idéia do tamanho que este programa vai ter…

E como muita gente escreveu, vamos montar um esquema diferente, só com música instrumental em BG.

Aliás, só com uma música em BG: BRASILEIRINHO, o imortal chorinho que Waldir Azevedo compôs em 1947 e que é considerado – se não o maior – um dos maiores sucessos do gênero. Vamos tocar em várias versões e já largamos com aquela versão imbatível de Brasileirinho com Altamiro Carrilho e Armandinho que usei num programa anterior e que dá as tintas para este programa.

Pra começar, vamos com o Fabio Federice, que já é veterano do Café Brasil e escreve lá da Irlanda, olha só.

Grande Luciano, Tudo bem contigo ?? De vez em quando eu lhe mando uns e-mails dando os meus pitacos para você e até uma vez você publicou um texto meu, lembra ??? Gostaria de lhe parabenizar pelo excelente trabalho. Posso dizer que o Café Brasil não é o Pokemon das gerações Z, porém está evoluindo muito…

Em semana que ministro cai, estádio não sai do papel e se discute “estupra mas não mata” por twitter  o seu programa com certeza são os  30 minutos mais nutritivos da minha semana…  Porém estou aqui para dizer que o que me motivou em escrever foi o podcast 253 Em Busca da Brasilidade.

Como já mencionei em outros e-mails eu moro na Irlanda e mais ou menos um mês atrás eu e minha namorada fomos para Edimburgo assistir um famoso festival de desfile militar do Reino Unido o Royal Edinburgh Military Tattoo. Como sempre tudo com a devida organização, pontualidade e sobriedade britânica.

Assim, a primeira banda a entrar é obviamente os donos da casa, onde tudo é muito bonito e o sincronismo é perfeito, o alinhamento é milimétrico e o uniforme impecável.

Logo após eis que eles anunciam a entrada da Banda Marcial dos Fuzileiros Navais do Brasil. Foi um choque para nós já que nunca imaginávamos que o Brasil participaria de um evento desse. E então eles entram brilhantemente tocando : Baianidade nagô” e após “Isso aqui o que é?”, com toda a classe e respeito, impressionando todos que estavam assistindo, não acredito haver muitos Brasileiros no festival mas naquele momento veio aquela sensação que para mim só pode ser explicada como “brasilidade” aquele orgulho de poder dizer: ei  é o meu país ali ó ….

Acho que essa imagem irá ficar para sempre na memória e falando ou escrevendo sobre isso dá aquele orgulho lá no fundo de ver “esse” Brasil.

Não fui o único contagiado. Após umas 3 ou 4 músicas era possível sentir a energia e a vibração dos 6 mil espectadores que estavam ali presentes. Com uma extensa salva de palmas e assobios no final, que não se repetiu para as demais apresentações a banda foi embora deixando uma imagem do que é o Brasil.

Na minha opinião, brasilidade é algo muito mais intrínseco, é algo que só quem vivência é que sabe explicar. E não acredito que se possa explicar para um estrangeiro o que é brasilidade…

Talvez eles saibam melhor que nós o que é patriotismo, nacionalismo e respeito ao interesse comum, porém explicar brasilidade é impossível. Isso é algo que cresce no brasileiro e não importa se ele come feijoada ou sushi se ele usa um calçado da China ou de Franca, se usa um computador americano ou não.

Aquele friozinho na barriga que dá quando vemos coisas como essas, só quem já passou por isso sabe o que o significava para Senna segurar a bandeira do Brasil no final da prova, ou ir dormir no meio da madrugada com um sorriso no rosto depois de ver um peixinho com todos os jogadores da seleção do Bernadinho no final do jogo.

Para finalizar, acho que brasilidade é algo que nunca vamos exportar, vender ou comprar. Acho que é apenas isso que explica o “orgulho de ser brasileiro”.  Grande  abraço e continue fazendo esse trabalho fantástico que é nos fazer pensar…..

Então vem o Gilberto Vieira

Brasilidade é fazer piada da própria incompetência, seja ela na eleição de maus políticos seja ela na falta de coragem de cobrar resultados.

Brasilidade e ver a violência generalizada aumentando a cada dia, seja nos crimes cometidos por marginais, seja nas brigas de torcidas organizadas e ficar quieto, passivo, escondido.

Brasilidade é ter uma opção quase infinita de boas músicas e escolher escutar as piores, seja funck carioca, seja qualquer outra modinha passageira.

Brasilidade é, ter um país onde tudo que se planta nasce com vigor e preferir se alimentar diáriamente no Fast Food.

Brasilidade é ter a chance de ouvir programas como este podcast e preferir assistir aqueles sensacionalistas banhados de sangue no horário nobre, ou a programas de humor barato e sem conteúdo.

Brasilidade é poder escolher ser o melhor, mas preferir ser medíocre.

Brasilidade é ter todas as cartas na mão para virar o jogo agora e escolher todo dia, deixar para amanhã. Brasilidade é ver tudo acontecendo na sua frente e ao ser questionado responder simplesmente: Eu não sabia.

Brasilidade é ter a caixa de comentários na sua frente e preferir não se manifestar. Um grande abraço do Giba.

E agora é a vez do Fabricio Emidio.

Vou ser bem sucinto. A maioria dos brasileiros rejeitam a brasilidade, assim como o velho ditado “o santo de casa não faz milagres!”.

Sou farmacêutico e vou completar 30 anos. Apresentei um trabalho de homeopatia em um congresso de farmácia no Rio Grande do Sul, o trabalho apresentava um novo método de análise que agora não vem ao caso, mas o interessante é que muitos estudiosos foram comentar e debater o trabalho e todos eram de fora, como: França, Bolívia, Argentina e outros de dentro no Brasil mas nenhum do meu estado (RJ). O legal é que uma pesquisadora importante da área que foi convidada pessoalmente pela minha orientadora, simplesmente ignorou o trabalho, não deu as caras nem para falar que o trabalho era uma merda!

Isso é só um exemplo.

Opa, e é ao som do Divina Caffé, com aquela mistura de clássico e popular que é irresistível,

que vem o ouvinte Thiago Paschoal.

Olá Luciano. Ouvindo seu Podcast 253- Em busca da Brasilidade, duas coisas em especial me chamaram a atenção: a primeira sobre o ciclo eterno entre a mídia e a violência.  A outra foi a nossa brasilidade, a meu ver não temos NADA que caracterize nossa brasilidade, ou talvez nada de bom, pois o jeitinho brasileiro a impunidade e a corrupção são pontos fortes e enraizados no nosso país. Vamos tentar achar algo nosso, único em diversas áreas:

Música: Ai sim claro que temos algo brasileiro o samba de raiz, samba de gafieira. Mas será? Quantos por cento da população gostam ou escutam este tipo de som? Afinal hoje os maiores ícones do Brasil são os axé de Ivete Sangalo e Cláudia Leite, e os sertanojos. Nosso grande REI é da Jovem guarda, temos raízes fortes no Rock no Rio Grande do Sul, Brasília e até na Bahia com Raul Seixas. Então na música não chegaremos a um consenso.

Comida: Como dizem por ai a feijoada, é o prato típico do Brasil, porém como você já provou em outro podcast a origem não é Brasileira. E os 90% dos paulistas que amam a pizza?
Ou seria o nosso prato típico o churrasco que exportamos para o mundo? barreado, macarronada, vatapá…não importa, o que importa é que não chegaremos em um consenso.

Bebida: Pronto agora achamos algo a caipirinha, a caipirinha ou a cachaça que a população com menor por aquisitivo consume tanto? Não seria o chimarrão que os estamos do sul cultivam a tradição há anos? Acho que nesta área também não tem nada que podemos chamar de brasilidade.

Acho que a brasilidade nossa depende dos outros. Se um estadunidense vier ao Brasil e tomar uma caipirinha uma semana, para ele, quando ele falar do Brasil, vai lembrar da caipirinha, mas acho que não temos que achar isso ou aquilo para dizer que é do Brasil.

Acredito Luciano, que por somos um país tão grande e tão distinto a ponto de não conseguimos formar um consenso sobre algo nosso, a cultura, as origens, a colonização tudo interfere e nos separa de nós mesmos. Um gaúcho é muito mais parecido com um argentino que com um bahiano. Um acreano é mais parecido com um peruano que com um paulista.

Levando e conta que somos um país de memória curta, com pouca cultura nossos ícones e modelos além de mudarem de região, mudam de tempo em tempo. Infelizmente isso enfraquece nosso país, e nossas crenças em um futuro melhor, somos órfãos de orgulho e patriotismo. Precisamos de pessoas como você Luciano e urgentemente de doses diárias de Café Brasil, este outro ciclo entre mídia e programas de baixa qualidade em busca apenas da audiência tem que acabar, precisamos de cultura, educação.

Parabéns a você e ao Itaú Cultural.

E chega a vez da Patricia Salema Ishizu.

O podcast “Em busca da brasilidade” me levou a refletir e me provocou a registrar minha opinião.

Brasilidade para mim é a garra do brasileiro para atingir seus objetivos, é a preservação de nossa cultura apesar da incorporação de costumes estrangeiros,a valorização do que há de bom em nosso país, é acompanhar as mudanças do mundo sem perder sua essência.

Mas se entender o que é brasilidade faz parte de entender o que somos, creio que de minha geração para frente estamos perdidos!  Os jovens estão cada vez mais alienados, as famílias cada vez mais desestruturadas produzem pocotós que devido à iniciação sexual precoce produzirão mais “pocotózinhos” é um ciclo de tontos fazendo + tontinhos.

De acordo com o texto de Sant´Anna  o sentimento de “brasilidade”  varia conforme as cabeças que pensam o Brasil, o problema é: hoje quem pensa? Quem ensina a pensar?

Lecionei em escolas estaduais para turmas de 5ª série ao 3º ano do ensino médio, e cada dia voltava mais chateada para casa, eu passava horas da madrugada preparando aulas e nos 50min. de aula eu só conseguia apartar brigas, impedir que se matassem e quando alguém parecia estar interessado na matéria, na verdade o interesse era só em conseguir uma boa nota para ser aprovado, e não em aprender de fato.

Um dia fiz uma brincadeira, perguntei sobre o litoral de MG e a pessoa respondeu que não conhecia, mas que deveria ser bonito.

Perguntar a alguém mais novo que eu: você não sabe quem foi Francisco Alves? É perguntar e esperar ouvir piadinhas…

O texto também afirma que “brasilidade e nacionalismo se confundiram e iniciou-se uma verdadeira disputa para ver quem era mais e melhor brasileiro”.

Em minha vida toda vi o contrário disso acontecer, as pessoas tendem a supervalorizar o que vem de “fora” e menosprezar os “produtos nacionais”.

Meu pai é neto de japoneses e minha mãe descende de portugueses + espanhóis + índios. Como tenho os famosos “olhos puxados” (mesmo que o cabelo seja encaracolado) toda e qualquer conquista minha é acompanhada de comentários do tipo: “Ah você é inteligente, você é japonesa”. Mal sabem que fui criada sem contato com o lado “japonês” da família, meu avô nunca aceitou o casamento de meus pais. Quando nasci fui comparada a um vira-lata, “sem raça definida” (isso se encaixaria melhor como comentário do podcast “Preconceito, discriminação e racismo”), mas enfim acredito que essa miscigenação é que caracteriza o brasileiro.

Infelizmente ao questionar as pessoas sobre o que é brasilidade, chovem comentários pessimistas, porém, se serve de consolo, ainda há resquícios de brasilidade quando vemos que atividades culturais como a arte produzida pelas Figureiras de Taubaté, existente desde o século XIX, tem sido transmitida de pais para filhos, e das figureiras experientes para crianças em oficinas, permitindo que haja uma efetiva preservação desta original  tradição cultural, com  raízes bem brasileiras, fato este que acontece em vários outras regiões do Brasil (menos no litoral mineiro…hehe). Abraços!

Que tal agora o músico estadunidense, nascido na França, de origem chinesa e que adora música brasileira, Yo Yo Ma?  Sente a pegada…

E é a vez de Anderson Clayton Ramos.

Bom dia Luciano, apesar de acompanhar o “papo” com o café Brasil há algum tempo ainda não havia me expressado, mas estou aqui, pois o programa deixou no ar a pergunta, o que é o Brasil, ou a brasilidade para cada um de nós, bom então pensei agora eu também quero entrar na dança, afinal devemos lembrar somos todos de raças diferentes, temos um Brasil “diferente” em cada canto do país se estamos no sul, temos um Brasil lembrado pelas serras e pelo frio; se estamos no sudeste ou no centro-oeste temos a cidade maravilhosa, a maior economia do país e não podemos nos esquecer das enormes fazendas do nosso Mato Grosso que levam a produção do Brasil para fora do Brasil. Mas o que seria de nós sem o nosso Nordeste, onde temos o turismo a cidade do sol, belíssimas praias, ou então o berço mundial a maior floresta nativa do mundo e onde? No norte do nosso Brasil.

Mas o Brasil já não se resume mais a esse continente, devemos sempre lembrar que por mais que ainda estamos aqui, pois um país maravilhoso, muitos de nós sonham com uma vida diferente e buscam esta vida em outro país, mas nunca deixam a suas raízes, ou seja, esteja você, em Nova York, Hong Kong, Paris, Hamburgo seja lá onde for, basta dar uma olhadinha para os lados e lá está alguém soltando uma frase no bom e velho português “do Brasil”, pois muitos de nós vão pra ficar, outros vão pra ganhar uma vida e voltar para o nosso Brasil. Esteja onde estiver não temos mais fronteiras, mas vai entender né, porque queremos tanto sair daqui? Se os que estão fora querem entrar? Mas ai é outro assunto… ao menos acho que por partes responde como somos de raças diferentes, e como expandimos o “país” pois levamos sempre conosco um pouquinho da nossa cultura pra deixar cada pedacinho do mundo com um gostinho de Brasil… isso é brasilidade.

Então vem o RogerWillc, outro veterano de comentários.

Muito interessante e como sempre relevante essa discussão apresentada pelo podcast.

Creio que a brasilidade seria a soma de tudo. Todas nossas qualidades, exemplos, feitos e sentimentos positivos adquiridos, conquistados, sentidos no decorrer de nossa existência. E também com a soma do lado negativo, afinal, o aprendizado vem com o bem e também com o mal.

Entendo, por fim, que brasilidade é o que somos e fazemos quando respeitamos nossa nação e queremos contribuir para que ela melhore a si e ao mundo. Forte abraço.

Ai chega o César Piau, com um comentário pra lá de interessante.

Olá Luciano, seu programa sobre brasilidade me fez pensar.

Apesar da riqueza cultural do país, muita dela herdada da enorme diversidade de nações cujos egressos buscaram no Brasil um abrigo e junto trouxeram um pouquinho da sua terra, ainda falta aquele sentimento nacionalista unificado, sentimento esse em outras culturas é tão forte que se sobressai aos interesses pessoais de cada indivíduo. Noto que essa falta de consciência social se reflete nas mais diversas áreas.

Um exemplo clássico e trágico ocorre na política, onde projetos de resultados a logo prazo (entenda-se: além do mandato) são deixados de lado, uma vez que não garantem a reeleição. Nesse tipo de projeto se enquadram os mais importantes, tais como educação, infraestrutura e saúde preventiva (se bem que a saúde toda está abandonada).
Tenho a esperança que um dia o Brasil alcance um patamar aceitável de consciência nacional e até o momento estou dando crédito devido ao pouco tempo que temos como nação. Porém, invejo países que cultivam esse sentimento nacionalista.

Um exemplo que vi outro dia e que me tocou bastante foi o dado pela “Unidade de Veteranos Qualificados”, no Japão. Trata-se de uma associação de idosos com experiência nas mais diversas áreas e que está se organizando e recrutando outros idosos para trabalhar nas usinas nucleares afetadas pelo terremoto e a tsunami, ocorridos esse ano.

Os níveis de radiação estão fortíssimos na região e mesmo assim esses valentes cidadãos se oferecem para trabalhar na limpeza dessas áreas.

Quando indagados sobre os riscos dessa atividade eles dizem que como os efeitos da radiação só trariam problemas a eles após 20 anos e que eles não esperam viver mais tanto tempo assim, é melhor que eles façam o trabalho em vez dos jovens que ainda tem muito tempo de vida e precisam estar fortes para ajudar o país.

Trata-se de um sentimento de continuidade e responsabilidade social que eu poucas vezes vi e fico me indagando quando um brasileiro teria uma atitude como essa. Sacrificar-se pelo seu povo, pelo futuro dos seus filhos e netos, por um país melhor.

Quando esse dia chegar, aí sim conheceremos a verdadeira brasilidade, que vai além da feijoada, do futebol ou do Macunaíma. Um abraço e parabéns pelo blog e pelo podcast.

E esse aí que você vai ouvir agora no podcast, é o grupo Vou Vivendo. Manda Lalá…

Chega o Vinícius Schiavini.

Caro Luciano, adorei o tema e devo dizer que eu não sei meu nível de brasilidade, já que somos todos influenciados agora por inúmeras culturas, sejam atuais ou extintas, mas acredito no Brasil e no seu potencial.

Fico triste quando alguém diz que odeia o país e prefere morar fora, porque o Brasil, do jeito que está, já cresce e tem poder. Então imagino quando todos no poder (e fora dele) se empenharem para melhorar a situação e mostrar que tipo de país magnânimo é o Brasil.

Até nosso hino mostra como somos grandiosos ou, se me permite a citação, “gigantes pela própria natureza”. Parabéns pelo trabalho!

E tem alguns estrangeiros também comentando sobre brasilidade, que tal? Como o Stéphane.

Caro Luciano, em primeiro lugar, queria agradecer você porque é graças a você e não Deus, que eu aprendi a amar o português.

De fato, eu descobri teu podcast pesquisando recursos na internet para aprender a língua antes de chegar no Brasil com minha família. Sou Francês de Bordeaux, saúde! Para mim, demorou um pouco para ouvir teus 250 podcasts, todos bem feitos, inteligentes, cheio de idéias perspicazes com uma trilha sonora ótima. Parabéns pra você.

Resolvi reagir em seu último podcast sobre brasilidade, primeiro porque você pergunta pra isso, e segundo porque um francês arrogante não pode deixar esse tipo de ocasião de dar seu parecer.

No entanto, a minha honestidade intelectual me obriga a dizer que eu realmente não morro no Brasil, (o morro ficou engraçado, né, quer dizer, moro) mas em uma cidade perto do Brasil : Curitiba!

Eu morro, eu moro, ou melhor sobrevivo lá desde 9 meses e depois de uma caminhada de três semanas no estado do Maranhão, tenho uma legitimidade total para expressar a síntese da brasilidade : mediocridade, habilidade, dilapidar, criar, inflação, coração.

Bem, você entende que todo isso é sacanagem. Na verdade, ainda não entendi nada do Brasil e da brasilidade, mas aparentemente não estou sozinho.

De lá, duas atitudes, a francesa : busca, em vão, compreender e desfrutar da reflexão. E a brasileira, não fazer perguntas sobre questões cujas as respostas só tem valor no momento e apenas desfrutar.

Desculpa para meu português, não sei o Google translator foi bom!

Excelente!

Quer outro gringo? Que tal o William?

O que é a brasilidade? Desde o meu ponto de vista como norte-americano que nunca visitei o Brasil, mas conhece alguns brasileiros e ouça o podcast Café Brasil cada semana, a brasilidade é um estado de ser com o reconhecimento de grandes desafios na vida, mas também com uma alegria da vida que nada pode destruir.

E que venha o Sergio Leme dos Santos.

Luciano, parabéns pelas provocações inteligentes e criatividade direcionada para diminuir um pouco a “pocotização” do Brasil.

Nosso Brasil tem tudo para ser um grande pais com muita brasilidade, mas precisamos transformar as ideias em ações e combater a ideologia burra que pensa em seus próprios interesses e na criação de dificuldades para poder vender facilidades!

Tenho muito orgulho da nossa brasilidade e dos pontos positivos que ela tem. Continue provocando pois tenho três filhas e uma neta que precisam de um país melhor para o futuro! Abraços.

Meu amigo Edgar Brito também comentou.

Brasilidade pra mim é um povo trabalhador, solidário que encara as coisas com naturalidade, mas muitas vezes é incapaz de reconhecer a qualidade do seu país.

É como se o povo brasileiro fosse o “papai sabe tudo”, reclama do técnico da seleção como se soubesse tudo sobre futebol, mas não cobra com a mesma intensidade os assuntos mais importantes.

E no assunto política… Brasileiro vota no Tiririca achando está protestando, não que não seja… mas Tiririca????

Resumindo… Brasilidade é reclamar de tudo e não fazer nada para que as mudanças realmente aconteçam…

Brasileirinho

O brasileiro quando é do choro
É entusiasmado quando cai no samba,
Não fica abafado e é um desacato
Quando chega no salão.
Não há quem possa resistir
Quando o chorinho brasileiro faz sentir,
Ainda mais de cavaquinho,
Com um pandeiro e um violão
Na marcação.
Brasileirinho chegou e a todos encantou,
Fez todo mundo dançar
A noite inteira no terreiro
Até o sol raiar.
E quando o baile terminou
A turma não se conformou:
Brasileirinho abafou!
Até o velho que já estava encostado
Neste dia se acabou!
Para falar a verdade, estava conversando
Com alguém de respeito
E ao ouvir o grande choro
Eu dei logo um jeito e deixei o camarada
Falando sozinho. Gostei, dancei,
Pulei, pisei até me acabei
E nunca mais esquecerei o tal chorinho
Brasileirinho!

Olha só. Lá vem a Baby Consuelo que agora é Baby do Brasil, com a letra que Pereira Costa fez para Brasileirinho e que Ademilde Fonseca transformou num grande sucesso em 1950…

E vem o Arierom. Difícil de falar, mas se você ler ao contrário, fica Moreira…

Luciano Pires, brasilidade… seria o melhor da nossa alma? Do quanto podemos e somos solidários?

Também venho me perguntando, entre tantas e tantas perguntas e olhares.

Sua definição de Francisco Alves, ou do que ele não é, simplesmente é!

Forte abraço de quem te conheceu pelas ondas da Rádio Mundial.

Chegou a vêz do José Neri.

Puxa vida Luciano. Mal sei como começar este e-mail. Acabei de ouvir seu último podcast, “Em busca da brasilidade”.

Ao ouvir Angra, com o magnifico Aquiles Priester, baterista da Banda Hangar, fiquei extasiado. Sou fã de rock metal, e confesso que jamais imaginei ouvir isso no seu programa. Isso prova alguns tópicos que sempre pensei.

Primeiro, o seu enorme bom gosto e o quão eclético é. Segundo, o Brasil é e sempre foi uma forte potência musical. Me lembro de um programa seu, “Eme, pê, bê”, no qual falava que as rádios em geral, tocam apenas 250 músicas em média por ano.

Sou apaixonado por documentários e espero que um dia um cineasta faça um, sobre os bastidores desta podridão musical que nos assola há um bom tempo. Este tópico está merecendo outro programa seu. Com lágrimas nos olhos estou escrevendo esta mensagem, sou um enorme fã seu, assim como muitos por esse mundo. É uma enorme felicidade ouvir seu podcast toda semana.

Um forte abraço, de um amigo seu (e assim considero-te), da pacata cidade interiorana Platina, encravada entre Assis, Marília e Ourinhos.

E vem a Maria Beatriz. Bem vinda ao Café Brasil. Olha o comentário dela:

Brasilidade. É a palavra que faz qualquer brasileiro pensar o que o faz ser brasileiro. Para mim brasilidade é continuar a lutar por algo que muitas vezes está além do que conseguimos alcançar, mas sabemos que existe. Brasilidade é sorrir enquanto o mundo chora.

Brasilidade é sim carnaval, futebol e mulheres bonitas e se parar para pensar brasilidade é ser o Zé Carioca com o Blue, porque quando se analisa percebemos que cada um tem um pouco de cada, seja alegria do Zé Carioca ou a bravura do Blu.

Brasilidade é a contradição que nos encontra em alguma fase da vida, e são também as decisões que tomamos nessa mesma fase.

Dizer que não existem bandidos, valorização da mídia em cima das tragédias, e tantos outros afins no Brasil seria ingenuidade minha. Mas não é isso que fica quando se fala do brasileiro.

Para mim a melhor mensagem de Brasileiro é “Aquele que sabe o sufoco de um jogo tão duro e apesar dos pesares ainda se orgulha de ser brasileiro” Gonzaguinha.

Opa, não dá pra perder a dica, não é? Que tal, tomou um banho de brasilidade?

Viu só como existem opiniões das mais diversas? É assim mesmo.

Eu, Luciano, prefiro me alinhar com quem acha que brasilidade é uma forma leve e descompromissada de encarar a vida. É um jeito tolerante e bem humorado de enfrentar a dureza do dia a dia. É uma necessidade gritante de ter e dar carinho. É coração grande e mole, é apaixonar-se com todas as forças, é confiar demais nos outros. É sorrir, gingar e gargalhar. Isso é brasilidade. Outros povos tem tudo isso, mas jamais com a combinação que só nós fazemos, não é?

Pois então, como sempre digo e repito: tudo é uma questão de equilíbrio. Quando exageramos na dose de nossa brasilidade somos irresponsáveis, incontroláveis, resignados, desorganizados e abrimos a porta para a corrupção. Mas quando acertamos na dose, ninguém segura a gente…

E vamos à luta

Eu acredito
É na rapaziada
Que segue em frente
E segura o rojão
Eu ponho fé
É na fé da moçada
Que não foge da fera
E enfrenta o leão
Eu vou à luta
É com essa juventude
Que não corre da raia
À troco de nada
Eu vou no bloco
Dessa mocidade
Que não tá na saudade
E constrói
A manhã desejada…(2x)
Aquele que sabe que é negro
O coro da gente
E segura a batida da vida
O ano inteiro
Aquele que sabe o sufoco
De um jogo tão duro
E apesar dos pesares
Ainda se orgulha
De ser brasileiro
Aquele que sai da batalha
Entra no botequim
Pede uma cerva gelada
E agita na mesa
Uma batucada
Aquele que manda o pagode
E sacode a poeira
Suada da luta
E faz a brincadeira
Pois o resto é besteira
E nós estamos pelaí…
Acredito
É na rapaziada
Que segue em frente
E segura o rojão
Eu ponho fé
É na fé da moçada
Que não foge da fera
E enfrenta o leão
Eu vou à luta
É com essa juventude
Que não corre da raia
À troco de nada
Eu vou no bloco
Dessa mocidade
Que não tá na saudade
E constrói
A manhã desejada…
Aquele que sabe que é negro
O coro da gente
E segura a batida da vida
O ano inteiro
Aquele que sabe o sufoco
De um jogo tão duro
E apesar dos pesares
Ainda se orgulha
De ser brasileiro
Aquele que sai da batalha
Entra no botequim
Pede uma cerva gelada
E agita na mesa logo
Uma batucada
Aquele que manda o pagode
E sacode a poeira
Suada da luta
E faz a brincadeira
Pois o resto é besteira
E nós estamos pelaí
Eu acredito
É na rapaziada!

E é assim, ao som de E VAMOS À LUTA, do Gonzaguinha, com a sempre genial Alcione, a Marrom, que nosso Café Brasil de hoje vai à luta, né?

Com o brasileiríssimo Lalá Moreira na técnica, a brasileiraça Ciça Camargo na produção e eu o brasileirão Luciano Pires na direção e apresentação.

Estiveram conosco vários ouvintes mais o Altamiro Carrilho, Divina Caffé, Yo Yo Ma, Grupo Vou Vivendo, Baby do Brasil e Alcione.

Este é o Café Brasil, falando do Brasil para o mundo. E ouvido por gente que sabe o que quer, que forma opinião, que não segue tendências, mas cria tendências… Como é que você ainda não está patrocinado agente, hein?

Pra terminar um trecho de um poema muito famoso escrito por Joaquim Osório Duque Estrada:

Mas se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil
Pátria amada Brasil!

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