Café Brasil 418 – O imperativo categórico.
Luciano Pires -Amigo, amiga, não importa quem seja, bom dia, boa tarde, boa noite. Este é o Café Brasil e eu sou o Luciano Pires. Ano de eleição, eu preocupado em escolher um candidato ético, que aja de acordo com meus valores morais… Valores morais, é? Vamos dar um mergulho rasinho mais uma vez na questão da moral e ética? Vem comigo, meu! É legal!
Posso entrar?
O podcast Café Brasil chega até você com o apoio do Itaú Cultural e do Auditório Ibirapuera que, como sempre, estão aí, ó! A um clique de distância. www.facebook.com/itaucultural ewww.facebook.com/auditorioibirapuera.
E sabe quem ganhou o exemplar de meu livro NÓIS…QUI INVERTEMO AS COISA, acompanhado do kit DKT da semana? Foi o Jean de Sousa Martins, que comentou assim o programa SOBRE CARÁTER:
“Olá Luciano Pires já faz algum tempo que um colega, o Andre Sousa me indicou o seu podcast deste então não perco um pois tenho aprendido muito ao acompanhar o Café Brasil. Ao escutar este sobre caráter confesso que não tinha percebido que hoje meu caráter tinha sido moldado por uma Dona Anisia o papel de seu José foi preenchido por tios e tias e desde então tenho agradecido a eles por terem sido tão guerreiros, pois há um enorme conjunto de características e traços que ao avaliar depois de ter escutado seu podcast se assemelham muito a eles espero que os próximos sejam tão bons quanto este e outros também.
Plural de caráter
O plural de caráter é caracteres, um plural não muito usual: porque se acrescenta o “c” antes do “t” (para manter o traço etimológico) e também porque ocorre uma mudança da vogal tônica, que deixa de ser o “a” (da sílaba “rá”), passando a ser o “e” (da sílaba “te”). É interessante mencionar que a forma caracteres também se verifica no plural de mau caráter, que é maus caracteres: “Pai e filho são maus caracteres”.
Muito Obrigado Luciano Pires estou indicando este podcast para amigos também conhecimentos assim devem ser compartilhados.”
Eu é que agradeço Jean. E essa dica sobre caráter e caracteres foi excelente! É disso que precisamos no Brasil: pessoas de caracteres!
Muito bem. O Jean ganhou um kit de produtos DKT com a marca Prudence! Você sabe que os produtos Prudence são a mais completa linha de preservativos e géis lubrificantes do Brasil, distribuídos pela DKT, não é? A DKT apoia diversas iniciativas de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis. E também ao planejamento familiar! Acessewww.facebook.com/dktbrasil e conheça mais a respeito.
E você já sabe, né: na hora do amor, use PRUDENCE.
Bem, para ajudar a falar de moral e ética, vou recorrer às ideias de um filósofo prussiano chamado Immanuel Kant. Kant viveu entre 1724 e 1804 e é considerado o último grande filósofo dos princípios da era moderna, ficando muito conhecido, entre outros trabalhos, por sua filosofia moral. Vale a pena conhecer mais sobre ele. Mas se você tem preguiça de ler livros, vou te dar um link precioso que vai ajudar bastante pelo menos a começar a entender que foi o cara. Pegue lápis e papel. Ou o celular para teclar, eu espero……………………..
Pronto? Vamos lá. Vou falar pausadamente: www.google.com
Balança
João Donato
Saca só
Do samba ao maxixe,se tem coisa que não existe no meu vocabulário,João,é a palavra triste
Rimando,cantando,jogando a poeira pro alto
D2″donatiando”e as “mina”de cima do salto
Com a auto-estima pra cima não vai ficar bor baixo
Não consegue de jeito nenhum sossegar o facho
Sorri do mesmo jeito que dança
Balança,menina
Menina,balança
“Xá”comigo…
Estilo malandro de se cantar falado
Do jeito que as coisas vão ninguém vai ficar parado
Rimando de lado a lado
Sacode de lá pra cá
O coro começa a comer quando chega o laiá laiá
Nem feliz,nem aflito
Nem no mudo é mais bonito
Nada mais interfere no quadro que eu pinto
Fim do segundo ato sem perder a esperança
Quero ver tu balançar
Balança,menina
Menina,balança
Ó… começando com tudo, com BALANÇA, com Marcelo D2 e o João Donato, aquelas misturas que só no Brasil… Vamos nessa…
Não vou mergulhar fundo na obra de Kant, pois aqui só distribuo Iscas Intelectuais, tá lembrado? É só para dar o gostinho e quem sabe motivar você a mergulhar mais fundo no tema.
Então lá vai: qualquer pessoa que tenha estudado, pelo mínimo que fosse, as questões que envolvem moral e ética em algum momento se deparou com o conceito do Imperativo Categórico.
Foi Immanuel Kant quem criou o termo Imperativo Categórico, explicado em seu livro Fundamentação da Metafísica dos Costumes, escrito em 1785.
O Imperativo Categórico é uma das ideias centrais para a adequada compreensão da moral e da ética. Nesta proposta Kant sintetizou o seu pensamento sobre as questões da moralidade. Kant valorizava esta idéia de lei moral. Ele cunhou uma das mais célebres frases a este respeito em seu livro Crítica da Razão Pura: “Duas coisas me enchem o ânimo de admiração e respeito: o céu estrelado acima de mim e a lei moral que está em mim.”
Imperativo, no contexto utilizado por Kant, pode ser entendido, segundo alguns autores como uma analogia ao termo bíblico Mandamento.
E categórico é o que não aceita dúvidas que não se consegue discutir indiscutível. Imperativo Categórico então seria um Mandamento Indiscutível, que Kant explicou dizendo assim: “Aja apenas segundo a máxima que você gostaria de ver transformada em lei universal.” Eu vou simplificar aqui, ó: você deve agir baseado em princípios que você desejaria ver aplicados universalmente, para todo mundo.
Embora a doutrina moral de Kant seja independente de qualquer sentido religioso, seu Imperativo Categórico é muito semelhante à lei bíblica: “Não faça aos outros aquilo que você não quer que façam contigo”. Ou dito de outra forma: faça aos outros o que você gostaria que todos fizessem para todos.
Quem obedece ao imperativo categórico tem, portanto, um alarme acionado em sua consciência moral a cada vez que se vê diante de uma atitude contraditória a esse credo. É a consciência do Imperativo Categórico, do mandamento Indiscutível que nos inibe de praticar ações que sabemos que não seriam boas para todos.
Ações que sabemos que, se todos praticarem, a humanidade virará um caos.
Vamos ao exemplo clássico: você encontra no banheiro uma carteira cheia de dinheiro. Imagino que você, ouvinte contumaz do Café Brasil, terá como impulso imediato, sem pensar muito, devolver a carteira ao dono, com tudo dentro. É isso que você gostaria que fizessem com você quando você perdesse a sua carteira, não é? É esse um mandamento indiscutível, o Imperativo Categórico: não se apodere do que não é seu.
Você agiu conforme o Imperativo Categórico de Kant.
Mas nem sempre é assim…
Pô, não tem ninguém olhando, cara… tô precisando de uma graninha… pego o dinheiro e jogo a carteira num canto antes que chegue alguém! Achado não é roubado, porra! Melhor ainda: eu fico com a grana e devolvo os documentos! A pessoa ainda é capaz de me agradecer!
Mas… e se fosse a sua carteira? Como você gostaria que agisse quem a encontrou?
Pois é.
Aí você decide devolver e descobre que essa decisão dói. Enquanto você se encaminha para a seção de achados e perdidos ou para o posto policial, a sua consciência te atormenta. Pô meu, se eu entregar pra eles, quem garante que alguém não ficará com o dinheiro, hein? Se é pra alguém ficar com a grana, que fique eu!
Quem vive seus valores agoniza diante de escolhas morais.
E aí você balança…
Pois é, meu caro, em minha palestra TUDO BEM SE ME CONVÉM, eu falo de moral e ética e desse que é o grande dilema da humanidade: agonizar com os prejuízos de fazer o que é certo, honrar a palavra dada, agir com compaixão… ou ser bem sucedido ignorando esses valores…
Bom, depende do que você considera ser “bem sucedido”, não é? Se dar bem com a desgraça do outro é ser bem sucedido? E se o outro for você?
Negociar ambições, riscos, ilusões e trocas consigo mesmo tem sido nosso grande desafio ao longo dos tempos.
De novo: quem vive verdadeiramente seus valores agoniza diante de escolhas morais. Já quem deixa esses valores apenas pairarem sobre sua vida, nem percebe que essas escolhas precisam ser feitas. Nem mesmo reflete sobre o Imperativo Categórico de Kant. Tudo bem, se me convém.
Ó aqui. Eu preciso repetir, ó: quem vive seus valores agoniza diante de escolhas morais. Os que deixam esses valores apenas pairarem sobre suas vidas, nem percebem que tais escolhas precisam ser feitas.
Agora que você já sabe o que é o Imperativo categórico de Kant, talvez consiga reconhecer as pessoas que não vivem de acordo com ele. Tá cheio de gente assim…
E você sempre pode escolher deixar ficar como está pra ver como é que fica.
Trago então um texto de Mário Guerreiro, publicado no Instituto Liberal, chamado “O insólito caso dos saqueadores arrependidos”. Vamos ver mais sobre o Imperativo Categórico de Kant.
Ao fundo você está ouvindo VOU VIVENDO, de Pixinguinha, com Paulo Moura e os Batutas.
É algo que sempre digo e repito: há coisas que só acontecem no Brasil. Já fiz uma listinha de umas 50 coisas, que deve ser tomada como exemplificativa e não como exaustiva.
E é por isso que nossa realidade, ou surrealidade, nos obriga a criar novas categorias. Por exemplo: o insulto carinhoso.
Parece uma contradição em termos. Um insulto é manifestação de desafeto, ao passo que carinhoso qualifica uma manifestação de afeto. Ora, afeto e desafeto são coisas que se excluem mutuamente. Ou ao menos é o que assim parece…
Sendo assim, como pode existir essa coisa: o “insulto carinhoso, hein”?!
Vou dar um exemplo: você está andando tranquilamente por uma rua da cidade quando experimenta um inesperado tapão nas costas.
Por uma fração de segundo, você acha que alguém está lhe agredindo e, passado este átimo de perplexidade, você se vira preparando-se para responder ao agressor.
Mas é aí que se dá uma nova perplexidade: é seu velho amigo, o Juca Bitoca, que vai logo lhe dizendo: “Ô, seu panacão! Como é que vai essa força?! Há quanto tempo, hein?!”
Era uma agressão física, sem dúvida. Mas não era expressão de rancor ou grande ódio.
Ao contrário, era manifestação de grande afeto a um velho amigo íntimo que o Juca não via há muito tempo! Insólito! Uma das muitas coisas que só acontecem no Brasil…
Isso me faz lembrar da minha querida vovozinha. Lá pelos anos de 1950, quando eu era um garoto encapetado – tanto que recebi o apelido de “Saci louro” – minha vovozinha tinha um procedimento padrão.
Sempre que eu me encontrava com ela, ela me dava um beliscão num lado da face e um beijinho noutro. E costumava dizer: “Seu capetinha danado!”
[Quem pensa que amor e ódio jamais andam juntos precisa urgentemente ler o Dr. Freud!]
Mas o tempo passou… Em maio de 2014, eu estava assistindo ao jornal da TV Globo das 20.30 quando me deparei com uma cena não muito infrequente neste nosso Brasil varonil, de céu cor de anil.
Recife: um bando de recifenses saindo de dentro de uma loja de eletrodomésticos carregando TVs, liquidificadores, aparelhos de vídeo e tudo mais que pudessem carregar com suas mãos. Só não levavam máquinas de lavar roupa porque elas eram muito pesadas.
Cabe citar um dos hai-kais do meu poeta japonês preferido: Matsuo Basho. Voltando para casa, o poeta a encontrou totalmente vazia: um ladrão tinha feito uma limpeza quase completa. Mas Basho não se desesperou. Escreveu logo seu pequeno poema:
O ladrão
Só se esqueceu de levar
A lua da janela.
Na realidade, essa era uma forma elegante de dizer: “O ladrão só não levou o que não podia”. No caso do saque em Recife, máquinas de lavar roupa.
O saque de Recife foi uma verdadeira invasão e pilhagem dos bárbaros! Coisa digna de Átila, o rei dos hunos, que ficou conhecido na Europa como “O Flagelo de Deus”. Dizia-se na época que a grama em que seus cavalos pisavam não crescia mais.
Mas qual não foi minha total perplexidade quando, dias depois, no mesmo canal e no mesmo programa, vi uma loja com mercadorias devolvidas. Não sei se todos fizeram isso, mas muitos saqueadores fizeram de fato.
Unbelievable, Mr. Penn Taylor! Não se pode imaginar uma cena desse naipe ocorrendo na velha Londres.
É claro que tanto em Londres como em qualquer cidade do mundo civilizado podem ocorrer saques. Mas saqueadores são saqueadores, não há estas coisas de saqueadores arrependidos devolvendo espontaneamente os produtos da rapina.
Mas, como todo efeito é efeito de uma causa – embora às vezes não consigamos descobrir qual é ela – qual a causa desse insólito fenômeno humano, hein?
Será que agiram impensadamente no momento do saque, mas depois caíram na real? Deram-se conta de que haviam se apossado de propriedade alheia e que violaram um dos Dez Mandamentos: Não roubar?!
E isso que para as religiões abraâmicas – judaísmo, cristianismo e islamismo, na ordem da revelação – é pecado, para a lei é crime: crime de furto.
Mas não, o assim chamado furto famélico, que ocorre quando indivíduos famintos furtam comida para apaziguar sua angustiante dor em virtude do estômago vazio.
Ora, quem rouba uma TV de tela de cristal líquido, um aparelho de vídeo blu ray ou mesmo um lap top não pretende comê-los para acabar com o ronco do estômago!
Fosse o caso de furto de feijão, de arroz ou carne seca, etc. e estaria caracterizado o furto famélico, que não é crime, mas sim um ato cometido por forte privação de comida.
Numa situação como essa não se pode exigir uma conduta alternativa.
Contudo, ainda que não se tratasse dessa figura jurídica, porém de um furto comum, nada impediria que os saqueadores tivessem se arrependido sinceramente.
E o arrependimento de um malfeito é um ato digno de louvor quando ele emerge do fundo d’alma como resultado do reconhecimento de um erro praticado e acompanhado de forte vontade de não repeti-lo.
Porém, o fato de alguns saqueadores terem realmente devolvido o produto de sua rapina não implica, necessariamente, que eles estivessem arrependidos do que fizeram. Mas, como assim?!
Poderiam ter devolvido por medo de serem identificados pela polícia – coisa muito rara! – e terem sido enquadrados pela lei em furto de mercadoria e, como se sabe, “ladrão de galinha” é cana certa neste país! Será que foi isso, hein?
Como não sou membro da seara jurídica, não sei dizer se constitui atenuante para um furto – ou mesmo fator excludente do mesmo – um indivíduo devolver um objeto furtado alguns dias após o furto e estando o objeto em perfeitas condições.
Mas, do ponto de vista ético, a devolução do objeto furtado jamais apaga a falta cometida, pois o que está em jogo não é o valor monetário do objeto nem a sua devolução, mas sim o ato de se apoderar, ainda que por curto tempo, de coisa alheia.
Mas alguém poderia dizer que estou sendo demasiadamente severo. Afinal de contas, não há dúvida de que os saqueadores não desejaram ficar de posse dos objetos tanto é assim que os devolveram espontaneamente.
Se assim o fizeram por medo da polícia identificá-los e eles entrarem em cana, isso não caracteriza uma boa ação no sentido ético: caracteriza um furto praticado por um amador e não por um profissional.
[Ora bolas, feito por amador ou por profissional, um furto é um furto e não deixa de ser o que é!].
Se assim o fizeram por um laivo de consciência moral, ainda que emergente após um ato imoral, a coisa torna-se menos ruim, pois o arrependimento, seguido da devolução dos objetos intactos, é um indício de que havia um sentimento de vergonha pelo ato praticado.
Supondo que esteja em jogo a primeira hipótese, o comportamento dessas pessoas é algo simplesmente lamentável, pois mostra que, caso não houvesse nenhum temor de uma ação policial, elas teriam se apossado definitivamente dos objetos.
Supondo que esteja em jogo a segunda hipótese, o ato em si não é digno de perdão, mas é de se louvar que essas pessoas ainda tenham um pingo de vergonha na cara, coisa que outras muitas neste país não têm.
Neste ponto, estou de acordo com a moral kantiana: Não há nada a ser elogiado naquele indivíduo que não faz coisas moralmente reprováveis simplesmente por medo de ir para o inferno ou para atrás das grades.
Seu comportamento é reativo, não uma imposição de sua consciência moral, daquela voz interior do Imperativo Categórico ordenando: “Tu deves fazer x ou tu não deves fazer y”.
O pressuposto kantiano é que o Imperativo Categórico é inato no ser humano, é um dos componentes da natureza humana. Mas ele não nos é dado de imediato, trata-se de uma árdua conquista moral.
Estamos sempre presenciando uma terrível batalha entre nossa consciência moral e os impulsos de nossos apetites e inclinações para o mal.
Nos brasileiros em geral, o Imperativo Categórico tem sido uma voz clamando no deserto, mas isto não quer dizer que ela vá se silenciar ou que nunca será ouvida pelos que fazem ouvidos moucos.
Se poucos ainda a ouvem e a obedecem, ainda há esperança de que esse número cresça cada vez mais. E a esperança é a última que morre.
Logo: “Esperemos sempre o melhor, preparemo-nos para o pior, e aceitemos o que der e vier”. [Vetusto provérbio chinês].
Então vamos ao nosso resumo da aula de hoje: o imperativo Categórico de Immanuel Kant é muito semelhante à lei bíblica: “Não faça aos outros aquilo que você não quer que façam contigo”. É uma voz interior que aponta para você o caminho do convívio harmonioso com seus semelhantes.
Negociar ambições, riscos, ilusões e trocas consigo mesmo tem sido o grande desafio de todos os tempos.
Quem vive seus valores agoniza diante de escolhas morais. Os que deixam esses valores apenas pairarem sobre suas vidas, nem percebem que tais escolhas precisam ser feitas.
Olha, se eu fosse você eu ouviria este programa novamente. E depois pararia para refletir sobre o meu comportamento em relação ao Imperativo Categórico de Kant. Fazer mal não fará. E ajuda a encontrar o caminho que você procura para ser uma pessoa boa.
Bobinho isso, não é? É. Mas é isso que eu quero pra todos.
Roendo as unhas
Paulinho da Viola
Meu samba não se importa que eu esteja numa
De andar roendo as unhas pela madrugada
De sentar no meio fio não querendo nada
De cheirar pelas esquinas minha flor nenhuma
Meu samba não se importa se eu não faço rima
Se pego na viola e ela desafina
Meu samba não se importa se eu não tenho amor
Se dou meu coração assim sem disciplina
Meu samba não se importa se desapareço
Se digo uma mentira sem me arrepender
Quando entro numa boa ele vem comigo
E fica desse jeito se eu entristecer
E é assim então, ao som de ROENDO AS UNHAS, de Paulinho da Viola com Ney Matogrosso que este Café Brasil que vive chamando sua atenção para questões de moral e ética vai saindo de mansinho.
Com este monument à moralidade Lalá Moreira na técnica, essa enciclopédia da ética Ciça Camargo na produção e eu, o discípulo de Immanuel, Luciano na direção e apresentação.
Estiveram conosco o ouvinte Jean de Sousa Martins, Mário Guerreiro, João Donato com Marcelo D2, Paulo Moura e os Batutas e Ney Matogrosso.
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Este é o Café Brasil, que chega até você com o apoio do Itaú Cultural e do Auditório Ibirapuera.
De onde veio este programa tem muito mais. Visite para ler artigos, para acessar o conteúdo deste podcast, para visitar nossa lojinha no. www.portalcafebrasil.com.br.
E agora tem WhatSapp pra comentar!!! Olha só: é o 11 96789 8114. Vou repetir devagarinho: 11 96789 8114. Tecle aí! Ou então, faça uma gravação. Mande por voz mesmo, é muito fácil!
Para terminar, uma frase dele mesmo. Immanuel Kant:
A moral, propriamente dita, não é a doutrina que nos ensina como sermos felizes, mas como devemos tornar-nos dignos da felicidade.