Café Brasil 254 – Festa no Céu
Luciano Pires -Bom dia, boa tarde, boa noite, bem vindo ao nosso Cafezinho que hoje tá sensível… E já vou avisando que pesamos a mão, tendo como ponto de partida o email de um ouvinte. Se você é daqueles chorões, vai passar vergonha no ônibus… Trataremos outra vez de entes queridos que se foram, esse é um tema recorrente que tem que ser sempre abordado para que não nos esqueçamos de dar valor às pessoas que amamos e que muitas vezes deixamos de encontrar pois estamos ocupados demais trabalhando, sabe como é? Na trilha sonora Oswaldo Montenegro, Maria Rita, Mauro Sérgio, Renato e seus Blue Caps, Sulino e Marrueiro, Antonio José Forte, Hamilton de Holanda e meu amigo Chico Rodrigues. Apresentação de Luciano Pires.
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Bom dia, boa tarde, boa noite, bem vindo ao nosso Cafezinho que hoje tá sensível e eu já vou avisando. Hoje eu vou pesar a mão. Se você é chorão, vai passar vergonha no ônibus.
Vou tratar outra vez de entes queridos que se foram, esse é um tema recorrente que tem que ser sempre abordado, para que a gente não se esqueça de dar valor às pessoas que amamos e que muitas vezes deixamos de encontrar pois estamos ocupados demais, sabe como é?
Pra começar, uma frase do filósofo e poeta espanhol George Santayana:
Não há cura para o nascimento e a morte, a não ser usufruir o intervalo.
E o livro da semana vai para o Giovanni Gallindo, lá de Ilhéus, que comentou o Café Brasil assim:
“Olá Luciano, escuto o Café Brasil há mais de um ano e é a primeira vez que escrevo com mais calma para você. Sou baiano, 28 anos, tenho uma empresa de desenvolvimento de software e moro em Ilhéus.
Costumo escutar podcasts no carro, principalmente em minhas frequentes viagens solitárias pela BR-101, para visitar minha família em Feira de Santana.
Hoje à tarde, retornando para Ilhéus, escutei o programa 249 – Essa tal espiritualidade, que acabou acertando em cheio minhas divagações de viagem, em especial o comentário da ouvinte Patrícia, lido por você no programa.
Hoje pela manhã, antes de pegar a estrada, tive que dar à minha mãe a notícia de que um primo dela havia morrido esta madrugada. Estes momentos sempre nos trazem muita reflexão e durante toda a viagem, lembranças de pessoas queridas que se foram me vieram à mente.
Acabei me lembrando também do programa 206 – Amigos que perdemos, por conta disso, me senti na obrigação de escrever este comentário para compartilhar algo com você e demais ouvintes do podcast.
Há não muito tempo atrás, minha querida avó, foi diagnosticada com um câncer em estado avançado. Recebi a notícia antes dela, e passamos o final de semana juntos.
Quando eu retornava para Ilhéus, naquele domingo pela tarde, comecei a me recordar de todos os momentos que eu havia passado com ela e quanta saudade que ela iria deixar. Fiquei imaginando sobre o que ela, no alto da sua sabedoria de tantos anos de vida e experiência, deixaria de mensagem.
Acabei escrevendo um texto, como se fosse escrito por ela, que é uma carta dela ao meu avô, que ela sempre chamou de Zé.”
Bem, aqui eu interrompo a carta do Giovanni, é claro, pra ler o tal texto que ele escreveu como se fosse a sua avó; Chama-se Carta ao Zé
“Ao meu querido Zé
Zé, tudo que tenho na vida são dois baús. Um deles é onde guardo os meus minutos de vida e um segundo onde guardo as minhas lembranças, que vou trocando pelos minutos do primeiro baú.
Hoje Zé, já consigo tocar o fundo do primeiro baú. Tudo que sobrou nele, eu poderia guardar em um pequeno porta-jóias musical, desses com uma bailarina a girar em cima. Pois Zé, é isso que farei. Colocarei todos os minutos que me restam em um pequeno porta-jóias. Eles são o que tenho de mais valioso.
Você não precisa se preocupar com o meu baú de lembranças Zé. Ele é a única coisa que levarei comigo e este ninguém pode tomar de mim.
Zé, me ajude a cuidar dos minutos que guardei no meu pequeno porta-jóias musical. Quero trocar cada um deles apenas por boas lembranças para preencher o meu baú. Só agora que eles cabem nessa pequena caixinha é que me dei conta do quanto cada um deles é precioso.
Muito obrigado Zé, por ter me ajudado a conquistar tantas das lembranças que levo no meu baú, juntando os seus minutos com os meus. Sem somar os nossos minutos, eu não conseguiria ter conquistado as melhores lembranças que tenho.
Agradeça a todos que compartilharam os seus minutos comigo Zé. Eu não quero trocar os minutos que me restam por lembranças de despedidas, essas eu já tenho demais no meu baú.
Zé, por favor, cuide bem dos minutos que você ainda tem. Troque eles apenas por lembranças boas. Não os desperdice com más lembranças.
Vou estar esperando por você Zé, espero que leve alguma lembrancinha boa para mim em seu baú.
Da sua amada.
Terezinha”
Chão de giz
Eu desço dessa solidão
Espalho coisas sobre
Um Chão de Giz
Há meros devaneios tolos
A me torturar
Fotografias recortadas
Em jornais de folhas
Amiúde!
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes…
Disparo balas de canhão
É inútil, pois existe
Um grão-vizir
Há tantas violetas velhas
Sem um colibri
Queria usar quem sabe
Uma camisa de força
Ou de vênus
Mas não vou gozar de nós
Apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom…
Agora pego
Um caminhão na lona
Vou a nocaute outra vez
Prá sempre fui acorrentado
No seu calcanhar
Meus vinte anos de “boy”
That’s over, baby!
Freud explica…
Não vou me sujar
Fumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes
Já passou meu carnaval
E isso explica porque o sexo
É assunto popular…
No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais!…
Opa! Para total desespero da Ciça, Oswaldo Montenegro no Café Brasil! Aqui com o clássico CHÃO DE GIZ, de Zé Ramalho…
Bem, mas o Giovanni continua a carta:
“Menos de 1 ano após eu escrever a Carta ao Zé, a minha vó partiu, lá estava ela comemorando 60 anos de casada com o meu avô, o Zé.
Nesta ocasião, ao vê-la tão debilitada, me emocionei ao ouvi-la dizer que valeu a pena passar esses 60 anos juntos, o que me levou a escrever mais um texto.”
Na verdade , o texto do Giovanni é uma poesia, chamada O FIM,
que eu lerei com a introdução de um clássico chamado THE END, de Earl Grant…
E no fim,
Que todo o meio valha a pena.
E se não valha?
E se não pena?
E se não fim?
E na pena,
Que todo o meio valha o fim.
O fim
Por onde tu andares
Na certa encontrarás
Em tudo uma lembrança
Do que ficou pra trás
De um amor que era lindo
E a vida fez morrer
E agora só nos resta
Lembrar, nada mais
As estrelas que eram nossas
Até nem brilham mais
Das rosas, só espinhos
Ferindo ainda mais
E a cada momento
Sentimos solidão
Nos nossos corações
A sofrer, a chorar.
Chorando agora estamos
De tudo a nos lembrar
Enquanto nos amamos
Como foi lindo amar
Para nós, a esperança,
Parece que morreu
E do amor só restou
Para nós
O adeus
Só restou
O adeus.
Que tal? Tava esperando Earl Grant? Pois eu trouxe Mauro Sérgio, paulista que fez sucesso nos anos setenta com uma série de versões.
E o Giovanni termina assim sua carta:
“Essas lembranças me levaram à pensar o quão a nossa espiritualidade está ligada com a morte. Até mesmo eu, cientista e ateu, sempre me pego refletindo sobre estas questões, quando esta inevitável fase da vida de todos chega a alguem querido.”
Hoje tá pesando né!
O que é que tem pra ser dito? Nada. Apenas que o Giovani me escreva mandando seu endereço. Ele ganhou um exemplar de meu livro NÓIS QUI INVERTEMO AS COISA. E nós ganhamos um pouco mais de experiência. Obrigado Giovanni, Dona Terezinha e seu Zé…
E então o meu amigo Chiquinho escreve um texto emocionante chamado Uma Lan House no Céu.
Ao fundo, no podcast você vai ouvir Jullyar, de autoria do próprio Chico.
Todo músico tem um público imaginário. Quando pego meu violão e sozinho em casa toco algo que gosto, sempre imagino uma pequena e seleta platéia me assistindo.
Nessa platéia (que varia muito) estão amigos que eu admiro o bom gosto, outras pessoas que eu pouco conheço, mas que gostaria que me ouvissem tocando e quase nenhum chato ou bico falando enquanto me apresento.
(Um amigo meu que é jogador de futebol profissional, me confessou que volta e meia se imagina fazendo um golaço decisivo num grande jogo importante! E no alambrado estão seus parentes, amigos, olheiros de times do exterior, tv ao vivo com Galvão falando bobagens, cartolas, empresários, seus pais, primos e uma vizinha gostosa que ele é doido pra comer).
Eu também tenho um pouco disso quando escrevo.
Penso nas pessoas que conheço que vão ler, rir, chorar e comentar. (adoro os comentários) Além de imaginar todas essas pessoas lendo meus escritos, eu quando escrevia pensava também na minha fã número um!
Sim! Eu tinha uma Fã número Um… Era a Julianna Scaranzzi.
A gente se conheceu aqui pela internet e não há um escrito meu que não tenha um comentário dela. (Seja por e-mail ou aqui mesmo na própria página do Luciano).
Brasileira, morava em Padova na Itália e estudava arquitetura em Florença. Durante um ano e meio a gente se falou todos os dias e nunca faltou assunto.
Quando eu fui pra França, faltou um tiquinho de nada pra gente se conhecer pessoalmente. Mas não foi possível e a gente deixou pra próxima.
Mas não houve próxima.
Na estrada de Padova pra Florença, o destino e o carro dirigido em alta velocidade pela Ju, tramaram contra todos nós que amávamos tanto aquela menina.
O bombeiro que a socorreu entregou para mãe da Julianna um Cd que estava tocando na hora do acidente. Aquele Cd só tinha uma faixa e era Jullyar, uma música que eu havia feito só pra ela.
A Ju foi embora e eu quase perdi toda a tesão de tocar ou escrever…
Mas devagar estou recuperando.
O mais maluco é que ainda mando alguns e-mails pra ela. Pois como disse a sua amiga Maria Emília, A Julianna era tão viciada em Internet que até no céu ela vai dar um jeito de achar uma lan house pra falar com a gente.
Sabe… Acho esse pessoal que toma conta lá do céu meio conservador e atrasado. Não sei não se já informatizaram aquilo lá! Mas mesmo assim continuo escrevendo.
Uma hora dessas, eles vão ter que se modernizar e aí a Ju vai poder então receber meus escritos.
Só assim ela vai poder mensurar o quanto de mim foi embora com ela. Vai saber também que do meu coração sempre teve nada menos que o camarote… Agora vazio.
Despedida
Eu não sou daqui também marinheiro
Mas eu venho de longe
E ainda do lado de trás da terra além da missão comprida
Vim só dar despedida
Filho de sol poente
Quando teima em passear
desce de sal nos olhos doente da falta de voltar
Filho de sol poente
Quando teima em passear
desce de sal nos olhos doente da falta que sente do mar
Vim só dar despedida
Bom, né… Essa é Maria Rita, com DESPEDIDA, composição do Marcelo Camelo….
Mas o Chico escreveu mais sobre alguns amigos que se foram. Tem texto dele chamado SAMBA NO CÉU que é uma delícia e que você ouvirá agora,
Eu vou tocar ao fundo OLHA PRO CÉU, de Luiz Gonzaga e José Fernandes com o cearense Antonio José Forte. Olha o que o Forte fez com o clássico do velho Lua…
Por volta dos anos 90 a Som Livre lançou um álbum com o infeliz nome de Samba no Céu. Eu lembro de alguns nomes como Elis, Cartola, Pixinguinha, Gonzaguinha e outros artistas que já haviam morrido fazendo parte desse estranho elenco.
Fico pensando então no puta som que deve rolar de vez em quando lá em cima com tanta gente boa que já se foi.
Já imaginou uma banda regida por Duke Ellington com Jaco Pastorius ao baixo, Gene Krupa na bateria, Joe Pass na guitarra, Elis, Sarah Vaugham, Billie Holiday, Ray Charles e Sinatra nos vocais, Bill Evans ou Jobim ao piano e o naipe de metais com Miles Davis, Louis Armstrong, Sony Rolins, Charlie Parker e Benny Carter?
Outro pensamento que me ocorre é qual o critério usado pra formarem-se bandas lá cima. Seria por estilos? Seria por nacionalidades, etnias, por números de discos vendidos ou por ordem de chegada ao céu?
Esse último critério me preocupa. Pois já imaginou se morro no mesmo dia que o Osvaldo Montenegro e tenho que passar a eternidade tocando na banda dele?
Não sei bem ao certo porque lembrei disso agora. Mas deve ser porque li em meus scraps no orkut uma mensagem da Vilma falando da Banda Revellion onde ambos tocamos.
Essa banda tinha um naipe de metais que deixou saudade!
Darcio, Luiz, Arruda, Tv, Sumé e Zé Gordo.
Eram todos muito bons. Mas o Zé gordo era um caso especial. A Vilma me contou que ela tem uma fita Vhs com um show da banda onde o Zé faz um solo de trumpete no standart Tenderly. Imperdível! (apesar de o instrumento dele ser o sax).
Ela termina o scrap me dando uma notícia ruim. Escreve assim: Ta sabendo do Zé, Chico? Foi arregimentado pro céu.
E o Chico continua o texto:
Esta é uma semana de tristes notícias.
Meus amigos Dudu, contrabaixista e o cantor e compositor Carlos Kexo foram esta semana arregimentados pelo Papai do Céu lá pra cima. Convivi com o Dudu durante 42 anos e não lembro de nenhuma palavra mais ácida que tenha saído da sua boca para com quem quer que fosse. Aprendi não só a ser um bom músico, como também uma pessoa melhor com esse convívio. Fui visitá-lo há uns três meses (depois de uma complicada cirurgia) e passamos uma tarde maravilhosa de audição de vários Cds e Dvds que eu levei como presente. Na hora de ir embora dei um abraço sincero e carinhoso em meu amigo. Eu não sabia que este seria o último. Pois se soubesse, teria dado um mais apertado e demorado.
Seja onde estiverem Carlos Kexo, Zé Gordo e Dudu, tenho certeza que o som será dos melhores! O meu coração está naqueles dias tristes e escuros. Porém, o que me consola e empresta um pouco de paz ao meu espírito é saber que a esta altura com a chegada deles, o céu seguramente deve estar em festa.
Festa no céu
Esta noite eu tive um sonho
Que durou mais de uma hora
Sonhei com velhos amigos
Que do mundo foram embora
São uns artistas famosos
Que no céu estão agora
Só de lembrar os seus nomes
Muita gente ainda chora
Lá no reino de Jesus
Onde há paz e amor
Sonhei que eu também estava
Ao lado do criador
Tinha uma festa animada
E alegria e esplendor
Todos os artistas cantavam
E mostravam seu valor
Abracei o Caboclinho
Com Gauchito cantei
Falei com Zé Mineirinho
E Museu cumprimentei
O famoso ator Fenati
Lindos versos declamava
O Monteiro e o Mineiro
Com suas violas acompanhava
Pare viola sentida
Não torture meu coração
Trazendo em meu pensamento
Saudosa recordação
Curioso como eu sou
Eu fui logo perguntando
O que é que nesta noite
Vocês estão festejando
Eles então responderam
Estamos homenageando
Quatro artistas que da terra
Esta hora estão chegando
Nesse instante o Tedy Vieira
E com ele logo após
Vinha o Nirso e o Laurites
E o cantor Paulo Queiróz
Quando me cumprimentaram
Nessa hora eu acordei
Meus olhos estavam molhados
Foi por eles que eu chorei.
Você está ouvindo, no podcast, FESTA NO CÉU, de Sulino e Augusto Toscano, com Sulino e Marrueiro.
É verdade. Você já pensou na banda que deve dar pra formar lá no céu? E no inferno hein?
Então. O programa de hoje remete a um outro programa anterior chamado Amigos que perdemos, onde eu usei um poema do Carlos Drummond de Andrade chamado A hora do cansaço. Eu vou repetir aqui, sabe?
E vou tocar ao fundo Hamilton de Holanda Quinteto com Choro de Juliana.
A hora do cansaço
As coisas que amamos,
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.
Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.
Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nos cansamos, por um ou outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.
Do sonho de eterno fica esse gozo acre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.
Ufa! Não sei pra vocês, mas pra mim este programa foi uma porrada. E só depois que o montei é que percebi que ele trata muito mais das pessoas que ficaram do que as que se foram, você percebeu?
Pois é… Olha só, se eu fosse você eu ligava hoje para as pessoas que você ama e com as quais não tem mantido contato. Não é por nada não,apenas pra curtir um pouco a presença de alguém que se importa com você…
Mas, o Café Brasil de hoje vai sair de mansinho, não. Vamos com um grito de esperança, dizendo que eu te esperarei até o fim…
Até o fim
você vai crescer (lá lá lá) e então verá (lá lá lá)
como é bom sofrer (lá lá lá) sofrer e amar (lá lá lá)
se eu não sou seu bem (lá lá lá)
porque é jovem pra’ mim (lá lá lá)
eu te espe…rarei a…té o fim (até o fim)
a…té o fim
o amor é assim (lá lá lá) nos faz sofrer (lá lá lá)
com você serei (lá lá lá) capaz de morrer (lá lá lá)
o tempo pas…sa depres…sa querida
e então nós dois uniremos nossas vidas…
E é assim, ao som de Renato e seus Blue Caps, com ATÉ O FIM, versão de You Won´t See Me dos Beatles, que o Café Brasil de hoje vai embora…
Com Lalá Moreira na técnica, Ciça Camargo na produção e eu aqui, procurando os telefones de uns amigos, Luciano Pires, na direção e apresentação.
Estiveram conosco Oswaldo Montenegro, o ouvinte Giovanni Gallindo, Maria Rita, Mauro Sérgio, Renato e seus Blue Caps, Sulino e Marrueiro, Antonio José Fortes, Hamilton de Holanda Quinteto, Carlos Drummond de Andrade e meu amigo Chico Rodrigues
Este é o Café Brasil, um programa feito para mexer com a sua cabeça. E com a cabeça de quem quer exercitar o cérebro com algumas iscas intelectuais. Você bem que podia ter sua marca aqui patrocinando uma iniciativa cultural que atinge gente inteligente, não é? Acesse o www.portalcafebrasil.com.br e venha pro Café Brasil.
Pra terminar, uma frase do poeta e romancista francês Jean Richepin:
Se eu fosse imortal, inventaria a morte para ter o prazer de viver.
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