João Donato
Luciano Pires -No ano passado, o compositor, pianista e arranjador brasileiro compôs e se apresentou ao lado de músicos de estilos e gerações das mais variadas no mundo inteiro: Orquestra Sinfônica da Rússia, Fernanda Takai, Carlos Lyra, Nelson Motta, Bud Shank, Bebel Gilberto, Roberto Menescal, Marcelo D2, Paula Lima, Till Brönner, Roberta Sá, Emílio Santiago, Joyc etc.
Desde 1949, quando fez sua primeira gravação profissional, tocando acordeon, no disco de estréia do flautista Altamiro Carrilho, João Donato reverbera bossa nova, samba, baião, bolero, jazz, música de concerto, canção popular, temas instrumentais, sons eletrônicos, até mesmo o fund, o hip hop e o rock. A transversalidade da obra de Donato atravessa mais de meio século e deságua nele mesmo.
Músicos, pesquisadores, críticos e escritores tentam explicar o paradoxo da simplicidade da música simples criada e executada no seu piano. Em referência aos dons naturais do parceiro, Gilberto Gil apelidou-o de João Dó Nato. É Gil quem explica: Certa vez, eu fiz essa brincadeira com o nome do meu querido João para expressar a nítida impressão que ele me dá de ter com a música uma ligação física. Na verdade não foi uma brincadeira partindo de quem, como eu, sabe que João forma com a música uma espécie de ovo mágico, ele e a música, gema e clara desse ovo. É o mesmo Donato de sempre, chocado e nascido nota musical. Juntos, Donato e Gil compuseram algumas das mais permanentes canções da música brasileira, A paz, Lugar comum, Terremoto, Emoriô, entre elas.
João Donato
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