Os humanos insistem em dar certo na Terra. Os humanos.
Adalberto Piotto - Olhar Brasileiro -Diante da foto do policial turco tirando o corpo de um menino sírio da praia, li mais de um comentário de quem questiona a humanidade na Terra.
O impacto em si de tamanha tragédia humana em formato infantil supera qualquer outra dor. Isso é a nossa humanidade quem diz.
Por isso, não sinto dor menor que a de quem, revoltado diante da foto, questiona o projeto humano, o homem.
Dói igual. É preciso e importante pra mim deixar isso claro. Não haveria como ser diferente diante desse dolorido caso.
Mas o policial que, compadecido e solidário, tira o corpo do menino da praia é humano.
É preciso enxergar esse lado. O lado de quem se mobiliza.
Por isso são muito humanos os outros humanos ativistas que lutam na Europa para tentar abrigar os desabrigados foragidos de regimes fascistas que tem líderes aparentemente humanos.
Além dos exércitos de humanos que combatem o Estado Islâmico.
Ou os médicos sem fronteiras, os humanistas e os integrantes dos vários serviços humanitários que tentam salvar e assistir humanos.
Se na história teve Hitler, teve Schindler também.
Se teve a SS, teve o exército alemão do coronel Stauffenberg.
O ser humano, permita-me, não deu errado. Apenas luta para mais gente dar certo e corrigir desvios.
E precisaremos os de bem insistir sempre para continuarmos a ser maioria.
A dor que esta foto traz do menino morto é de algo desumano.
Extremamente desumano.