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Luciano Pires -

Amigo, amiga, não importa quem seja, bom dia, boa tarde, boa noite. Este é o Café Brasil e eu sou o Luciano Pires. Você às vezes se sente assim… impotente? Incapaz de provocar alguma mudança em torno de si, afundado na mediocridade, calado pela burrice? Bem, você não está sozinho. A questão é: onde estarão os outros que pensam como você, hein? Será que eles não deveriam se reunir? Fazer como fazem os conspiradores?

Posso entrar?

O podcast Café Brasil chega até você com o apoio do Itaú Cultural e do Auditório Ibirapuera que, como sempre, estão aí ó, a um clique de distância. www.facebook.com/itaucultural e www.facebook.com/auditorioibirapuera.

E quem ganhou o exemplar de meu livro NÓIS…QUI INVERTEMO AS COISA, acompanhado do Kit DKT foi o Daniel de Capua, será que é Capua ou Capuá. Acho que é Capua, que escreveu assim:

“Escrevo pelo ultimo episódio do café Brasil, e por todos os outros também. Especificamente no ultimo fiquei de ouvidos muito atentos à mensagem de um colega ouvinte que sugere a discussão do que é, e o que é tomado por, ciência no Café Brasil, tenho certeza que seria muito bem feita e que traria pontos muito relevantes para nossa reflexão, aliás como sempre acontece. Nesse sentido apoio totalmente a produção de um Café Brasil nesse tema e ainda aproveito para recomendar um outro podcast que sigo já há algum tempo e que trata de ciência de forma séria, compromissada e ainda assim muito divertida, falo do Scicast (scicast.com.br/). Tenho certeza que assim que ouvi-lo vai gostar também (e assim retribuo de alguma forma suas ótimas indicações).

De maneira bem menos específica, e falando do Café Brasil de modo geral, cheguei a você por conta própria certa vez, mas estava muito preso no formato do Nerdcast, o único podcast que eu ouvia com frequência antes, e não fui com a cara do Café Brasil. Passou-se um tempo, passei a ouvir muito mais coisas e um amigo, Robson, indicou o Café Brasil sobre amizade, não só para mim, mas para nosso pequeno grupo de amigos “espalhados”. Dessa vez sim cheguei ao Café Brasil já esperando um formato diferente e desde então tenho acompanhado todos os episódios. Como sei que você aproveita nossos e-mails para se inspirar em novos temas aqui fica minha singela dica. Esse meu amigo Robson é de Manaus, eu mesmo sou de São Paulo, dois outros amigos são do Rio, uma de Curitiba, um casal de Osasco, mais um de Fortaleza, além de outros colegas ainda de outras localidades, nos conhecemos por uma rede social e nos encontramos uma vez por ano presencialmente (pelo menos tentamos) e conversamos quase sempre nos fins de semana por skype. Sempre fui de poucos amigos, e de amigos ocupados e cheios de projetos, o que é um perfil ótimo para conversar, mas péssimo para se reunir. Não tenho uma ideia muito bem formada de minha sugestão para um episódio do Café Brasil, mas acho curioso até hoje esse grupo de pessoas tão distantes ter se formado e se comunicado tanto e tão bem até hoje (não sou tão velho assim pra me surpreender com essas “modernidades”, tenho apenas 25 anos e bons conhecimentos em informática hehehe, não não é esse o motivo da surpresa). Pensei que essa situação talvez inspirasse alguma discussão interessante de sua parte. Se sobre o poder da amizade, como conhecemos pessoas, ou como a tecnologia pode ser positiva para os relacionamentos à distancia, isso só você me dirá.

Sugestões a parte, deixo também meu elogio ao ótimo podcast, tanto no conteúdo quanto na técnica. Espero que tenhamos muitos Café Brasil nesse ano que vem e nos próximos além.

Abraços, Daniel de Capua”

Muito bem Daniel, a sugestão sobre o tema ciência está guardada, uma hora dessas a gente trata do tema por aqui. Concordo com você sobre a indicação do Scicast, é um ótimo podcast que traz o tema ciência de forma que qualquer um entenda. E isso não é fácil… Aliás, tenho uma dívida com o Silmar Geremia, pois ele me convidou para participar de uma edição do Scicast e por problemas de agenda eu não consegui. Mas uma hora estarei com eles. Bem, vamos então ao programa, pra ver o que é que seu comentário inspirou…

Muito bem. O Daniel vai receber em casa um KIT DKT, recheado de produtos PRUDENCE, como géis lubrificantes e preservativos masculino e feminino. Se você ainda não sabe, PRUDENCE é a marca dos produtos que a DKT distribui como parte de sua missão para conter as doenças sexualmente transmissíveis e contribuir para o controle de natalidade. O que a DKT faz é marketing social e você contribui quando usa produtos Prudence. Acesse facebook.com/dktbrasil

E lembre-se sempre

Na hora do amor, use Prudence.

E a Nakata, hein? A Nakata é marca pioneira na fabricação de amortecedores pressurizados no Brasil, inclusive da tradicional linha HG. Os amortecedores Nakata oferecem garantia de 2 anos ou 50 mil km para você rodar tranquilo. E no canal da Nakata no YouTube você tem dicas de manutenção e também videocasts exclusivos comigo!

Siga youtube.com/componentesnakata

Tudo azul, tudo Nakata.

(06:32)

Anos atrás, eu creio que por volta de 2003, após ler um livro do escritor e educador Rubem Alves que me deixou fascinado, chamado “Por Uma Educação Romântica” -, entrei em contato com ele e consegui marcar uma visita à sua casa em Campinas. Foi num dia de semana, peguei o carro e fui até lá. Rubem me recebeu gentilmente, almoçamos num restaurante que ele tinha ao lado de sua casa e depois fomos bater um papo em sua sala biblioteca. Ali permanecemos por algumas horas falando de tudo um pouco, eu fascinado e ele certamente sentindo o prazer que os educadores têm quando ensinam.

Lá pelas tantas, falávamos da necessidade de algum tipo de mobilização para implementar mudanças no Brasil, alguma forma de juntar as pessoas interessadas em discutir soluções para os nossos problemas. Após discutirmos sobre as dificuldades de mobilização das pessoas, sobre a forma como a cultura sindical parece ter o domínio dos militantes sempre truculentamente a serviço de um projeto de poder, Rubem veio com a seguinte sugestão:

– Precisamos de conspiradores.

Conspiradores. Aqueles que tramam secretamente, que não são os black blocs que saem dando porrada e quebrando coisas. Não são os mártires que recebem as balas da situação ou da oposição. Não são os braços das operações, mas os cérebros, as pessoas inteligentes que, nos bastidores, teorizam, planejam, criam estratégias, definem como as coisas devem ser para que outros as executem. Conspiradores são os que têm a inteligência. E segundo Rubem, era isso que estava faltando.

Esse som maravilhoso é SICILLIENE, do compositor francês Gabriel Fauré, uma das maravilhas às quais fui apresentado por Rubem Alves…

É, meu caro, é impossível criar uma resistência organizada à mediocridade, sem um pensamento embasado, sem planejamento, sem gente disposta a investir tempo e – porque não? – dinheiro,  em ações que causam impacto na sociedade.

Combater  a mediocridade tem sido a missão de muitos homens e mulheres ao longo da história. Desde o começo da humanidade o homem se preocupa com a mediocridade, a estupidez, a idiotice. E muita gente famosa dedicou horas de reflexão sobre o tema. Quer ver?

Sigmund Freud disse: “Existem duas maneiras de ser feliz nesta vida, uma é fazer-se de idiota e a outra é ser um idiota.”…

Mario Vargas Llosa disse: “Só um idiota pode ser totalmente feliz.”

Voltaire disse: “A idiotice é uma doença extraordinária, não é o doente que sofre por ela, mas os outros.”

Albert Einstein disse: “Existem duas coisas infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas não tenho certeza sobre o universo.”

O político e escritor espanhol Francisco de Quevedo y Villegas disse: “Todos que parecem estúpidos o são e também a metade dos que não parecem.”

Goethe disse: “Contra a estupidez, até os deuses lutam em vão.”

Kant disse: “Nunca discutas com um idiota. As pessoas podem não notar a diferença.”

O escritor norte americano Harlan Ellison disse: “Os dois elementos mais comuns no universo são o hidrogênio e a estupidez.”

O músico norte americano Anton Lavey disse: “É uma pena que a estupidez não doa.”

Jean-Paul Sartre disse: “Faz falta um sol duplo para iluminar o fundo da estupidez humana.”

O sociólogo espanhol Armando de Miguel disse: “Saber-se gênio é sintoma de idiotice.”

Martin Luther King disse: “Nada no mundo é mais perigoso que a ignorância sincera e a estupidez minuciosa.”

Albert Einstein outra vez: “Somos todos muito ignorantes. O que acontece é que nem todos ignoramos as mesmas coisas.”

E por fim, o físico dinamarquês Niels Bohr disse: “Um idiota sempre encontra outro mais idiota que o admire.”

Que tal?

E dá-lhe uma gafieira, que tal, hein? Você ouve o grande trombonista carioca Raul de Barros com PAU NO BURRO…

(11:54)

Muito bem… Saí da reunião com o Rubem Alves com a cabeça fervilhando. Onde estariam os conspiradores? De que forma reuni-los? Como fazer para atrair as pessoas interessadas em propor as soluções para um país melhor? Será que estariam em partidos políticos? Nas escolas? Onde, hein?

Comecei a procurar. E encontrei muita gente em diversos tipos de associações, mas nada daquilo que eu esperava.

Nos partidos políticos estavam pessoas interessadas, mas totalmente dominadas por grupos de interesses, por projetos de poder, por panelinhas que se utilizavam da energia dos que queriam fazer para buscar poder. Sempre o poder. A função do poder é obter mais poder. E mesmo aqueles que sinceramente estavam interessados no bem estar social, perdiam seu tempo e energia na luta contra os que estavam interessados em dinheiro e poder. Não me servia.

Nas escolas encontrei grupos absolutamente contaminados por ideologias marxistas, interessados em construir um tipo de sociedade que jamais deu certo em nenhum tempo ou lugar do planeta, incapazes de abrir a mente para ideias diferentes das suas. E o que é pior, sob o manto de educadores, fazendo a cabeça da garotada que não resistia à ideia de um mundo melhor, magicamente justo e igualitário. E ai de quem resistisse a se submeter aos que sabem o que é melhor para a humanidade. “Tribunais democráticos” a serviço da hegemonia de uma ideia se encarregariam de julgar e condenar os rebeldes. Não me servia.

Nos sindicatos encontrei uma combinação explosiva: ignorância com truculência. Havia ali conspiradores sim, em núcleos sempre fechados, até mesmo escondidos, que acionavam suas redes de militantes para botar para quebrar e conseguir seus objetivos na porrada. Mesmo naqueles em que encontrei gente interessada e interessante, grupos lutavam pelo poder pelo poder, usando das armas mais baixas. Não concorda comigo? Quebro seu braço. Não. Não me servia.

Pensei nas igrejas, mas jamais consegui combinar as ideias religiosas com as ações pragmáticas. Não que eu as ache ruins, especialmente no necessário “não faça para os outros o que você não gostaria que fizessem a você”, mas o foco na religião tira do homem a responsabilidade por seus atos, transfere para deuses e santos os louros das vitórias e, de certa forma, a responsabilidade pelas derrotas, cria nos devotos uma sensação imensa de culpa, demanda um tempo muito grande com ritos e mitos… e em muitos casos as organizações religiosas lutam primeiro por dinheiro e poder. Não me serviam.

Parti então para a ação individual. Comecei a escrever, em 2004 lancei o meu livro Brasileiros Pocotó e daí deu nisto aqui, ó: o Café Brasil, que acabou reunindo um monte de gente interessada em ideias diferentes das que vão por aí. Mas falta o passo seguinte, a constituição de um grupo de conspiradores capaz de provocar ações efetivas.

Pra não dizer que não falei das flores
Geraldo Vandré
Emicida

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Celso luz, pés nas porta
Tribos mortas, ódio gratis
Partes do pódio não importa
A luta é necessária antipária
Da mão contrária por reforma agraria
Da area eu vinha angariar, viu
Pra tv shiu ela mentiu, vamo brasil, pátria á mil

Que nos resumiu a mulata e fuzil
A gravata de bravata mil, hã ao padrão
Que serve a klu klux klan, filosofia vã prada
Favela assassinada o algoz de carteira assinada
E se pã de fé cristã, rap é divã
Pelo o amanhã, pronto falei fora da lei, de escravos a reis

Essa é a a velha PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES ou CAMINHANDO de Geraldo Vandré, que por muito tempo, eu diria que até hoje, foi o hino dos que acham que podem provocar ações efetivas. Já cansou, é? É. Mas aí o Emicida bota a mão na música…

Ô Lalá, vamos soltar aí outro Caminhando? O do Marcio Silva, tocado pelo Saracotia, grupo pernambucano formado por Rafael Marques no bandolin, Rodrigo Samico no violão e Márcio Silva na bateria, olha só…

(17:04)

Então… Provocar ações efetivas… afinal de contas o que é isso? Bem, é basicamente tirar a bunda da cadeira e trabalhar para que os escritos e os falados se transformem em realidade. Pessoalmente me sinto satisfeito, pois recebo várias mensagens de gente que partiu para a ação inspirada pelo Café Brasil, por meus escritos, por minhas palestras, pelas indicações que eu faço. Mas ainda é pouco. Essas iniciativas individuais estão dispersas, não consigo vê-las como um todo, que passe a sensação de que nosso trabalho aqui está rendendo frutos. Que estamos conseguindo realizar aquela missão iniciada em 2004, de despocotizar o Brasil…

Bem, nestes doze anos que se passaram depois daquela conversa com Rubem Alves, vi surgir um mundo de gente interessada, grupos de estudos, associações, publicações e, mais recentemente, os espaços nas mídias sendo ocupados por gente que defende ideias próximas daquelas que eu julgo que valem a pena serem defendidas. Comecei a ver alguma luz em meio à estupidez e tenho certeza que os grupos de conspiradores estão se constituindo por aí. Ainda falta vencer batalhas de egos e a incapacidade de falar a linguagem que as pessoas comuns entendem, mas sinto que vêm novidades por aí, que podem provocar mudanças.

Será que os conspiradores vão vencer a truculência? Será que lucidez generalizada vai acabar com a estupidez seletiva? Não sei. Mas to tentando fazer a minha parte. E sei que mais gente, como o Daniel de Capua e seu grupo de amigos que se corresponde, também!

Você que está me ouvindo, fique esperto. Quando eu descobrir onde estão esses conspiradores do bem eu aviso. Quem sabe nos juntamos a eles?

Hummmm… olha só… essa é a Ode à alegria, da 9ª. Sinfonia de Beethoven, em arranjo delicioso de Cesar Camargo Mariano e Leo Gandelman. Tem que ter aquela molecagem brasileira pra fazer uma coisa dessas, não?

(19:49)

Muito bem  Mas se você não tem paciência, acha que tudo tem que ser feito já, é um dos que pretende sair às ruas pra botar pra quebrar, queimar, bater e apanhar, uma recomendação: vá se tratar. Você estará a serviço justamente dos que buscam um pretexto para manter as coisas como estão, para tolher liberdades, para usar a força bruta. Você joga o jogo que agrada a eles.

Espero que você esteja cumprindo seu papel, refletindo, manifestando de forma civilizada sua indignação, fazendo cabeças, compartilhando ideias e juntando-se a outros conspiradores. Eu sei que demora um pouco, que não dá ibope, que não produz heróis… mas ao menos me asseguro de não estar criando outros monstros.

Entendido então, hein? Ser medíocre é uma opção. Você pode muito bem passar a vida toda no meio do rebanho, indo para onde querem que você vá, fazendo o que os outros fazem, sem se preocupar em estar à frente, em levar a primeira porrada, em ser chamado de louco. Acredite, a maioria absoluta das pessoas é assim e acho até que são felizes por serem assim.

Mas para certas pessoas, a resignação bovina não serve. Para elas, a vida é e pode ser mais que isso. Essas pessoas têm fogo no rabo, precisam se expressar, querem ser livres, querem provocar a diferença, querem moldar o mundo à si e não serem moldadas pelo mundo. É claro que não vão conseguir fazer isso todo o tempo, mas a simples sensação de que estão fazendo algo já basta para dar conforto e tesão.

Vivemos numa sociedade repleta de regras, de leis, de convenções. Temos que seguir essas leis, sim senhor. Isso nos obrigará a muitas vezes fazer aquilo que a manada faz. Teremos que ser parte da manada e seguir bovinamente o que o mestre mandar. Não fazendo assim quebraremos as leis e talvez as consequencias não valham a pena. O problema é se conformar com isso e ser sempre assim. Pelo menos para mim, isso não é uma opção.

Mas não posso induzir que ser o bovino resignado seja uma opção pra você. Posso só fazer a seguinte dedução: se você ouve o Café Brasil, é grande a chance de que seja um daqueles inconformados, não é?

Daqueles malucos que querem mudar o mundo, sabem que não vão conseguir, mas teimam assim mesmo?

Você é um desses?

Bem-vindo

E é assim então, ao som do violonista Marcos Kaiser fazendo outra molecagem brasileira, a experiência inusitada de adaptar a Ode à Alegria de Beethoven ao ritmo do funk. Se seu cérebro não explodiu agora, não explode mais… É assim que vamos saindo no embalo.

Com o conspirador Lalá Moreira na técnica, a indignada Ciça Camargo na produção e eu, que adoro uma conspiraçãozinha, Luciano Pires na direção e apresentação.

Estiveram conosco o ouvinte Daniel de Capua, Gabriel Fauré, grupo Saracotia, Cesar Camargo Mariano com o amado da Ciça,  Léo Gandelman, Marcos Kaiser, Raul de Barros e Emicida.

E não esqueça da Pellegrino, que além de ser uma das maiores distribuidoras de auto e motopeças do Brasil, também distribui conhecimento sobre gestão, comunicação e outras coisas legais em sua página no facebook.com/pellegrinodistribuidora.

Pellegrino distribuidora. Conte com a nossa gente.

Este é o Café Brasil, que chega a você com o apoio do Itaú Cultural e do Auditório Ibirapuera. De onde veio este programa tem muito mais. Visite para ler artigos, para acessar o conteúdo deste podcast, para visitar nossa lojinha… www.portalcafebrasil.com.br.

E mande um comentário de voz pelo WhatSapp no 11 96789 8114. Vou repetir para quem estiver fora do Brasil: 55  11 96789 8114.

E se você ainda não tem o Viber, baixe aí no seu celular e acompanhe nosso grupo, Podcast Café Brasil. Tá só começando, mas já tem informações de bastidoresali. Eu estou contando coisa lá em primeira mão, tá?

E para terminar, uma frase do poeta italiano Giacomo Leopardi, que trata da maior virtude dos conspiradores, a paciência:

A paciência é a mais heróica das virtudes, justamente porque não tem nenhuma aparência de heroísmo.