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Café Brasil 016 – Natal

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Luciano Pires -

Gratuito!
17 MB

O Podcast de hoje é especial de Natal. Era pra falar de músicas natalinas mas acabou falando é de música popular brasileira ao contar a história de Assis Valente, o amargurado e brilhante autor de algumas das melodias inesquecíveis que você canta desde pequenino, sabia? O programa começa com um petardo de Eliezer Setton, o Natal Nordestino, onde o pinheiro é um mandacaru. Vamos viajar pelas memórias de natais distantes, trazendo várias das pérolas natalinas compostas e/ou intepretadas por Blecaute, Assis Valente, Sim ao Som, Octavio Babo, Simone, Novos Baianos, Eliezer Setton, Sérgio Sá…. ho, ho ho… Feliz natal pra você, do Café Brasil. Produzido e apresentado por Luciano Pires.

*Nessa época ainda não publicávamos os roteiros dos programas.

Bom dia, boa tarde e boa noite, bem vindo ao nosso Café Brasil, esta edição era para ser sobre o Natal e acabou tratando de música popular brasileira de Natal, pois abro esse programa especial com o poema “Novas Marcas”, de Haroldo Barbosa, um amigo virtual que mora no Rio de Janeiro e que escreveu assim:

Como festejar o evento com alegria e encanto se guerras santas espalham dor, tristeza e pranto.
Por que o ser humano não se despe da hipocrisia para distribuir carinho ao longo do ano todo dia?
Quando chega o natal, raposas ávidas por dinheiro disfarçam sua má conduta usando pele de carneiro.
Tomara que a data mágica que relaxa e nos acalma sirva de marco inicial para lavar a nossa alma.
A busca pela vitória é árdua, no entanto há esperança.
Basta observar o exemplo que nos dá cada criança
Liberte-se já das sombras, não espere chegar janeiro e o que praticar no natal repita pelo ano inteiro.

É muito triste constatar, mas o fato é que deixamos que o espírito de natal se transformasse num imenso apelo comercial. Sobra para quem ainda não morreu de tédio com o ataque baixo da mídia e do poder estabelecido o universo maior que todos os universos conhecidos, o das canções, a música é sem dúvida um vislumbre da face de Deus, desde a erudita chegando a um bom samba, emoção é o que vibra em cada corda do cavaquinho ou do violino, as músicas natalinas, por exemplo, deveriam ser mais ouvidas porque dizem muito e tocam o coração, significam na verdade o renascimento de cada um, a renovação da vida.

Natal nordestino
Eliezer Setton

Eu pensei que todo mundo
Sem primeiro nem segundo
Fosse filho de Papai-do-Céu

Eu pensei de brincadeira
Numa vida de primeira
Onde eu tenha o que eu queira
De verdade em vez de no papel

Eu pensei e ainda penso
Que o amor e o bom senso
Vão reinar pra gente ser feliz

Eu pensei bem do meu jeito
Que eu também tenho direito
Ao Natal do meu país

Refrão:
Meu pinheiro é meu mandacaru
Com enfeites de algodão
Alpercata no terreiro
Os Reis Magos três vaqueiros
Aboiando no Sertão

Meu pinheiro é meu mandacaru
Cada um é nosso irmão
E o Natal, se verdadeiro,
Há de ter o ano inteiro
Paz na Terra aos bons de coração

E o Natal, se verdadeiro
Há de ter o ano inteiro
Paz na Terra aos bons de coração

Você ouve “Natal Nordestino”, com Eliezer Seton que trás o natal brasileiríssimo sem neve nem papai noel, é natal brasileiro no seu Café Brasil, onde meu pinheiro é meu mandacaru.

Eu também tenho direito ao natal do meu país. Vá até a discoteca e esconda o velho disco Jingle Bells e outras bobagens made in lá fora. Quando eu era pequeno e as árvores de natal eram grandes, adorava ouvir música de natal brasileira e é sobre a música de natal brasileira que este texto de Paulo Pelicano vai tratar:

“Tenho uma lembrança remota deliciosa de estar na minha cidade natal. Português é um idioma incrível, não acha? E minha mãe ter me levado para assistir um programa na rádio local, de pé, frente ao microfone, uma garotinha meiga, cabelo encaracolado e plena de fitas, cantava acompanhada por um piano, ‘natal, natal das crianças, natal da noite de luz, natal da estrela guia, natal do menino Jesus’.

Naquele tempo, natal era o momento de respeito, minha avó e suas filhas iam à missa do galo e todo mundo ficava constrito, respeitoso, não havia ceia de natal, nem os fogos de artifício de hoje, faziam uma oração na cozinha da grande casa, da rua de terra batida e lá fora a noite cobria com seu manto cheio de estrelinhas a noite de natal mantendo o mistério da vida intacto, sabendo que tudo é raro e rápido, delicado como um cristal, os presentes eram entregues pela manhã do dia 25, deixados sob a árvore de natal, um presente para cada criança, não o absurdo de alguém ganhar 30 presentes, como aconteceu com meu sobrinho neto natais passados, metade deles estava quebrado no dia seguinte, sem nenhuma dor pela perda, o comércio que me perdoe, eu sei que mantém, zilhões de pessoas ganhando algum dinheiro, mas transformar o natal em comércio é imperdoável.”

Natal das crianças
Blecaute

Natal, Natal das crianças
Natal da noite de luz
Natal da estrela-guia
Natal do Menino Jesus (x2)

Blim, blão, blim, blão,
blim, blão…
Bate o sino da matriz
Papai, mamãe rezando
Para o mundo ser feliz
Blim, blão, blim, blão,
blim, blão…
O Papai Noel chegou
Também trazendo presente
Para a vovó e o vovô.

Você ouve “Natal das Crianças”, com a interpretação de Simone. Natal das Crianças é de Blecaute, cujo nome era Otávio Henrique de Oliveira

Cantor, compositor, órfão de pai e mãe, foi trazido para São Paulo aos seis anos de idade e aqui trabalhou como engraxate e entregador de jornais. Em 1933 apresentou-se no programa de calouros “A Peneira de Ouro”, da Rádio Tupi, chegou a ser uma figura muito popular no carnaval entre os anos 1960 e 1980, incorporando a figura General da Banda, sobre ele, Blecaute, encontrei um texto de Ricardo Cravo Albim no dicionário Cravo Albim da Música Popular Brasileira que diz assim:

“Mesmo em inglês, a expressão blackout sintetiza hoje um dos mais abomináveis preconceitos raciais travestido de piedosa concessão, blackout significa preto por fora, mas branco em alma, é claro, por dentro, quando o cantor paulista Otávio Henrique adotou o nome artístico de Blecaute já abrasileirando o termo, o nome não parecia ter essa carga tão virulenta de achincalhe, fosse assim, o preto retinto Otávio Henrique teria recusado o pseudônimo sugerido pelo célebre capital Furtado em seu ouvidíssimo programa radiofônico da Difusora Paulistana, pelo sim ou pelo não, Blecaute acautelou-se contra achincalhes futuros e logo se promoveria a General, da banda e do carnaval, a partir do sucesso triunfal que foi o samba General da Banda, de Sátiro de Melo e Tancredo Silva no carnaval de 1949.”

Viu só hein? Antigamente músicas de natal e de carnaval eram compostas por grandes nomes da música popular brasileira, hoje a última coisa que me lembro antes do pocotó é o Silvio Santos com a “Pipa do Vovô não Sobe Mais”

Em clima de natal, você ouve “Acalanto”, de Tais e Silva e Robson Dias, ao som de Sim ao Som, imagine que você tem 10 anos de idade e deixe-se emocionar.

É. O bom de envelhecer é que tudo se torna suave e assume inevitável sabor de lembrança, prefiro lembrar hoje de mim com meus irmãos pequenos, mamãe e papai eternamente jovens, assim como todos os tios, tias, primos e primas e lembrar do sabor do frango assado, da macarronada da nona e da deliciosa sangria. A bênção mãe, a bênção pai, vó, tia, eu cresci e as árvores ficaram pequenas, computadorizadas, globalizadas, mas eu continuo na luta, sou um homem de meia idade, estou vivendo o melhor tempo da minha vida e nunca fui tão feliz, mas como sou insuportável, preciso fazer uma constatação, o natal está tão mercantilizado que algumas das melodias que fazem parte de nossas vidas foram feitas não para nossos corações, mas para os nossos bolsos.

A musiquinha é uma delícia, mas quando a gente lembra que por trás dela tem um banco, dá vontade de chorar.

Não há como esquecer as noites de natal de nossas infâncias, nem as noites de natal da infância de nossos filhos, cabe a nós não deixar que esse espírito mercantilista acabe de vez com a mágica daquela celebração das famílias, que se reúnem para dizer que todos se querem bem, que mais um ano se foi, curtindo os sorrisos das crianças e as comidas de festa. Eu também tive as músicas de natal muito presentes em minha infância, e uma sacanagem, jingle bell, jingle bell, acabou o papel, não faz mal, não faz mal, limpa com jornal e aí vai. Aproveito as lembranças para buscar outro clássico da música popular brasileira de natal: “O Velhinho”.

O velhinho
Otávio Babo

Deixei meu sapatinho
Na janela do quintal
Papai Noel deixou
Meu presente de Natal

Como é que Papai Noel
Não se esquece de ninguém
Seja rico ou seja pobre
o velhinho sempre vem!!

Você está ouvindo “O Velhinho”, na interpretação de Simone. Essa música é de Otávio Babo, compositor, poeta, advogado conceituado que atuou entre os anos de 1950 e 70, em defesa dos direitos do consumidor, antecipando um assunto predominante nos últimos anos, primo do compositor Lamartine Babo, sua atuação na música popular brasileira ficou marcada pela canção de natal “O Velhinho” defendida em concurso natalino pelo cantor João Dias e classificada em terceiro lugar, é, mais os nossos corações pelo menos no natal, o lugar dessa música será sempre primeiro.

Ah natal, natal, e chega o momento de uma das mais famosas lindas e emocionantes músicas de natal, pelo menos para mim, vou falar dessa música usando trechos de um excelente texto de Fernando Toledo, publicado no site da revista Música Brasileira.

Anoiteceu, o sino gemeu e a gente ficou feliz a cantar, fim de ano é data perfeita para se lembrar do genial e atormentado Assis Valente, um dos maiores nomes da música popular brasileira em todos os tempos. Assis Valente foi uma criança muito triste, nos tempos em que a infância era um período marcante, nem mesmo o registro confiável de quando e onde ele nasceu a gente possui, hora dizia ter nascido em Campo de Pólvora, hora em Pateóba, ambas na Bahia, hora em 1908, hora em 1911, para que você tenha uma ideia do que foram seus primeiros anos, basta dizer que ele foi sequestrado menino ainda e que a família que o tomou para sí o obrigava a trabalhar numa farmácia em regime que poderia qualificar-se como escravo, extremamente decidido e talentoso, conseguiu fazer um curso no Liceu de Artes e Ofícios e passar a viver de algumas ilustrações que produzia, mais adiante, iniciou-se como protético, profissão que exerceria até o fim de sua vida atribulada e firmou-se como um dos grandes compositores da história da música popular brasileira, veja o olhar crítico do adulto voltado ao passado.

Boas festas
Assis Valente

Anoiteceu
O sino gemeu
A gente ficou
Feliz a rezar
Papai Noel
Vê se você tem
A felicidade
Pra você me dar

Eu pensei que todo mundo
Fosse filho de Papai Noel
Bem assim, felicidade
Eu pensei que fosse uma
brincadeira de papel
Já faz tempo que pedi
Mas o meu Papai Noel
não vem

Com certeza já morreu
Ou, então, felicidade
É brinquedo que não tem

Você está ouvindo “Boas Festas”, com “Os Novos Baianos”, composição de Assis Valente com versos inesquecíveis. Eu pensei que todo mundo fosse filho de papai noel, vem assim felicidade, eu pensei que fosse uma brincadeira de papel.

Essa explicação do adulto já prepara para o desfecho, uma tentativa de explicação da decepção da criança, esses últimos versos constituem uma peça literária como poucas, pois conseguem traduzir um sentimento profundo, experimentado na infância por meio de associações bem características desse mundinho. Já faz tempo que eu pedi, mas o meu papai noel não vem, com certeza já morreu, ou então felicidade é brinquedo que não tem.

Poucas vezes na literatura mundial este universo foi traduzido tão bem, com imagens que só a ele poderiam pertencer, sem deixar de trazer em si uma carga poética avassaladora, explicar para si mesmo que não recebeu felicidade por ela ser um pedido insólito, estaria fora de propósito, resultaria em um pragmatismo que não condiria com a mente de uma criança, agora, atribuir o motivo a fato daquele brinquedo não existir, ou não constar do estoque de papai noel é perfeitamente cabível e coerente com o personagem em questão.

Assis Valente. É curioso que um homem capaz de traduzir ao próximo e a si com tanta clareza, tivesse tanta dificuldade em se relacionar com o mundo. Por pelo menos três vezes, Assis tentou se matar, na primeira vez, em 1941, pulou do Corcovado e foi encontrado 70 metros abaixo, amparado pelos galhos de uma árvore. Na outra, tentou cortar os pulsos com uma lâmina de barbear, mas finalmente no dia 10 de março de 1958, cercado por todos os lados de dívidas, José de Assis Valente, o mulato que fora arrancado de seu lar para funcionar como escravo em um país que se orgulhava de não tê-los, o protético que abandonava o consultório durante dias para ir compor seus sambas em paz, o tradutor maior dos que vivem á margem das convenções, saiu de casa, telefonou para alguns amigos a fim de informa-los de seus desígnios, sentou-se em um banco na praia do Russel, bebeu formicida com guaraná e morreu. Faltavam alguns minutos para as 6 da tarde, hora cheia, cujo badalar não chegaria a ouvir, realmente, felicidade é um brinquedo que não tem.

Noite feliz
Mohr
Grübber

Noite feliz! Noite feliz!
Oh, Senhor, Deus do amor
Pobrezinho nasceu em Belém
Eis na Lapa Jesus nosso bem
Dorme em paz, oh, Jesus
Dorme em paz, oh, Jesus

Noite feliz! Noite feliz!
Oh, Jesus, Deus da luz
Quão afável é Teu coração
Que quiseste nascer nosso irmão
E a nós todos salvar
E a nós todos salvar

Noite feliz! Noite feliz!
Eis que no ar vem cantar
Aos pastores os Anjos do Céu
Anunciando a chegada de Deus
De Jesus Salvador
De Jesus Salvador

Pois é, agora é “Noite Feliz”, que não pode faltar, essa música foi composta há mais de 200 anos atrás por Mohr e Grübber, em Obendorf, na Áustria, chamava-se Stili Natch, ou seja lá como se pronuncia isso em austríaco, aqui você ouve a versão brasileira cantada magistralmente pelo Sim ao Som. Eu não sei você, mas eu me sinto com 10 anos, estou lá em Bauru vendo o meu vô Duarte me entregando aquele presente.

O Natal está aí, espero que o seu seja feliz, gordo, macio, cheiroso, quente e nutritivo, pois o meu presente para você segue agora, numa poesia de Fernando Pessoa, chamada Natal, que diz assim:

O sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minha alma.

E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.

Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho.
Soas-me na alma distante.

A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.

E ao som inesquecível de Noite Feliz, eu vou terminando o Café Brasil de natal.

Hoje estiveram conosco Blecaute, Assis Valente, Otávio Babo, Simone Novos Baianos, Sérgio Sá, ho ho ho. Gostou? Não gostou? Então visite www.lucianopires.com.br ou mande sua mensagem para operadora 11 4195-6343, de novo, operadora 11 4195-6343.

Troque seu pinheiro por um mandacaru no natal do Brasil. Com os votos de feliz natal do seu Café Brasil.