Vamos então a mais um programa que fala do empreendedor brasileiro. Mas que poderia ser mexicano, colombiano, uruguaio, espanhol ou norte americano. O problema é que aqui no Brasil, tudo parece mais difícil. Especialmente quando a gente decide ser o dono da firma. Além de se ferrar de verde e amarelo, ainda é ofendido e perseguido. Que dureza, cara… como é duro trabalhar….
Muitos anos atrás, acho que uns 20, fui convidado para participar de um programa matinal de televisão. Um daqueles programas femininos, onde eu falaria sobre liderança. Chegando lá eu soube que dividiria o espaço com uma pessoa que eu não conhecia, que me foi apresentado como um palestrante. O programa rodou normalmente, respondi às perguntas sobre o mundo dos negócios. Quando chegou a vez do meu parceiro de entrevistas, o sujeito se modificou. Foi como se uma entidade tivesse baixado nele. Mudou o tom de voz, começou a discursar um texto evidentemente decorado, com o tom da voz acima do normal e uma postura de agressividade que chamava atenção.
De repente, ele se põe em pé e vai realizar a dinâmica da madeira. Aquela em que pega uma placa de madeira para alguém quebrar com a mão. Você já deve ter visto… Ele fez isso com um dos ajudantes da apresentadora.
Quando o rapaz quebrou a placa, o sujeito começou a gritar:
“Viu só? Você pode! Você tem a força! Você pode conseguir o que quiser…”
Meu, que vergonha, cara… Será que é só querer pra fazer?
Bom dia, boa tarde, boa noite. Você está no Café Brasil e eu sou o Luciano Pires.
Posso entrar?