Zé Dantas
Luciano Pires -Em 1938 Zé já compunha suas primeiras músicas e escrevia crônicas sobre folclore para uma revista pernambucana. Em 1949 conheceu Gonzagão e a partir do ano seguinte iniciaram uma profícua série de sucessos imortais assinados a quatro mãos, como “Vem Morena”, “A Dança da Moda”, “Riacho do Navio”, “Vozes da Seca”, “A Volta da Asa Branca”, “Imbalança”, “ABC do Sertão”, “Algodão”, “Cintura Fina” e “Forró de Mané Vito”.
O grupo vocal Quatro Ases e Um Coringa também obteve grande sucesso com “Derramaro o Gai”, depois também imortalizada pelo Rei do Baião.
Em 1951, compuseram mais um clássico, o baião “Sabiá”, e no ano seguinte foram às paradas com a marcha junina “São João na Roça” e com a triste “Acauã” (esta assinada apenas por Zé). Atuou ainda ao lado de Paulo Roberto no programa No Mundo do Baião, na Rádio Nacional (RJ) em 1953, ano em que estouraram o “Xote das Meninas” e “Farinhada” (esta também apenas de Zé), na voz de Ivon Curi.
Outro ícone do baião, Jackson do Pandeiro, também fez sucesso com uma canção de Zé Dantas, “Forró em Caruaru”. Quando foi diretor folclórico da Rádio Mayrink Veiga, do Rio, o compositor chegou a regravar suas canções mais emblemáticas em disco.
Mesmo depois de sua morte, todas as músicas da dupla continuaram a ser relidas pelos maiores nomes da MPB até os dias de hoje como Gal Costa, Gilberto Gil, Elba Ramalho, Alceu Valença, Fagner, Marisa Monte e muitos grupos de Oxente Music e até da geração da música eletrônica.
Zé Dantas e Luiz Gonzaga