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Luciano Pires -

Amigo, amiga, não importa quem seja, bom dia, boa tarde, boa noite. Este é o Café Brasil e eu sou o Luciano Pires. Hoje termino a trilogia sobre meritocracia, mas a porta fica aberta viu, para retornar a esse tema. Farei isso se for estimulado pelos ouvintes, se surgirem ideias novas e provocativas.

Posso entrar?

O podcast Café Brasil chega até você com o apoio do Itaú Cultural e do Auditório Ibirapuera que, como sempre, estão aí olha, a um clique de distância. facebook.com/itaucultural e facebook.com/auditorioibirapuera.

Hoje vou fazer uma inversão aqui, pois pretendo usar o comentário de ouvintes como conteúdo no corpo do programa. Então, Lalá, manda os patrocinadores ai vai. Sem eles, não teria o Café Brasil.

Muito bem. Além do livro, os ouvintes com comentários neste programa receberão um KIT DKT, recheado de produtos PRUDENCE, como géis lubrificantes e preservativos masculino e feminino. PRUDENCE é a marca dos produtos que a DKT distribui como parte de sua missão para conter as doenças sexualmente transmissíveis e contribuir para o controle da natalidade. O que a DKT faz é marketing social e você contribui quando usa produtos Prudence. Acesse: facebook.com/dktbrasil

Vamos lá então! Atenção ô dois: hoje eu quero com alegria, tá?

Na hora do amor, use:

Lalá e Ciça – Prudence.

E quem também está ajudando a gente a trazer pra você este cafezinho é a Nakata, que é a marca de uma das mais completas linhas de componentes de suspensão do mercado brasileiro. Inclusive dos amortecedores HG Nakata. Acesse facebook.com/componentesnakata, tem um monte de informações legais por lá.

Tudo azul, tudo Nakata.

Bem, vamos aos comentários? O primeiro é do Bruno, de Santo Antônio da Platina, Paraná. Vamos a ele:

“Salve Luciano. Meu nome é Bruno, sou de Santo Antonio da Platina, nesse finzinho de mundo aqui no norte do Paraná e eu queria comentar sobre o episódio sobre meritocracia. E dizer que, é clichê mas, é uma porrada sempre né, muito bem feito, primeiro sobre a parte técnica, a trilha sonora, foi uma escolha muito boa, as pausas dramáticas né, ficou fantástico, a parte de edição ficou fantástica, principalmente queria acrescentar uma coisa que eu achei meio divertida, quando você vai falando sobre o mimimi e aquele…. a entonação de voz e aquela coisa toda, eu me senti no Bohemian rapsody, numa briga entre o Galileu e o Belzebu numa espécie de razão e emoção e tudo isso que a gente  tá acostumado né. Eu queria falar também sobre a dificuldade de que às vezes, fazer as pessoas entenderem isso e você mesmo se acostumar com isso, porque cada um valoriza a sua preferência o seu próprio trabalho de um jeito e às vezes não é o modo como é valorizado pelos outros, é um conflito sempre entre você e o resto do mundo, fica muito difícil às vezes de por valor na sua própria felicidade e na dos outros. Então, a meritocracia, eu acho que ela vai muito além do valor que você gera para a sociedade, mas é também o valor que você gera para você mesmo e às vezes você faz uma coisa que para os outros não tem valor nenhum, mas ela é só pra você. Então, a meritocracia não é para os outros, mas eu acho que ela é mais pra você mesmo. E tudo que você faz para os outros acaba sendo pra você. E se você faz uma coisa que não te agrada, ela pode ter muito valor, mas ela não vai ter valor nenhum pra você. Então, a meritocracia é também o valor das coisas. Obrigado. Eu aguardo ansiosamente o próximo programa. Valeu, Luciano.”

Que legal Bruno. Sabe que teve gente reclamando do Game Of Thrones, hein? Gente dizendo que dei spoiler da série, que contei o que acontecia… e um outro com ironia, dizendo que a discussão do podcast é tão inclusiva que usou como ilustração o Game Of Thrones, série de canal a cabo que só quem tem dinheiro pode assistir… é mole?

Seu comentário tem coisas muito legais: a discussão sobre o valor para os outros e o valor pra você. No fundo o que fica mesmo é a questão fundamental: quem é o juiz, hein? Quem determina o que vale e o que não vale? Quem dá o seu mérito? Não é o processo, é alguém… E se você não sabe o que esse alguém valoriza, já dançou…

Bom. Em seguida vem o Eduardo de Sorocaba, que comentou o LíderCast. Pô, mas o que é que isso tem a ver com meritocracia? Tem tudo… Ouça:

“Olá Luciano, tudo bem? Meu nome é Eduardo, sou arquiteto, moro em Sorocaba, tenho 34 anos e já sou um ouvinte seu, do Café Brasil. Nunca fiz meu depoimento, apesar de já ensaiar vários. enfim, tem alguns programas seus aí que eu guardo com carinho, que são programas que fizeram muita diferença na minha vida. E agora, eu fui surpeendido com o LiderCast. Eu moro em Sorocaba mas trabalho em outra cidade e durante a viagem agora eu fiz o download de todos os programas e vou escutando no meu carro. E cara, duca, não tem o que falar. É.. programa um melhor que o outro, pessoas ímpares e estão fazendo muito bem pra mim. To passando um momento bem difícil também, de carreira, o que que eu quero da vida, se é que é isso mesmo, será que eu escolhi a profissão certa, será que eu continuo nessa trajetória que eu estou, será que não? E especial assi, acho que é o progrma número cinco, com a Daniela, que ela é coach, muita coisa do que vocês falaram, foi muito útil mesmo. Essa questão de não querer ser muito imediatista, mas sim planejar o futuro, metas, enfim, uma série de coisas. Essa questão da escolha também. Eu escolho o que eu quero pra mim… se determinada escolha vai contribuir pra eu atingir a minha meta ou não. Se não for contribuirm cara, tira… não aceitar. Essa mania de querer fazer tudo, não sei falar não. Não sei falar não pra um colega, não sei falar não pra um cliente, não sei falar não até pra esposa e muitas vezes acabo deixando de fazer as coisas que vão me fazer bem, vão contribuir pro meu futuro, pra minha carreira, me fazer bem, me fazer feliz. Bom, enfim, tenho muita coisa pra aprender ainda e com certeza aí, o seu podcast está me ajudando em muita coisa. Cara!. Muito obrigado, eu acho que, antes de mais nada, é legal dar esse feedback positivo pra você e dizer o seguinte: muitas vezes, nós ouvintes, não te damos esse feedback. Nós não escrevemos, não falamos, enfim. Mas, saiba você que você tá no caminho certo cara. Não desiste, continua, por mais difícil que seja, às vezes, como você já relatou em outros podcasts, você acaba não tendo tanta rentabilidade, imagino eu, enfim… mas cara, pode ter certeza que você vai mudar a vida de muitas pessoas. E eu acho que… eu vejo isso pra mim também, que é algo que eu quero fazer que é conseguir contribuir e mudar a vida das pessoas. Eu acho que falta isso um pouco na minha vida. Mas enfim, continua aí que você está no caminho certo. Boa noite, boa tarde, bom dia e é sempre bom ter você aí como meu passageiro no meu carro. Seja sempre bem vindo.”

Pô Eduardo, obrigado pelas palavras de motivação. Você fala em planejar o futuro, em metas, em correr riscos nas escolhas, em selecionar aquilo que gera valor pra você… Você traz a questão da priorização à discussão, seus questionamentos tem a ver com tomar as rédeas de sua vida em suas mãos. O risco é grande viu, mas pode dar certo. Quer ver? Ouça o Rafael Raoni de Brasília.

“Olá Luciano. Meu nome é Rafael Raoni, tenho 27 anos e moro em Brasília. Primeiramente gostaria de parabenizá-lo pelo ótimo trabalho e agradecer por me despocotizar. Conheci o Café Brasil no comecinho do ano passado, um colega de faculdade me apresentou, né. No comecinho achei meio estranho mas, bastou ouvir alguns episódios pra me apaixonar e agora aguardo ansioso o lançamento de cada episódio. Bom. eu escutei a pouco tempo o episódio 60, né e gostaria de contar um pouco a minha experiência sobre agregar valor. Comecei a trabalhar há algum tempo atrás na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, os Correios. Essa vaga eu consegui por concurso público. Simultâneamente eu consegui uma bolsa de estudos no curso de ciências contábeis. Trabalhava na área operacional e planejava por meio da meritocracia alcançar um cargo na área que é minha paixão desde moleque que é a área contábil. Com o passar do tempo eu observei que mesmo agregando valor à minha unidade, a possibilidade de subir na carreira era absulutamente nula dentro da empresa. E aquilo passou a me agoniar, a me incomodar. Foi então que eu acredito, que por méritos meus, um dos meus professores de faculdade me convidou para um processo seletivo de estagiário na empresa onde ele trabalhava, né. Eu realizei o processo, em dezembro do ano passado e passei. Agora imagina. Sair da estabilidade do concurso público, com mulher e filho pequeno, pra virar estagiário…. Bom. Eu resido numa cidade onde a meta de 80% das pessoas é passar em concurso público. Sou filho de funcionário público, ou seja, eu fui bombardeado de todos os lados mas, mesmo assim, tomei a decisão de sair dos correios. Hoje, em torno de seis meses depois, eu posso afirmar: foi uma das melhores decisões da minha vida. Eu tenho o que você chama de tesão de ir trabalhar. Eu adoro o que faço, eu amo. E, como consequência, agrego valor ao meu trabalho, ao ambiente e fui efetivado, passei a ganhar praticamente o dobro do que eu ganhava no serviço público. Eu não abro mão do prazer de fazer o que amo por a estabilidade do concurso. Eu melhorei até o meu relacionamento em casa. Ou seja, resumindo: sou b em mais feliz, né? A decisão de chutar o pau da barraca e procurar trabalhar no que eu realmente gosto foi minha. Mas, com certeza, o Café Brasil tem uma considerável participação nisso. Ao fim de cada poscast eu me sinto provocado a melhorar. Me sinto na obrigação de fazer algo para o meu bem e para o bem comum. Novamente eu gostaria de agradecer por me despocotizar e melhorar o meu lado crítico. Parabéns, Luciano. Um abraço.”

Pô, Rafael, quem agradece somos nós. Obrigado por contar sua história. Dois comentários: você fala de suas meritocracias, a da primeira empresa, que não mostrava muita perspectiva e a da segunda, daquele professor que te convidou. Tá vendo como é? Meritocracia é só um processo, quem faz com que ele seja bom ou mau são as pessoas! O outro ponto importante de seu comentário: você assumiu um risco. Um grande risco. E deu certo. Outros farão igual e talvez não dêem tão certo. E isso nada terá a ver com a meritocracia em si, mas com a sua disposição para se preparar, buscar as oportunidades e assumir as responsabilidades. Parabéns, meu caro, espero que essa nova carreira seja muito bem sucedida.

Obrigado pelos comentários Eduardo, Bruno e Rafael. Mandem para nós seus endereços, por favor. Seus comentários abordam, sob aspectos diferentes, a reflexão sobre o valor para a sociedade e o valor para vocês… quando o juiz da sua meritocracia é você… Fascinante… cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é…

Dom de Iludir
Caetano Veloso

Não me venha falar na malícia
De toda mulher
Cada um sabe a dor e a delícia
De ser o que é

Não me olhe
Como se a polícia andasse atrás de mim
Cale a boca e não cale na boca
Notícia ruim

Você sabe explicar
Você sabe entender tudo bem
Você está, você é
Você faz, você quer, você tem

Você diz a verdade
A verdade é o seu dom de iludir
Como pode querer
Que a mulher vá viver sem mentir

Você ouve DOM DE ILUDIR, o clássico de Caetano Veloso. Primeiro foi o violão de Luciano Magno, agora com o próprio Caetano…

Muito bem. Vamos falar de um milionário, daqueles que não herdou, mas construiu sua fortuna? Que tal Erick Schmidt, o CEO do Google, hein? Perguntado sobre a razão seu sucesso, Erick disse: “Muitas pessoas que são espertas, trabalham duro e jogam conforme as regras, não tem uma fração da riqueza que eu tenho. Eu descobri que não tenho minha riqueza porque sou um sujeito brilhante.” Ou então Warren Buffet, o segundo homem mais rico do mundo? Ele disse: “Penso que a sociedade é responsável por uma porcentagem significativa de tudo que consegui ganhar.”

Erick e Warren dizem que sua prosperidade veio de em grande parte de coisas que estavam além de seu controle… E pelo suporte que eles tiveram de outras pessoas! Ambos não se dizem resultado da meritocracia! O que nos leva então aquilo que pode ser o verdadeiro problema da meritocracia: o critério para o mérito. Tangenciei essa questão desde o primeiro programa desta série.

Quem define o critério que define o mérito, hein? Essa definição leva em conta que o valor e talento das pessoas depende das circunstâncias? Considera que o valor de uma pessoa não pode ser reduzido a uma letra ou um número numa escala de mérito? Que papel a sorte tem nesse processo?

E a gente entende a questão quando sabe que quem define critérios são pessoas. Seres humanos. É aí, e não naquela discussão ideológica sobre capitalismo, que devemos discutir a questão da justiça e injustiça da meritocracia.

A pergunta fundamental é uma só: quem é o juiz?

Da forma como a meritocracia é implementada nas empresas, ela se baseia numa cultura de 10 mil anos, que estabelece rígidas hierarquias e a competição para decidir quem é o macho alfa. Competição. Individualismo. E o fato das mulheres serem mais abertas para a cooperação e colaboração é parte da explicação da existência de poucas mulheres em posição de comando.

O que fazer então? Bem, você como líder deve entender que a verdadeira meritocracia, deve considerar os múltiplos talentos de cada um. Que na velocidade em que as coisas mudam hoje em dia, nossas avaliações também precisam mudar. Que meritocracia não é coisa de capitalismo. Que quem mantém a meritocracia é você e que ela não é boa, nem má, ela apenas é.

Bote uma coisa na cabeça: o mundo não é justo, nunca foi e jamais será. Mas isso não quer dizer que devemos nos conformar com isso! O que temos que fazer então, hein? Temos é aprender a conviver com essa realidade, enquanto agimos para reduzir as injustiças. Ouviu bem aí, hein? Enquanto agimos para reduzir as injustiças.

E tudo começa compreendendo algumas coisas que tem sido – por ignorância ou intenção – embaralhadas.

Primeiro: a riqueza não é algo absoluto que existe na natureza e que para que um tenha, tem que tirar de outro. Não é empobrecendo quem tem que vamos resolver o problema, mas sim fazendo com que todos gerem mais valor. E principalmente, reconhecendo o mérito e incentivando aqueles que produzem valor.

Segundo: cabe a você dar o mérito a quem e aquilo que você acha que tem valor financeiro, moral, intelectual, espiritual ou qualquer outro tipo.

O valor quem dá é você.

Terceiro: o estado não cria riquezas. Não gera nada. Não produz nada. Seu papel deve ser o de árbitro, de facilitar a vida das pessoas que querem produzir, coisa que ele há muito deixou de fazer. Seu outro papel é criar condições de segurança para que as pessoas tenham tranquilidade para desenvolver suas missões. E também de estimular para que as pessoas se ajudem.

Esse é o estado que tem mérito.

Quarto: desculpe se você vai se ofender, mas nunca existiu e nem nunca existirá igualdade de oportunidades. A menos que a engenharia genética chegue a um ponto em que todos nasçam iguais…  Além disso, nada está determinado. Não existe nenhum futuro já pré traçado para você que nasceu pobre continuar pobre ou que nasceu rico, continuar rico. Você será o resultado das escolhas que fizer, são elas que vão determinar a sua capacidade de criar valor. Alguns terão mais sorte que outros, mas sorte é acaso… que você pode influenciar a seu favor.

Sorte? De novo? É.

Mas isso é tema para outro podcast.

A Caneta e a Enxada
Zico e Zeca

“Certa vez uma caneta foi passear lá no sertão
Encontrou-se com uma enxada, fazendo uma plantação.
A enxada muito humilde, foi lhe fazer saudação,
Mas a caneta soberba não quis pegar na sua mão.
E ainda por desaforo lhe passou uma repreensão.”

Disse a caneta pra enxada não vem perto de mim, não
Você está suja de terra, de terra suja do chão
Sabe com quem está falando, veja sua posição
E não se esqueça a distância da nossa separação.

Eu sou a caneta dourada que escreve nos tabelião
Eu escrevo pros governos a lei da constituição
Escrevi em papel de linho, pros ricaços e pros barão
Só ando na mão dos mestres, dos homens de posição.

A enxada respondeu: de fato eu vivo no chão,
Pra poder dar o que comer e vestir o seu patrão
Eu vim no mundo primeiro, quase no tempo de Adão
Se não fosse o meu sustento ninguém tinha instrução.

Vai-te caneta orgulhosa, vergonha da geração
A tua alta nobreza não passa de pretensão
Você diz que escreve tudo, tem uma coisa que não
É a palavra bonita que se chama educação!

Olha, este programa está aqui para provocar reflexões. Não estou dando a última palavra, não sou o dono da verdade, não tenho certeza de nada e acho que tem gente que vai achar até que fiz uma baita salada. Mas é assim que discussão se inicia. Se você morder  a isca, talvez se interesse em mergulhar mais no assunto, até para se certificar de que eu estou totalmente errado.

Comente. Provoque. Discuta. Mas faça isso na área de comentários deste podcast. É ali que o programa continua.

Então vamos, lá, caminhando para o final ao som de A ENXADA E A CANETA, com Zico e Zeca, que trata exatamente da percepção de valor.

Com o inestimável Lalá Moreira na técnica, a sempre indignada Ciça Camargo na produção e eu, que estudo todo o tempo para tentar ser um bom juiz, Luciano Pires na direção e apresentação.

Estiveram conosco os ouvintes Rafael, Bruno e Eduardo, Luciano Magno, Caetano Veloso, o ponteado de viola de Rodrigo Delage e… Zico e Zeca, uai.

Sabe quem é que consegue incluir valor na vida das pessoas, hein? É a Pellegrino, que além de ser uma das maiores distribuidoras de auto e motopeças do Brasil, também distribui conhecimento sobre gestão, comunicação e outras coisas legais em sua página no facebook.com/pellegrinodistribuidora. Conheça. E se delicie.

Pellegrino distribuidora. Conte com a nossa gente.

Este é o Café Brasil, que chega a você com o apoio do Itaú Cultural e do Auditório Ibirapuera. De onde veio este programa tem muito mais. Visite para ler artigos, para acessar o conteúdo deste podcast, para visitar nossa lojinha no … portalcafebrasil.com.br.

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Pra terminar, uma frase de Friedrich Nitzsche:

Nenhum vencedor acredita em sorte.