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Luciano Pires -

A Sika, líder mundial em impermeabilização, vai estender a parceria que fez com o Café Brasil, pra você! E funciona assim, ó: você acessa sikabrasil.com.br/cafebrasil e deixa uma sugestão para que eu faça um cartum. Pode ser sobre qualquer tema. Se a sua sugestão for a escolhida você ganha um fone sem fio exclusivo da Sika para ouvir podcasts e vai receber também, pelo correio, sabe o que? O cartum original feito com a sua ideia e coma minha assinatura lá. A SIKA, eu e você em parceria!

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Olha! Mas só vale se você estiver seguindo a SIKA no Instagram, em @sika_brasil! Lembre-se SIKA você escreve S.I.K.A.

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S.I.K.A. @sika_brasil

Cara, você é capaz de pagar pelo ingresso de um show a metade do salário mensal de um professor ou policial militar, hein? Ou 9 mil reais por um iPhone? Por que tem tanta gente ganhando tanto quando tantos outros ganham tão pouco, hein? O que é que faz alguém ou algo valer mais ou menos?

É essa a praia hoje.

Bom dia, boa tarde, boa noite. Você está no Café Brasil e eu sou o Luciano Pires.

Posso entrar?

Tim tim por tim tim
João Gilberto

Você tem que dar, tem que dar
O que prometeu, meu bem
Mande o meu anel que de volta eu lhe mando o seu também
Mande a carta em que eu dizia: O amor não tem fim
Que eu lhe mando outra explicando tim tim por tim tim

Você tem que devolver o que era meu, bem meu
Mande o meu retrato e ponha outro em seu lugar
Morreu um rei
Salve o rei que vai chegar
Não sei sofrer, não sei chorar
Eu sei me conformar

Não sei sofrer, não sei chorar
Eu sei me conformar e vou

Ah, que delícia, cara…. Gilberto Gil com uma versão suingada de Tim tim por tim tim, de João Gilberto… vai, meu, bate o pezinho aí, vai…

Muiiiito tempo atrás, um senhor barbudo chamado Karl Marx, criou o conceito da Mais Valia, que acabou embasando sua teoria da luta de classes. Para entender a Mais Valia, vou recorrer a um exemplo bem simplório. E antes que você comece a gritar aí, já aviso: não vou aqui discutir em minúcias, se você quiser ir mais fundo, ouça os podcasts Guten Morgen ou o do Mises Brasil. Aqui é só pra levantar a bola para uma outra reflexão.

Vamos lá: digamos que você trabalha numa padaria, fazendo pão. Você trabalha aproximadamente 180 horas por mês, ganhando 10 reais por hora, o que lhe garante um salário mensal de 1.800 reais. Mas nessas 180 horas, você produz pães suficientes para gerar 2.500 reais, 700 reais a mais do que é preciso para pagar o seu salário. Esse valor fica para o dono da padaria, o capitalista. É o seu lucro. É a mais valia e, segundo Marx, o capitalismo consiste em pagar cada vez menos para quem produz cada vez mais, sempre aumentando aquela diferença de 700 reais e explorando assim a força de trabalho dos funcionários.

Essa é a exploração disfarçada do capitalismo, que Marx mostrou com sua teoria da Mais Valia. E muita, mas muita gente ainda acredita nisso.

Bem, é claro que não é simplesmente a quantidade de trabalho aplicada a um produto que determina o seu valor. Tem muito mais coisas no processo, como a matéria prima, equipamentos, energia, etc.

O dono da padaria teve de montar a padaria. Investiu em equipamentos, matéria prima, treinamento de funcionários, propaganda. Investiu no mobiliário, paga os impostos e corre todos os riscos como dono do negócio. É justo que ele seja remunerado pela escolha de não usar o lucro para seu conforto imediato, mas como investimento futuro, não é?

Se a empresa não der certo, o problema é da escolha que ele fez… o dono da padaria vai se ferrar sozinho.

Extrapolando o raciocínio para toda a sociedade, imagine que é daqueles 700 reais que saem os recursos para desenvolver novos produtos e processos, para criar novas empresas, para fazer mais e melhores pães.

Sem a padaria, o padeiro não teria emprego. Quanto vale isso, hein?

E pra piorar, a sociedade evolui e chegamos num ponto em que, por exemplo, uma mesma bermuda que custou 10 reais para ser produzida, pode ser vendida por 30, 300 ou 600 reais. Exatamente a mesma bermuda. Basta que nela seja costurada uma etiqueta com uma certa marca…

E aí, hein? Quem está sendo explorado?

O cara que fez a bermuda ou quem comprou a bermuda?

É, eu sei que essa discussão deixa os socialistas nervosos cara, e eles vêm com um malabarismo verbal tentando justificar o injustificável. Mas socialismo não combina com economia, então basta ler um pouco mais de Mises que toda essa bobagem da Mais Valia cai por terra.

Não quero perder tempo com isso, vamos a outra reflexão, que faz parte de minha palestra Quanto você vale, na qual trato de uma palavra que virou palavrão: meritocracia.

Na palestra, mostro uma foto de Brad Pitt e outra do Neymar e pergunto se é justo que um ganhe 10 milhões de dólares para fazer um filme e outro ganhe 11 milhões de Euros para jogar futebol por uma temporada. É divertido ver a reação da plateia, e a ideia ali é discutir a questão do valor que damos às coisas… e às pessoas. É claro que o produtor e o estúdio que estão bancando o filme sabem que a simples presença de Brad Pitt no elenco já atrairá uma bilheteria milionária, provavelmente na casa das centenas de milhões de dólares. 10 milhões pro ator é uma pechincha. O mesmo com o Neymar. O clube que o contrata sabe que a presença dele em campo garante milhões em vendas de ingressos, pay per view, camisetas e cotas de patrocínio. 11 milhões de Euros é uma pechincha.

Meu, os caras ganham 10, 11 milhões, mas geram 100, 200, 300, um bilhão. Olha o tamanho da Mais Valia. Que pena do Brad e do Neymar…

Mas quem é que dá esse valor para eles?

Aliás, para o que você dá valor, hein?

“Oi Luciano, Lalá, Ciça, tudo bem? É o Gustavo Novais de Niterói. 

Acabei de escutar o Cafezinho 224 sobre doação de órgão e fui diretamente pro 688 escutar, né? É demais, Luciano. Parabéns. Obrigado por trazer essa reflexão pro mundo, né? Minha filha é insuficiente renal crônica, Sophie, ela tem dois anos de idade e estou aqui em prantos, né?

E ela, quem olha pra ela, não vê esse problema dela, né? Ela está bem, ela tá falante, serelepe, falando que ama a gente, né? Então eu não tenho palavras pra agradecer você pela… por trazer essa questão aí pra todos nós. E continuar na continuidade a vida através da doação de órgão, é uma coisa que está ganhando uma força, né? Mas ainda falta muito. A gente chega lá. Mas é um passo de cada vez. Tá bom?

Que bom saber que está tudo bem com a sua esposa depois do segundo transplante. Que bom. Um grande abraço. Tchau.”

Pois então… o Gustavo já me visitou aqui no estúdio e conheço a jornada dele e esposa com a Sophie. Uma luta constante, uma vitória a cada dia e a certeza de que cada pequeno gesto, cada pequeno esforço é outra grande vitória. Força aí, meu caro, vocês vão vencer essas batalhas e se orgulhar imensamente do valor que deram à vida, à capacidade dos médicos e cuidadores e, especialmente, do amor à Sophie. É esse tipo de valor, o valor à vida, que as pessoas que doam órgãos sabem reconhecer.

Grande beijo a todos.

Muito bem. A o Gustavo receberá um KIT DKT, recheado de produtos PRUDENCE, como géis lubrificantes e preservativos masculinos. Basta enviar seu endereço para contato@lucianopires.com.br.

A DKT distribui as marcas Prudence, Sutra e Andalan, contemplando a maior linha de preservativos do mercado, além de outros produtos como anticonceptivos intrauterinos, géis lubrificantes, estimuladores, coletor menstrual descartável e lenços umedecidos. A causa da DKT é reverter grande parte de seus lucros para projetos nas regiões mais carentes do planeta para evitar a gravidez indesejada, infecções sexualmente transmissíveis e a AIDS. Ao comprar um produto Prudence, Sutra ou Andalan você está ajudando nessa missão!

facebook.com/dktbrasil.

Vamos lá então!

Luciano: Ô Lalá, na hora do amor o que é que você valoriza, hein?

Lalá: Ah, um gelzinho sempre vai bem…

Luciano: Mas tem de ser Prudence, né?

Lalá: Ôpa! Claro!

Esotérico
Gilberto Gil

Não adianta nem me abandonar
Porque mistério sempre há de pintar por aí
Pessoas até muito mais vão lhe amar
Até muito mais difíceis que eu prá você
Que eu, que dois, que dez, que dez milhões, todos iguais
Até que nem tanto esotérico assim
Se eu sou algo incompreensível, meu Deus é mais
Mistério sempre há de pintar por aí
Não adianta nem me abandonar
Nem ficar tão apaixonada, que nada
Que não sabe nadar
Que morre afogada por mim

E ao som de Esotérico, com Gilberto Gil e Caetano Veloso, que vamos a um texto do jornalista David Coimbra, publicado na Zero Hora um bom tempo atrás.

Um ingresso para assistir ao show de Gil e Caetano custou mais ou menos o que um professor do Estado receberá nesta segunda feira como parcela de pagamento do seu salário. Mesmo assim, pelo que soube, o show estava lotado. O preço, assim, se justifica. Caetano e Gil estavam certos ao cobrar o que cobraram.

Marx já ensinou que o capitalista detém os meios de produção e o proletário vende a sua capacidade de trabalho. O artista não é nem um nem outro, mas é mais parecido com o proletário, embora sua mercadoria, o talento, seja subjetiva. Se eu, Caetano e Gil apertarmos parafusos numa fábrica de carros, nosso trabalho valerá o mesmo. Ganharemos idêntico salário. Eu, Caetano e Gil apertamos parafuso, e aí está, e pronto.

Eu, Caetano e Gil também cantamos. Mas, se eu cobrar R$ 5 para que as pessoas ouçam minha maviosa voz, ninguém pagará. Justo eu, notável intérprete de Paulinho da Viola nas rodas da madrugada. Violão, até um dia, quando houver mais alegria eu procuro por você…

Já Caetano e Gil, por seu talento e sua história, valem a parcela de um salário de policial ou professor, e a prova disso é que as pessoas aceitaram pagar, e o fizeram até com gosto.

E o professor e o policial, que nesta segunda feira verão R$ 600 lhes pingando na conta bancária, quanto o trabalho deles vale para a sociedade, hein? Por que eles ganham tão pouco?

Aqui, nesse escaninho dos Estados Unidos em que vivo, professores e policiais são tratados de uma forma que indica bem o apreço que a população sente por eles. Policiais de rua, singelos vigilantes de trânsito têm e exercem uma autoridade jamais questionada. “Yes, sir!”, é como você responde a um policial que o interpela.

E o professor… Compreenda: não estou falando do enfatuado professor universitário, aquele que, no Brasil, ganha as benesses do Estado e a veneração dos estudantes. Estou falando do professor de ensino básico e fundamental. Pois esse professor, aqui, é uma estrela. O professor da escola pública recebe salário maior do que o da escola privada, e os melhores entre eles são disputados como centroavantes. A comunidade ajuda e participa.

No ano passado, a escola do meu filho anunciou a intenção de dar um aumento de 250 dólares para cada professor da primeira série. A direção apresentou o orçamento da escola e informou quanto a mais era necessário para dar o reajuste. Os pais podiam colaborar? A maioria colaborou, e o aumento foi concedido.

Um mês depois, a filial do supermercado Whole Foods divulgou que, em um determinado dia, 5% da receita seria para a educação básica da cidade. Todos foram comprar lá.

Parece que esse tipo de iniciativa não é possível no Brasil. Li, em algum lugar, que isso seria considerado “privatização da escola pública”. Curiosamente, não se cogitou o contrário: de que, com as doações, o dinheiro privado estivesse se tornando público. Seja…

O brasileiro sabe valorizar grandes artistas, como Caetano e Gil. O brasileiro sabe o valor de um meia cobrador de falta. Sabe também, o brasileiro, quanto vale o médico que lhe tira a dor ou o advogado que lhe resolve a disputa com o vizinho. Mas será que o brasileiro, que tanto clama por segurança e educação, sabe quanto valem o policial e o professor?

Olha, quem sabe muito bem trabalhar a questão do valor é a DTI Digital que ensina a gente  ser…. ágil! Cada empresa precisa descobrir o seu próprio caminho para ser ágil! Não existe um único modelo, mas existem princípios, e é isso que você aprenderá ouvindo o podcast Os agilistas, que está em todas as plataformas e você pode seguir pelo instagram no @osagilistas.

Ou então acessando a dtidigital.com.br.

Olha, meu, se mexe aí, vai! Seja ágil como um agilista!

Então… a reflexão deste programa é sobre a nossa responsabilidade em dar valor às coisas que achamos que têm valor. Eu já falei disso em programas anteriores, mas sempre cabe aqui.

Você tem visto a loucura que está o mundo por conta das tais fake news, que têm dominado as redes sociais e construído e destruído reputações em questão de segundos. Sabe por que isso acontece, hein? Porque tem gente dando valor à elas.

Escolhemos dar valor, sob forma de atenção e compartilhamento, a coisas que pouca ou nenhuma importância merecem, enquanto o que é importante fica esquecido.

Isso é construído artificialmente, quando se tratam de produtos culturais. Por exemplo, quando os meios de comunicação dão espaço apenas a um tipo de música ou a cinco ou seis cantores e cantoras eleitos como a bola da vez. E quando se tem a impressão de que um assunto domina todos os canais, seja ele uma opinião, um artista ou um fato, aparece o conceito da Ignorância Pluralística. Você até tem seu pensamento próprio a respeito de algum fato ou atitude, você dá valor a alguma coisa, mas como parece que todo mundo tem uma opinião diferente, você se convence que sua opinião é a única.

E, com medo de ser atacado, humilhado ou expulso do grupo, você cala a boca. Deixa de explicitar o valor que você dá às coisas.

Já contei em outros programas que antes das eleições de 2018 fiz uma experiência com motoristas, balconistas e frentistas. Quando eu perguntava em quem a pessoa votaria, a resposta de 8 em cada 10 era: “eu não sei, tem que ver…”. E assim que eu demonstrava que não tinha restrições ao nome do Bolsonaro, 7 dos 8 se abriam para a possibilidade de votar nele. As pessoas temiam ser a opinião minoritária, arrumar encrenca e, portanto, expressavam seu “em cima do murismo”.

Preste atenção: quando alguém aparecer com alguma ideia, veja se não está tentando apresentá-la como algo já estabelecido na sociedade. Veja se a pessoa não está fazendo com que todos pensem que todo mundo concorda com a ideia, mesmo que seja a primeira vez que você está ouvindo a tal ideia. Repare se a discussão dessa ideia acontece em grandes grupos, provoca altos debates em redes sociais, sempre envolvendo muita gente…num grupinho.

Veja se você de repente não se sentiu sozinho ou sozinha. Talvez alguém esteja tentando jogar você na Ignorância Pluralística e assim impedir que você dê valor para as coisas que realmente têm valor.

Quando você tem medo de ser apontado como o único ou única que não concorda com a maioria, você não explicitará o valor que uma ideia, um artista ou uma opinião tem. Deixará que outras coisas ocupem o espaço, mesmo que elas não tenham valor… afinal, parece que a maioria acha que têm, não é?

Por isso quando você se pegar reclamando que é injusto o Neymar ganhar num ano 11 milhões de Euros enquanto a professora primária ganha 1500 reais por mês, pergunte-se por quê? Quem determinou o valor que cada um deles têm? Foi o sistema maldoso? O capitalismo tirânico? Os ricos opressores? Ou foi você aí que escolheu dar ao Neymar importância maior do que a que dá à professora que educará seus filhos?

Mas como? Eu não tenho nada a ver com o Neymar…

Tem, cara. Você tuíta sobre ele, você compartilha notícias dele, você acessa informações sobre ele, você assiste os jogos dele, você paga pau pra ele. E se você não paga, a maioria absoluta dos seus vizinhos paga.

E não adianta reclamar pro bispo.

Você viu o exemplo que o David Coimbra deu com a escola propondo aos pais dos alunos o aumento dos salários dos professores? Isso é uma demonstração de reconhecimento do valor.

Olha, essa questão de dar valor às coisas de acordo com o valor que elas têm exige que você não entre na histeria. Que examine com cuidado que importância, que impacto, que resultado uma ideia, uma fala, uma opinião, um fato, tem em sua vida. Se não tem nenhuma, se é só fofoca, não dê valor. Ignore. Fuja!

 

I’m yours
Jason Maraz

Well, you done, done me and you bet I felt it
I tried to be chill but you’re so hot that I melted
I fell right through the cracks, now I’m trying to get back

Before the cool done run out, I’ll be giving it my bestest
And nothing’s gonna stop me but divine intervention
I reckon it’s again my turn to win some or learn some

But I won’t hesitate no more, no more
It cannot wait, I’m yours

Well, open up your mind and see like me
Open up your plans and damn, you’re free
Look into your heart and you’ll find love, love, love, love

Listen to the music of the moment people dance and sing
We’re just one big family
And it’s our God-forsaken right to be loved
Loved, loved, loved, loved

So I won’t hesitate no more, no more
It cannot wait, I’m sure
There’s no need to complicate, our time is short
This is our fate, I’m yours

D-d-do you, but you, d-d-do
But do you want to come on?
Scooch on over closer dear
And I will nibble your ear

I’ve been spending way too long checking my tongue in the mirror
And bending over backwards just to try to see it clearer
But my breath fogged up the glass
And so I drew a new face and I laughed

I guess what I’m saying is there ain’t no better reason
To rid yourself of vanities and just go with the seasons
It’s what we aim to do, our name is our virtue

But I won’t hesitate no more, no more
It cannot wait I’m yours

Open up your mind and see like me
Open up your plans and damn, you’re free
Look into your heart and you’ll find that the sky is yours

So please don’t, please don’t, please don’t
There’s no need to complicate
Cause our time is short
This is, this is, this is our fate, I’m yours!

Eu sou seu

Bem, você acabou comigo e pode apostar que senti isso
Tentei ficar frio, mas você é tão quente, que derreti
Caí nas rachaduras, agora estou tentando me recompor

Antes que o frio passe, eu darei o meu melhor
E nada, além de uma intervenção divina, vai me parar
Eu acho que é a minha vez de ganhar ou aprender algo

Mas não vou mais hesitar, não mais, não mais
Isso não pode esperar, eu sou seu

Bem, abra sua mente e veja como eu
Considere outros planos e caramba, você se libertará
Olhe para seu coração e encontrará amor, amor, amor

Escute a música do momento que as pessoas cantam e dançam
Nós somos só uma grande família
E é nosso direito divino sermos amados
Amados, amados, amados, amados

Então não vou mais hesitar, não mais, não mais
Não posso esperar, tenho certeza de que
Não há necessidade de complicar, nosso tempo é curto
Esse é o nosso destino, eu sou seu

Você, mas você, vai
Mas você quer vir?
Aproxime-se, querida
E vou dar uma mordidinha na sua orelha

Gastei muito tempo olhando minha língua no espelho
E me inclinando para trás para tentar vê-la mais claramente
A minha respiração embaçou o vidro
E então desenhei um rosto novo e ri

Acho que, o que estou dizendo, é que não há razão melhor
Para se livrar da vaidade e deixar a vida te levar
É o que almejamos fazer, o nosso nome é a nossa virtude

Mas não vou mais hesitar, não mais, não mais
Isso não pode esperar, eu sou seu

Bem, abra sua mente e veja como eu
Considere outros planos e caramba, você se libertará
Olhe para seu coração e você verá que o céu é seu

Então por favor não, por favor não, por favor não
Não precisa complicar
Porque nosso tempo é curto
Esse é, esse é, esse é nosso destino, eu sou seu!

Vamos fugir
Gilberto Gil

Vamos fugir!
Deste lugar
Baby!
Vamos fugir
Tô cansado de esperar
Que você me carregue

Vamos fugir!
Pr’outro lugar
Baby!
Vamos fugir
Pr’onde quer que você vá
Que você me carregue

Pois diga que irá
Irajá, Irajá
Pra onde eu só veja você
Você veja a mim só
Marajó, Marajó
Qualquer outro lugar comum
Outro lugar qualquer

Guaporé, Guaporé
Qualquer outro lugar ao sol
Outro lugar ao sul
Céu azul, céu azul
Onde haja só meu corpo nu
Junto ao seu corpo nu

Vamos fugir!
Pr’outro lugar
Baby!
Vamos fugir
Pr’onde haja um tobogã
Onde a gente escorregue

Vamos fugir!
Deste lugar
Baby!
Ah! Vamos fugir
Tô cansado de esperar
Que você me carregue

Pois diga que irá
Irajá, Irajá
Pra onde eu só veja você
Você veja a mim só
Marajó, Marajó
Qualquer outro lugar comum
Outro lugar qualquer

Guaporé, Guaporé
Qualquer outro lugar ao sol
Outro lugar ao sul
Céu azul, céu azul
Onde haja só meu corpo nu
Junto ao seu corpo nu

Vamos fugir (Gimme your love)
Pr’outro lugar
Baby! (Gimme your love)
Vamos fugir
Pr’onde haja um tobogã
Onde a gente escorregue
Todo dia de manhã
Flôres que a gente regue
Uma banda de maçã
Outra banda de reggae

Tô cansado de esperar
Que você me carregue
Pr’onde quer que você vá
Que você me carregue
Pr’onde haja um tobogã
Onde a gente escorregue
Todo dia de manhã
Flores que a gente regue
Uma banda de maçã
Outra banda de reggae
Tô cansado de esperar
Que você me carregue

Então! É assim, ao som primeiro de I´m Yours do Jason Maraz e depois Vamos Fugir, de Gilberto Gil com a moçada do Camarita que vem lá do Rio de Janeiro com seu reggae/rock/pop, que encerramos mais esta edição do podcast Café Brasil.

Tá entendido, hein? Não gaste seu tempo vociferando em redes sociais contra as coisas das quais você não gosta. Gaste-o elogiando, compartilhando o que presta, demonstrando claramente o valor que você vê nas coisas. Você já pensou se 100 milhões de brasileiros começarem a agir assim? Ignorando o que não importa e exaltando o que importa?

A gente muda este país.

O Café Brasil é produzido por quatro pessoas. Eu, Luciano Pires, na direção e apresentação, Lalá Moreira na técnica, Ciça Camargo na produção e, você aí, completando o ciclo.

De onde veio este programa tem muito mais, especialmente para quem assina o cafebrasilpremium.com.br, nossa “Netflix do Conhecimento”, onde você tem uma espécie de MLA – Master Life Administration. Então acesse cafedegraca.com e experimente o Premium por um mês, sem pagar.

O conteúdo do Café Brasil pode chegar ao vivo em sua empresa através de minhas palestras. Acesse lucianopires.com.br e vamos com um cafezinho ao vivo.

Para o resumo deste programa, acesse portalcafebrasil.com.br/690.

Mande um comentário de voz pelo WhatSapp no 11 96429 4746. E também estamos no Telegram, com o grupo Café Brasil.

Para terminar, uma frase de Salim Mattar, o homem que está à frente do processo de privatização do estado brasileiro:

Às vezes é mais importante para mim, como cidadão, saber pra onde o Brasil está indo, qual caminho nós estamos seguindo, do que pequenos detalhes de uma fala aqui, uma fala por aí… eu não estou preocupado com esses detalhes. Estou preocupado é com qual rumo o Brasil está indo. O que é que nós estamos fazendo em saneamento para poder reduzir seis mil mortes por ano de crianças que morrem por falta de saneamento. Isso para mim é importante. Agora, se alguém falou A ou B, se tuitou alguma coisa, para mim, me desculpe, mas para mim não é importante. Eu quero saber de resultados.