s
Artigos Café Brasil
Corrente pra trás
Corrente pra trás
O que vai a seguir é um capítulo de meu livro ...

Ver mais

O que é um “bom” número de downloads para podcasts?
O que é um “bom” número de downloads para podcasts?
A Omny Studio, plataforma global na qual publico meus ...

Ver mais

O campeão
O campeão
Morreu Zagallo. Morreu o futebol brasileiro que aprendi ...

Ver mais

O potencial dos microinfluenciadores
O potencial dos microinfluenciadores
O potencial das personalidades digitais para as marcas ...

Ver mais

Café Brasil 919 – Muito Além do Jardim
Café Brasil 919 – Muito Além do Jardim
Neste episódio, a partir de um filme delicioso, uma ...

Ver mais

Café Brasil 918 – O efeito dos Argonautas
Café Brasil 918 – O efeito dos Argonautas
Neste episódio vamos mostrar algumas reações de ...

Ver mais

Café Brasil 917 – Os Argonautas
Café Brasil 917 – Os Argonautas
Hoje partimos de uma lenda mitológica - Jasão e os ...

Ver mais

Café Brasil 916 – Um papo sobre produtividade
Café Brasil 916 – Um papo sobre produtividade
Quando em 2008 decidi empreender como criador de ...

Ver mais

LíderCast 316 – Gustavo Succi
LíderCast 316 – Gustavo Succi
No episódio de hoje temos Gustavo Succi, que é o CEO da ...

Ver mais

LíderCast 315 – Marina Helena
LíderCast 315 – Marina Helena
Hoje temos como convidada Marina Helena, pré-candidata ...

Ver mais

LíderCast 314 – William Borghetti
LíderCast 314 – William Borghetti
O convidado de hoje é William Borghetti, um ...

Ver mais

LíderCast 313 – Silas Colombo
LíderCast 313 – Silas Colombo
Hoje temos Silas Colombo, que é o CEO da Motim, a ...

Ver mais

Café² – Live com Christian Gurtner
Café² – Live com Christian Gurtner
O Café², live eventual que faço com o Christian ...

Ver mais

Café na Panela – Luciana Pires
Café na Panela – Luciana Pires
Episódio piloto do projeto Café na Panela, com Luciana ...

Ver mais

Sem treta
Sem treta
A pessoa diz que gosta, mas não compartilha.

Ver mais

O cachorro de cinco pernas
O cachorro de cinco pernas
Quantas pernas um cachorro tem se você chamar o rabo de ...

Ver mais

G20
Luiz Alberto Machado
Iscas Econômicas
Esclarecendo o que é o G20          Katherine Buso    Luiz A. Machado  Paulo Galvão Jr. 1. Considerações iniciais O presente artigo analisa os principais indicadores econômicos do Grupo dos Vinte ...

Ver mais

Talentos, tecnologia, tesouros e tolerância
Luiz Alberto Machado
Iscas Econômicas
Talentos, tecnologia, tesouros e tolerância “É a relação entre quem tem a força das ideias e quem tem o poder da força que permite progredir no tempo e no espaço na cidade, de forma ...

Ver mais

Os 30 anos do Plano Real
Luiz Alberto Machado
Iscas Econômicas
Os 30 anos do Plano Real   Paulo Galvão Júnior (*) Luiz Alberto Machado (**)   1. Considerações iniciais É preciso sempre debater os destinos econômicos, sociais e ambientais de nosso ...

Ver mais

Releituras
Luiz Alberto Machado
Iscas Econômicas
Releituras   “Quando um país é capaz de contar com as instituições preservadoras da autonomia individual (Estado de Direito e economia de mercado), de melhorar a qualificação de seus ...

Ver mais

Cafezinho 616 –  Bem-vindo, seu Caos
Cafezinho 616 –  Bem-vindo, seu Caos
Vivemos numa era de caos. Não se trata mais de planejar ...

Ver mais

Cafezinho 615 – Esquerda e direita
Cafezinho 615 – Esquerda e direita
Ser verdadeiramente racional significa estar aberto a ...

Ver mais

Cafezinho 614 – Um abismo cultural
Cafezinho 614 – Um abismo cultural
Uma reflexão a partir de uma experiência pessoal nos ...

Ver mais

Cafezinho 613 – Baixe a bola? Eu não!
Cafezinho 613 – Baixe a bola? Eu não!
Pô, Luciano, nessa idade você já devia ter baixado a ...

Ver mais

O tigre da Esso

O tigre da Esso

Luciano Pires -

Semana passada li uma noticia que me entristeceu: a bandeira da Esso vai desaparecer, substituída pela da Shell. Puxa vida… Que triste. Mas foi assim também com a Pan Am, com a Varig, com o Mappin, com a Manchete e tantas outras, não é? Faz parte. Esse acontecimento me lembrou de duas histórias.

Uma vez fui convidado para apresentar o Brasil para a diretoria de uma multinacional norte americana que estava decidindo em qual país fazer um investimento milionário. Fiz a apresentação baseada em valores culturais, mostrando como o Brasil se desenvolveu ao longo do tempo, como é o jeito de trabalhar do brasileiro, nossas similaridades com a cultura dos Estados Unidos e como somos diferentes – e melhores para investir – que Índia, China ou Russia. Ao final, muito aplaudido, ouvi do presidente da empresa:

– Ótima apresentação Luciano. Pena que não possa ser feita para Wall Street.

Eu havia combinado lógica com emoção, causando um grande impacto na platéia. Usei música e carnaval, falei de nosso potencial, qualidades e jogo de cintura, com humor e entusiasmo. Mas Wall Street não fala essa língua. Para eles a única verdade fundamental é: grana! 

Algum tempo depois, uma das grandes empresas com a qual eu me relacionava vendeu uma de suas operações de fabricação e distribuição de um produto muito conhecido no mercado. Foi uma transação global envolvendo bilhões de dólares, na qual o Brasil representava cerca de 10% do negócio. Durante o processo, consultado sobre os termos do contrato, defendi veementemente que a marca do produto, pacientemente construída ao longo de anos, não entrasse no negócio. Que vendessem os prédios, as máquinas, os processos, a carteira de clientes e o sistema de distribuição. Mas que apenas licenciassem a marca. Não teve jeito. O negócio foi feito baseado no valor dos “ativos tangíveis”, uma ninharia. No fim, presentearam o comprador com a marca, que era o ativo mais valioso do negócio. Infelizmente, intangível.

Bem, voltando ao princípio, desconheço as condições do negócio feito com a Esso, mas o anúncio de que a “marca vai acabar” mostra quanto ela vale: nada.

Ah, mas “o mundo mudou, os jovens não tem mais a referência da marca, que já foi esquecida”, etc e tal…

Faço parte de uma geração – economicamente muito ativa – que tem uma referência cultural profunda com a marca Esso. Arrisco-me a dizer que para nós “Esso” não é uma empresa ou um produto. É um ícone pop. Cresci com ela. Peguei o finalzinho do Reporter Esso, curti demais o casalzinho de gotinhas andando de lambreta e depois o “Tigre da Esso que acabou de chegar”. A Esso fez minha cabeça muito antes de eu tirar habilitação e me transformar num consumidor de seus produtos. Mesmo trinta ou quarenta anos depois da Esso perder presença na propaganda, eu a uso como exemplo de um trabalho excepcional de construção de marca em minhas palestras. Guardo a marca no meu coração, junto às lembranças mais queridas de minha juventude. Para mim a Esso é emoção.

Quanto vale isso?

Pena que Wall Street não fale essa língua.

Luciano Pires