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Luciano Pires -

Muita gente tem o sonho de se transformar num empreendedor, o dono da firma, sabe como é que é? Com liberdade para correr riscos e tomar decisões por conta própria. E uma das maneiras para isso é tornar-se um franqueado de uma marca conhecida, cara! Mas franquias normalmente são caras, não é?

Pois então eu vou te dar uma dica, olha só: conheça a Santa Carga. É uma microfranquia que oferece totens carregadores de celular que tem uma tela grande para exibir anúncios em vídeo e notícias em tempo real. Também, além disso, os totens fornecem acesso à internet por WiFi.

Reconhecida como a melhor microfranquia do segmento, a Santa Carga tem investimento inicial de R$ 19.900. Com isso você fica dono de um totem que instala em um local de acesso de muita gente. Pode ser um shopping, uma oficina, uma padaria, uma loja. O dono vai ficar feliz porque vai poder oferecer WiFi pros clientes e um ponto pra carregar celulares. 

E aí, o que é que você faz? Você vende para os comerciantes da região a veiculação de uma mensagem em vídeo ali no totem.

Quem produz o vídeo é a própria Santa Carga que dá pra você todo o suporte. Olha, já tem gente aí com três, quatro, cinco, seis, dez totens, fazendo uma boa grana! Tem gente que chegou a ganhar já oito mil reais por mês, cara!

Tudo isso sem estoque, sem funcionários, sem pagar aluguel.

Acesse santacarga.vip para mais informações e mencione lá que você é ouvinte do Café Brasil ou do Lídercast para obter um bônus de R$ 1.000,00.

Santa Carga. Abra o seu negócio com uma das franquias que mais crescem no Brasil.

A expressão “shit happens” é uma frase coloquial em inglês que pode ser traduzida como “merdas acontecem”. É uma forma de expressar a ideia de que coisas ruins ou inesperadas, erros,  podem acontecer na vida sem aviso prévio, e que é importante aceitar essas situações e seguir em frente. Shit happens. O importante é o que você faz depois que elas happens…

Bom dia, boa tarde, boa noite. Você está no Café Brasil e eu sou o Luciano Pires. Posso entrar?

“Prezado Luciano, bom dia, boa tarde, boa noite. Recentemente eu ouvi seu episódio dos dissidentes e negacionistas que, por sinal, foi excelente, como de costume, né?

Pois é, eu me considero um dos dissidentes que você descreve no episódio e cara, senti como se tivesse dando voz a um desabafo meu mesmo, que eu tinha entalado na minha garganta.

Você não faz ideia do rebuliço que era nessa pandemia quando eu fazia perguntas tipo: amigo, quais as evidências científicas de que isolar pessoas saudáveis é uma medida segura e eficaz?

Ninguém sabia responder. Mas mesmo sem saber as pessoas se agarravam com veemência pra defender essas medidas. Incluindo meus amigos médicos, colegas de profissão. Claro né? Nesse momento, quem recebia o carimbo de negacionista era eu que estava só perguntando.

Assim que eu te ouvi, eu compartilhei bastante, principalmente com aqueles que insistiam em tomar por negacionismo qualquer dissidente. Compartilhei mais como um desabafo meu, como uma pedrinha no lago, porque eu não crio expectativas em relação aos moralistas escamoteados.

Na verdade, hoje, meu foco tem sido meu aprimoramento pessoal e, principalmente, a criação de filhos decentes.

Por causa disso eu queria te agradecer o tanto que você me ajuda, constantemente, nessas duas tarefas.

Aliás, eu ouvi o episódio do público decente com o meu filho Lucas, de oitos anos. Ele ouviu o episódio inteiro com bastante atenção e no final, quando você divulgou suas palestras ele me perguntou: papai, você já assistiu alguma palestra do Luciano Pires? Falei: não cara, infelizmente não. Eu quero assistir. E ficou insistindo, insistindo, e eu falei, cara, eu acho que ele não faz palestra pra criança. Mas ele insistiu tanto e só sossegou quando ele te mandou o último áudio aí pedindo que você fizesse uma palestra pra ele.

Já pensou você fazer um evento pra crianças e pais? Um evento do Café com Leite, levando a Bárbara e a Babica? Acho que a galerinha ia adorar, hein?

Cara! Um grande abraço! Vida longa ao Café Brasil, o Café com Leite, LíderCast e todo o seu conteúdo e a sua ajuda que você traz pra nós. Um abração, tchau, tchau.”

Esse é o grande Eduardo Caetano dando voz a muita gente sobre a questão dos dissidentes e negacionistas.

Olha, acho que o que ele passou muita gente passou viu? Temos de nos libertar dessa tirania da ignorância, meu caro. Aceitar que não sabemos de nada é o primeiro passo e diga ao Lucas que já estamos trabalhando numa palestra para o público do Café com Leite, cara. Vai ser um desafio levar a Babica. Mas estamos quebrando a cabeça pra isso. Muito obrigado, meu caro!

Então vamos lá… se você, assim como o Eduardo, vê valor no trabalho que fazemos aqui no Café Brasil, torne-se um assinante. É só acessar canalcafebrasil.com.br e escolher seu plano. Vai lá que a gente espera…

Recentemente publiquei um episódio do Podcast Café Com Leite, no qual eu usei o exemplo do genial escultor italiano Michelângelo para falar de imaginação. E eu usei como exemplo sua obra David, a magnífica estátua que adorna a Galeria da Academia em Florença, na Itália. Lá pelas tantas, quando dou detalhes sobre como Michelângelo produziu aquela obra, conto que, terminada a escultura, ele bateu com um martelo no joelho da estátua e disse assim: “Parla!”.

A ideia é que a estátua era tão perfeita, mas tão perfeita , que só faltava falar.

Lindo, né? Pois é… acontece que a estátua que levou Michelângelo a agir assim não foi a de David, mas foi a de Moisés, que está na Basílica de San Pietro in Vincoli, em Roma, Itália.

Pois é shit happens…

Alguns dias depois disparamos o nosso e-mail semanal para os assinantes, o Coado, que apresenta as publicações da semana. Sempre aos domingos, que você pode receber gratuitamente se se inscrever no mundocafebrasil.com. O título do e-mail saiu assim: Coado 145 – Discidentes ou Negacionistas? Remete ao Café Brasil 883. Estaria tudo certo se em vez de dissidentes com dois esses, não tivesse saído discidentes, com s e c…

Pois é cara, shit happens…

Alguns meses atrás eu fiz um post no Facebook explicando a diferença entre esse e este, nesse e neste. Eu não ataquei ninguém, eu apenas expliquei como funciona. E no meio do texto apliquei uma crase errada. Pronto. A área de comentários virou um inferno, com as pessoas atacando a minha arrogância de querer ensinar os outros como se escreve, sendo um burro que não sabe usar crases

Pois é… Shit happens…

A questão então não é evitar erros mas é saber oq eu fazer com eles  quando eles acontecem.

A psicologia do erro é um campo de estudo que se concentra em entender como as pessoas cometem erros e como eles lidam com esses equívocos. Os erros são uma parte natural da vida e podem acontecer em várias situações, seja no trabalho, nos estudos, nas relações pessoais ou em atividades do dia a dia. Uma das principais áreas de interesse da psicologia do erro é a análise das causas que levam as pessoas a cometerem equívocos.

Existem diversos fatores que podem contribuir para os erros, como a falta de atenção, distração, estresse, cansaço, pressão social, entre outros. Compreender esses fatores é importante para desenvolver estratégias de prevenção e mitigação dos erros.

Outro aspecto importante, que é o que me interessa neste episódio aqui, é a forma como as pessoas reagem quando cometem um erro. Alguns indivíduos podem ficar extremamente chateados e envergonhados, enquanto outros podem negar ou erro ou buscar culpados externos. Estas reações emocionais podem ter um impacto significativo na autoestima e na autoconfiança das pessoas.

Muitos e muitos anos atrás, quando eu fazia meus cartuns com bico de pena e nanquim, eu estava lá desenhando e um amigo meu, ao lado, fascinado com a facilidade com que a obra era desenvolvida. Não me lembro bem do tema do cartum, mas havia uma figura que estava carregando alguma coisa. De repente, num movimento brusco, eu deixei o bico de pena cair sobre o desenho, e com a batida, várias pequenas gotas de nanquim caíram sobre uma área do desenho, estragando-o. A expressão do meu amigo foi impagável…

– Putz!

Eu ia ter de jogar fora e começar tudo de novo! Mas aí eu observei, observei, observei aquelas manchinhas pretas, peguei a caneta de volta, desenhei pequenas asas e… pronto! As gotas se transformaram em moscas e o desenho estava salvo. Meu amigo não acreditou.

– Luciano, mas que criatividade!

Pois é. Na verdade, a tal criatividade era uma habilidade de articular o erro, articular o erro…

Volta por cima
Paulo Vanzolini

Chorei, não procurei esconder
Todos viram, fingiram
Pena de mim, não precisava
Ali onde eu chorei
Qualquer um chorava
Dar a volta por cima que eu dei
Quero ver quem dava
Um homem de moral não fica no chão
Nem quer que mulher
Lhe venha dar a mão
Reconhece a queda e não desanima
Levanta, sacode a poeira
E dá a volta por cima

Ah, que delícia, cara… esse é o Jorge Aragão com Volta por cima, o clássico de Paulo Vanzolini que fala exatamente sobre superar os erros e os problemas. A letra é uma delícia.

Reconhece a queda
E não desanima, cara
Levanta, sacode a poeira
E dá a volta por cima

Hoje essa canção seria classificada como machista…

“Articular” significa juntar, mas tem um outro significado.

Por exemplo, quando dizemos que alguém é um bom orador articulado, queremos dizer que a pessoa fala de um jeito claro, mas também conecta as ideias de forma fluente. Clareza e fluente. Isso é muito importante em coisas criativas, tipo arte, literatura e ciência. É um misto de separar e unir as ideias. E isso acontece em várias áreas, tanto na hora de pensar nas coisas, perceber, agir e até mesmo fisicamente.

Uma pessoa criativa, como um artista, um cientista que inventa coisas novas, ou alguém que cria coisas legais – tem uma habilidade especial. Articula coisas. Ela pega coisas que são importantes para o trabalho dela, algumas dessas coisas que ela pode tocar e outras que são só ideias ou pensamentos e separa essas partes essenciais. E então, ela junta tudo de uma forma mágica, como se estivesse misturando ingredientes para fazer uma receita incrível. E assim, cria algo completamente novo e original, como uma música, um apintura única, ou até uma invenção sensacional. Ou um episódio de podcast inesquecível. E durante esse processo criativo os erros que aparecem são analisados e integrados. Ou seja, é uma junção de separação, com conexão para criar coisas legais.

A questão é que gente criativa tem uma relação com os erros diferente da maioria das pessoas. Normalmente, quando estamos fazendo um trabalho difícil, queremos evitar erros a todo custo, não é? Porque errar é ruim e nos desanima. Mas quem é criativo não encara os erros assim.

Os criativos pensam de forma mais livre, se arriscam mais e isso acaba naturalmente levando a mais erros. Mas quando esses erros acontecem, eles – os criativos – não se abalam. Encaram o erro de frente, avaliam o que deu errado e, se possível, incorporam os elementos valiosos do erro no trabalho que estão fazendo. E aí… plim… magicamente as gotas de nanquim viram moscas.

Você entendeu? Criativos não descartam os erros, usam o que encontram de bom neles.

Mas note bem: isso é muito diferente de quando alguém fica tentando várias vezes até acertar e então joga fora tudo o que deu errado. No processo criativo, os erros podem ser parte importante do resultado final.

Em 1928, o cientista Alexander Fleming cometeu um erro. Ele deixou, por engano, uma placa de cultura de bactérias exposta ao ar quando saiu de férias.Quando voltou, notou que um fungo havia contaminado as bactérias e as matado. Fleming era um cientista curioso e criativo. Em vez de jogar a placa fora, ele percebeu que aquele fungo tinha propriedades antibióticas e isso deu origem à penicilina, um importante antibiótico que revolucionou o tratamento de infecções bacterianas e salvou milhões de vidas. O erro de Fleming levou a uma das maiores descobertas médicas do século XX e teve um impacto positivo na saúde em todo o mundo. Mas só aconteceu porque ele não descartou o erro. Ele procurou algo de bom nele.

Você entendeu? A articulação de erro não é só sobre consertar os erros, mas sim sobre integrar os elementos valiosos que surgem quando a gente erra. É uma mistura de separar e juntar os elementos pra fazer algo novo e interessante, como eu já falei ali atrás. É um jeito de encarar os erros de forma mais criativa e construtiva.

Uma abordagem saudável para lidar com os erros é aceitá-los como parte normal da vida e uma oportunidade de aprendizado. É essencial reconhecer os erros, assumir a responsabilidade por eles e tentar entender o que causou o equívoco. Agisndo assim você aprende com as experiências e evitar cometer os mesmos erros no futuro.

A psicologia do erro também está relacionada ao processo de tomada de decisões. Muitas vezes, as decisões são tomadas com base em informações limitadas ou em suposições, o que pode levar a resultados errados. Compreender os vieses cognitivos e os erros sistemáticos que ocorrem na tomada de decisões é fundamental para melhorar a qualidade das escolhas que fazemos.

Qualquer pessoa que tenha trabalhado em um escritório por mais de um dia cometeu um erro. E embora a maioria das pessoas aceite que deslizes são inevitáveis, ninguém gosta de ser responsável por eles. A boa notícia é que os erros, mesmo os grandes cara, que a gente chama de cagada, não precisam deixar uma marca permanente em sua carreira. Na verdade, na maioria das vezes, eles contribuem para o aprendizado organizacional e pessoal; são uma parte essencial da experimentação e um pré-requisito para a inovação. E podem levar ao sucesso, você quer ver?

Num episódio anterior do Café Brasil eu contei a história da Ella Fitzgerald que durante uma turnê na Alemanha em 1960, durante um show errou a letra de uma música e passou a brincar com as palavras, lembra? Tá aqui:

Ela começa a brincar com os nomes dos colegas de banda, faz um lari la la até lembrar da letra, né?

Ella tinha os elementos, a habilidade e a segurança para incorporar os erros e brincar com eles. Quando o erro apareceu e ela esqueceu a letra, o que é que ela fez? Em vez de entrar em pânico ela incorporou o erro em sua performance e seguiu adiante. Brincando, até lembrar da letra e terminar a canção.

Sabe qual foi o resultado desse erro? Essa interpretação da Ella ganhou o Grammy de melhor interpretação feminina de Jazz de 1960. Por causa do erro. Se ela não tivesse errado, não ganharia o prêmio, você percebe?

Então, não se preocupe: se você cometeu um erro no trabalho — e, novamente, quem é que nunca cometeu? Você pode se recuperar com graça e usar a experiência para aprender e crescer. Só não pode ser o cabeção que fica repetindo o erro, né?

Cara, sempre que é hora de manutenção do meu veículo eu tenho aquelas dúvidas de todos nós. Qual é o produto que eu escolho, hein? E como eu não sei muito sobre manutenção de automóveis, sabe o que que eu faço? Eu procuro quem me traz confiança.

Por isso, quando se trata de peças para automóveis, motos e caminhões, eu vou de Nakata, sabe por quê, hein? Porque a Nakata entrega alta performance na reta, na curva, na subida…em qualquer caminho. E principalmente porque não sou só eu que estou falando, não. Pode perguntar para o seu mecânico de confiança.

Amortecedores, componentes de suspensão e direção. Certeza que ele vai dizer que a marca é Nakata. Sabe porquê?

Oras: porque é Nakata!

Assine gratuitamente o boletim em nakata.com.br e receba as últimas novidades em seu e-mail.

Tudo azul, tudo Nakata.

De acordo com Paul Schoemaker, diretor de pesquisa do Mack Center for Technological Innovation na Wharton School da Universidade da Pensilvânia e co-autor do livro “Brilliant Mistakes”, a maioria das pessoas tende a reagir exageradamente aos seus deslizes. Ele diz assim: elas “fazem avaliações assimétricas de ganhos e perdas, de modo que as perdas parecem muito maiores do que os ganhos”. Como resultado, as pessoas podem ser tentadas a esconder seus erros ou, pior ainda, continuar em caminhos que se mostraram improdutivos. Isso pode ser perigoso e caro.

O ser humano é humano e como todo humano, ele falha. Ponto.

O problema da falibilidade humana apresenta duas perspectivas diferentes. A abordagem da pessoa e a abordagem do sistema. A abordagem da pessoa foca nos erros que os indivíduos podem cometer, como esquecimentos, falta de atenção ou fraquezas morais. reconhece que as pessoas são propensas a cometer erros devido a características humanas naturais. Não tem jeito. Por isso, a abordagem do sistema concentra-se não nas pessoas, mas nas condições em que as pessoas trabalham. Já que vai dar merda mesmo, vamos tentar atenuar o problema.

A abordagem do sistema procura criar defesas e mecanismos que ajudem a previnir erros ou reduzir seus efeitos. Em vez de simplesmente culpar os indivíduos procura-se identificar as causas sistêmicas dos erros e trabalhar para minimizá-las.

Um exemplo ótimo está na aviação. Quando um avião sofre um acidente, os investigadores analisam se a falha foi resultado de problemas de manutenção, de um projeto inadequado ou de problemas de fabricação. Eles também avaliarão se o treinamento da tripulação foi adequado para lidar com a situação.

Além disso, durante a investigação, podem ser encontradas outras questões sistêmicas que contribuíram para o acidente, como falhas na comunicação entre os membros da tripulação, procedimentos operacionais inadequados ou problemas na regulamentação da aviação.
Com base nas conclusões da investigação, são então propostas medidas corretivas e melhorias nos sistemas envolvidos.

Esse processo de investigação e correção contínua tem contribuído significativamente para a melhoria da segurança na aviação comercial, tornando-a uma das formas mais seguras de transporte em todo o mundo. A abordagem sistêmica é fundamental para evitar que erros isolados se repitam e para garantir a segurança do sistema como um todo.

Organizações de alta confiabilidade, que têm menos acidentes, reconhecem que é inevitável que as pessoas cometam erros. Mas em vez de ignorar essa realidade, elas se esforçam para entender e controlar essa variabilidade humana.

Pois é… Aí me lembrei de uma velha fábula japonesa que cabe muito bem aqui…

Era uma vez um velho homem que tinha dois potes grandes, de barro, cada um pendurado em uma das extremidades de uma vara, que ele carregava nas costas, sempre que ia buscar água no rio. Um pote balançando de cada lado.

Era um trabalho penoso, que ele repetia quase que diariamente.

Um dos potes era perfeito e mantinha toda a água, mas o outro pote tinha uma rachadura por onde a água vazava durante todo o trajeto de volta para casa.

O pote rachado sentia-se triste por sua imperfeição e incapaz de cumprir sua tarefa como o outro pote.

E um dia, enquanto voltavam do rio, o pote rachado falou ao velho homem:

– Pai, estou envergonhado e me sinto inútil. Por causa da minha rachadura, no final de todo esforço que você faz, metade da água que eu levo acaba se perdendo no caminho!

O velho homem sorriu gentilmente e disse ao pote rachado:

– Pote, você pode ter uma rachadura, mas observe o caminho ao nosso lado enquanto voltamos para casa.

O pote rachado olhou para baixo e reparou uma coisa fascinante. O caminho que o velho percorria tinha duas margens. Mas só a margem do lado que o pote rachado ficava, quando voltava com a água do rio, era totalmente florido.

– Pai, lindas flores crescem ao longo do caminho, apenas do lado onde aai a água que vaza pela minha rachadura.

E o velho homem continuou:

– Eu sabia da sua rachadura, e é por isso que plantei sementes de flores ao longo do caminho. Todos os dias, enquanto voltamos para casa, sem saber, você as rega. E graças a você, essas flores têm enfeitado nossa jornada. Sem a sua rachadura, talvez nunca tivéssemos essa beleza.

Sacou? Assim como aconteceu com Ella Fitzerald, sem o erro, não haveria a beleza.

Meu erro
Herbert Vianna

Eu quis dizer
Você não quis escutar
Agora não peça
Não me faça promessas
Eu não quero te ver
Nem quero acreditar
Que vai ser diferente
Que tudo mudou

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
Que estar ao seu lado bastaria
Ah, meu Deus
Era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone

Mesmo querendo
Eu não vou me enganar
Eu conheço os seus passos
Eu vejo os seus erros
Não há nada de novo
Ainda somos iguais
Então, não me chame
Não olhe pra trás

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
Que estar ao seu lado bastaria
Ah, meu Deus
Era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone jamais

Mesmo querendo
Eu não vou me enganar
Eu conheço os seus passos
Eu vejo os seus erros
Não há nada de novo
Ainda somos iguais
Então, não me chame
Não olhe pra trás

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
Que estar ao seu lado bastaria
Ah, meu Deus
Era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone jamais

Não me abandone jamais
Não me abandone jamais
Não me abandone jamais

E é assim então, ao som de “Meu Erro”, dos Paralamas, na versão acústica com a Zizi Possi , que vamos saindo…  espero que confortados.

Tá certo, então, hein? Mude a forma como você se cobra ou se relaciona com seus erros. Eu sei, cara, é desconfortável, ninguém gosta, todo mundo olha pra quem faz a cagada. Olha, mas mesmo que você tenha imperfeições e come​ta erros, é possível encontrar maneiras de fazer a diferença positiva na vida dos outros e contribuir para a beleza do mundo. Aceite os erros, aprenda com eles e siga em frente. Olhe pra frente e baseie suas decisões no futuro, não no passado.

Transforme seus erros em momentos valiosos para reforçar a sua capacidade de liderança.

Nossas falhas não nos tornam inúteis, mas únicos, capazes de impactar o mundo de maneira especial.

Na parte do bônus para assinantes, logo depois que terminar o programa aqui, eu vou falar um pouco sobre o que podemos fazer para, sendo criativos, trazer os erros a nosso favor.

O Café Brasil é produzido por quatro pessoas. Lalá Moreira na direção e apresentação, Luciano Pires, na técnica… ih cara, errei  putz. Eu, Luciano Pires na direção e apresentação, Lalá Moreira na técnica, Ciça Camargo na produção e, é claro, você aí, que completa o ciclo.

De onde veio este programa tem muito, mas muito mais, acesse canalcafebrasil.com.br e torne-se um assinante, não erre mais, cara. Além de conteúdo original e provocativo, você vai ajudar a gente a manter esse projeto aqui, levando conteúdo para muito mais gente.

E se você gosta do podcast, imagine só uma palestra ao vivo, aí na sua empresa. E eu já tenho mais de mil e cem palestras no currículo. Quem assiste nunca esquece. Conheça os temas que eu abordo em lucianopires.com.br.

Mande um comentário de voz pelo WhatSapp no 11 96429 4746. E também estamos no Telegram, com o grupo Café Brasil.

E para terminar a parte gratuita do episódio – já que os assinantes vão receber agora a cereja do bolo em seguida – uma frase atribuída a Albert Einstein:

“Só erra aquele que produz. Mas também só produz quem não tem medo de errar.”