
Café Brasil 890 – Communicare
Luciano Pires -Olha: você tem o sonho de se transformar num empreendedor, hein? Dono do seu negócio, com liberdade para correr riscos e tomar decisões por conta própria? Que sonho,né? Sabe que uma das maneiras para fazer isso é tornar-se um franqueado de uma marca conhecida. O problema é que franquias são caras!
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A comunicação é uma parte essencial de nossas vidas e desempenha um papel crucial em nossos relacionamentos e interações. Mas muitas vezes, assumimos que o que dizemos é entendido exatamente como dissemos por quem nos ouve. No episódio de hoje destacaremos as nuances da comunicação e ofereceremos dicas importantes sobre como a mensagem enviada nem sempre é a mesma que a mensagem recebida.
Bom dia, boa tarde, boa noite. Você está no Café Brasil e eu sou o Luciano Pires. Posso entrar?
Bem, aqui devia entrar um comentário de um ouvinte, mas vou fazer diferente e anunciar uma mudança, olha só.
Na semana passada lançamos a livraricafebrasil.com.br, a nossa livraria digital, que contém mais de 15 mil títulos de livros para explodir sua cabeça. Então, a partir de agora, o comentário do ouvinte será patrocinado pela nossa livraria. E funcionará assim: o ouvinte que tiver um comentário escolhido e publicado aqui, ganhará um livro da livrariacafebrasil. Será um livro por semana, enviado pelo correio, como um agradecimento a quem nos ajuda a fazer este programa. Que tal, hein? E o primeiro ganhador é o baiano Eric Barros:
“Olá Luciano. Bom dia, boa tarde, boa noite, tudo bem? Eu me chamo Eric e depois de ouvir o podcast 882, O público decente e escutar o depoimento do colega Ladir Almada de Rezende, me senti na obrigação de gravar este áudio aqui como um pedido de desculpas por não ter assinado o Café Brasil, prontamente, quando os planos pra assinantes começaram, né?
Eu já te sigo já há um bom tempo. Conheci o Café Brasil através de um amigo e desde então eu escuto aos programas. Gosto muito do conteúdo do programa.
Eu não tenho nenhuma vocação com o empreendedorismo, eu sou servidor público e sou professor, na rede particular de ensino, mas eu gosto muito do conteúdo do programa, das discussões que o programa proporciona, né?
Confesso que já discordei ene vezes assim, ao ponto de me chatear mesmo, mas na sua grande maioria, noventa e nove porcento são conteúdos que eu aprecio bastante, né?
Eu sou de Paulo Afonso, na Bahia e saboreio esse Cafezinho já há alguns anos. Então agora, mais feliz ainda, porque faço parte da Confraria e não pretendo sair. Então, gostaria aqui de pedir desculpas e agora eu sou mais um tijolinho que acredita no público decente que quer consumir conteúdo decente como o que você nos proporciona com a sua dedicação inspiradora à frente do Café Brasil e, com certeza, a todos que fazem parte da sua equipe, tá?
Então, desejo sucesso a todos vocês e um grande abraço. Fica com Deus.”
Que legal, Eric! Muito obrigado por pular para o nosso barco. Mais um tijolinho, sim, na construção da nossa catedral! Olha, não tem nada que pedir desculpas, nós é que temos de agradecer. Muito obrigado. Você ganhou um livro, meu caro! E não é qualquer livro, não!
Vamos te mandar o Como Destruir a Civilização Ocidental – e outras ideias do abismo cultural, de Peter Kreeft. Nesse livro o autor questiona o que você pode fazer quando vê que o céu está caindo e que a sua cultura está escoando como água suja pelo ralo…ele trata dos temas e agendas que estão pouco a pouco atacando os fundamentos da civilização ocidental. Cara: é um baita livro!
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Então vamos lá… se você vê valor no trabalho que a gente faz aqui no Café Brasil, torne-se um assinante. De quebra você vai ganhar conteúdo extra no final do episódio aqui, que só vai pra quem assina.
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Vinte e sete de Janeiro, do ano de 1967.
Como parte do programa Apollo que, dois anos depois colocaria o homem na lua, acontecia um teste de pré-lançamento da Apollo 1. Dentro do pequeno módulo de comando da nave, na plataforma de lançamento da NASA no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, os astronautas Virgil “Gus” Grissom, Edward H. White II e Roger B. Chaffee executavam os procedimentos de testes.
O lançamento aconteceria dentro de um mês e centenas de técnicos estavam envolvidos num trabalho febril de assegurar que tudo funcionasse a contento.
Durante o teste, a cápsula Apollo 1 estava preenchida com uma atmosfera de oxigênio puro, que era considerado necessário para a respiração dos astronautas em órbita. O oxigênio puro, embora essencial, tornou o ambiente dentro da cápsula altamente inflamável, imagine só. Três caras numa cápsula apertada, lacrada, num ambiente altamente inflamável.
De repente, um curto-circuito acontece em algum lugar da cápsula! Rapidamente chamas aparecem…
Em questão de segundos o interior do módulo se transforma numa fornalha.
Apesar da gravidade da situação, a resposta inicial à emergência foi lenta. Os controladores de terra demoraram a perceber a gravidade do incidente e a iniciar os procedimentos de evacuação da cápsula, que acabaram levando cinco minutos.
Gus Grisson, Ed White e Roger Chaffee morreram queimados, numa tragédia sem precedentes, que marcou o início do projeto Apollo.
Que tragédia, cara… mas, afinal, o que aconteceu?
A comunicação dos três astronautas com as equipes de terra era essencial para obter assistência em caso de problemas. Mas devido à alta tensão, à correria do momento, à urgência em completar o teste e às limitações de comunicação causadas pelos capacetes e trajes espaciais, as mensagens transmitidas pelos técnicos a bordo da cápsula não foram bem compreendidas.
Eles relataram um odor de queimado e problemas elétricos, mas a informação não despertou atenção devida. Fios elétricos expostos e materiais inflamáveis no interior da cabine contribuíram para a rápida propagação das chamas.
O desastre da Apollo 1 foi um evento trágico que chocou a NASA e levou a uma revisão completa dos procedimentos de segurança e comunicação.
O que causou a tragédia foi essencialmente um problema de comunicação…
Comunicação.
E a questão da importância da comunicação está presente até na mitologia. A lenda do Minotauro, por exemplo, não termina quando o herói Teseu mata o monstro na ilha de Creta e acaba com uma história de terror que assombrava os habitantes de Atenas. De tempos em tempos eles tinham de mandar jovens para alimentar o terrível monstro do labirinto.
Teseu se infiltrou no grupo que seria devorado, encontrou o Minotauro, lutou contra a criatura feroz e, finalmente, a derrotou. Mas na pressa para escapar de Creta e retornar a Atenas com sua vitória, Teseu cometeu um erro trágico. Ele havia combinado com seu pai, o rei Egeu, de hastear velas brancas no navio, indicando que ele estava vivo e tinha vencido o Minotauro.
Mas Teseu se esqueceu e em vez disso, deixou as velas negras no navio, o que indicava a derrota.
Quando o navio se aproximou da costa de Atenas o rei Egeu, que estava esperando ansiosamente o retorno de seu filho, viu as velas negras e se desesperou. Ele presumiu que Teseu estava morto e que a missão tinha sido um fracasso! Desolado pela notícia, antes mesmo que o navio atracasse, Egeu se lançou ao mar, onde morreu.
Desde então, aquele mar foi nomeado em sua homenagem como o Mar Egeu.
Viu só? Egeu se matou por um erro de comunicação.
A comunicação parece ser algo claro à primeira vista, não é? Quando uma pessoa fala, a outra escuta. Depois disso, inverta os papéis e faça a mesma coisa novamente. Mas, não se engane, há muito mais que isso na arte da comunicação.
Os exemplos dramáticos com os quais eu comecei este episódio dão conta de problemas formais na comunicação, de falhas meio evidentes. Falhas tecnológicas, falhas de percepção. Mas e as falhas sutis, hein?
Para começar, é difícil ter certeza de que as palavras que você diz refletem suas verdadeiras emoções e pensamentos. Isso requer franqueza e autoconsciência, qualidades que muitas pessoas ainda não desenvolveram ou perderam devido às nossas respostas automáticas nas conversas diárias.
Além disso, para uma comunicação eficaz é necessário garantir que sua experiência expressa com precisão seja compreendida corretamente pela pessoa com quem você está conversando. Muita gente apenas verifica se suas palavras fazem sentido em vez de se esforçar para garantir que seja compreendido corretamente.
Além do conteúdo da mensagem, bem como se o conteúdo é agradável ou não para o ouvinte, outros fatores como tom, linguagem corporal, energia e intenção devem ser levados em consideração na comunicação.
Determinar quantas pessoas estão envolvidas em uma conversa é tão importante quanto a linguagem que você escolhe, a mensagem que você cria e transmite, o ambiente físico e energético com que o faz e a garantia de que a mensagem seja entendida corretamente.
Embora pareça uma simples adição, pense nisso com cuidado. Duas pessoas não estão sozinhas quando conversam. Ambos apresentam seu eu presente e deliberado, bem como os aspectos que foram formados por seu condicionamento e experiência passadas, muitas vezes inconscientemente.
Considere uma escolha sua recente. Veja se consegue lembrar das mensagens diferentes e provavelmente díspares da parte que sabe quem você realmente é e onde você se encaixa no mundo e da parte que ainda está presa em pensamentos e padrões menos ideais de muito tempo atrás.
Um conhecido meu, recentemente, enfrentou a decisão de aceitar um novo emprego em uma cidade diferente. Ele sempre se viu como uma pessoa aventureira e que gosta de explorar novos lugares, o que está alinhado com a parte dele que sabe quem ele realmente é. No entanto, quando era mais jovem, ele experimentou uma mudança semelhante que deu muito errado, resultando em dificuldades financeiras e isolamento. Essa experiência passada deixou uma marca em meu amigo e criou uma parte dele que ainda se prende a pensamentos e padrões de medo e preocupação.
Ao considerar a oferta de emprego, ele percebeu uma luta interna entre essas duas partes de si mesmo. Uma parte dele estava entusiasmada com a ideia da aventura e crescimento pessoal, enquanto a outra parte estava preocupada com a possibilidade de repetir os erros do passado.
Essas mensagens diferentes e díspares de sua psicologia interna criaram uma tensão emocional enquanto ele tomava sua decisão.
Embora uma pessoa estivesse envolvida nessa “conversa”, duas entidades estavam conversando. Agora, adicione mais uma pessoa, o interlocutor de meu amigo, que também tem esses dois lados. Todo mundo tem. Pronto, agora são quatro “pessoas” respondendo ao que está sendo dito (e não dito), cada uma com suas próprias agendas e percepções muito diferentes.
Você entendeu como é compreensível que as coisas da comunicação sejam potencialmente tão confusas?
Olha: e dá para ficar ainda mais complexo… Imagine um cantor, um palestrante, um radialista, alguém que trabalhe com a voz ou em qualquer trabalho artístico. Três energias lutam para se destacar nas áreas de atuação e aprendizado: a pessoa ali presente, sua coleção de dores, medos e experiênciae a voz…
Agora coloque um anteparo, uma mídia entre essa pessoa e você. Um microfone, um telefone, um aplicativo de mensagens, uma rede social… um capacete. Você entende como as coisas da comunicação só se complicam?
É… comunicar-se não é fácil…
Don’t let the sun go down on me
Elton John
Bernie Taupin
I can’t light no more of your darkness
All my pictures seem to fade to black and white
I’m growing tired and time stands still before me
Frozen, here on the ladder of my life
Too late to save myself from falling
I took a chance and changed your way of life
But you misread my meaning when I met you
Closed the door and left me blind by the light
Don’t let the Sun go down on me
Although I search myself, it’s always someone else I see
I’d just allow a fragment of your life to wander free
But losing everything is like the Sun going down on me
I can’t find, oh, the right romantic line
But see me once and see the way I feel
Don’t discard me just because you think I mean you harm
But these cuts I have, oh, they need love to help them heal
Não deixe o sol se por sobre mim
Não posso mais iluminar sua escuridão
Todas as minhas fotos parecem desbotar para preto e branco
Estou ficando cansado e o tempo parou pra mim
Congelado, aqui nas escadas da minha vida
Tarde demais pra evitar a minha queda
Eu arrisquei e mudei seu modo de viver
Mas você me entendeu mal quando te conheci
Fechou a porta e deixou-me cego pela luz
Não deixe o Sol se pôr sobre mim
Embora eu procure a mim mesmo, é sempre um outro alguém que vejo
Eu permitiria que apenas um fragmento da sua vida vagasse livre
Mas perder tudo é como se o Sol apagasse pra mim
Eu não consigo encontrar, oh, a frase romântica certa
Mas basta olhar pra mim pra entender o que eu sinto
Não me descarte só por que você acha que quero te machucar
Essas feridas que tenho, oh, elas precisam de amor para cicatrizarem
Que maravilha… você ouve “Don’t let the sun go down on me”, uma balada escrita por Elton John e Bernie Taupin que fala sobre a dor de estar sozinho e a sensação de vazio que vem com isso.
O próprio título da canção tem um significado profundo; o sol representa um dia ou uma era na vida de uma pessoa, enquanto a escuridão simboliza o fim dessa era.
A intepretação é de ninguém menos que George Michael, que emociona e encanta….
Vamos a um pouquinho de neurociência para entender como as pessoas interagem entre si?
Os códigos simbólicos compartilhados no cérebro são a fonte de toda comunicação. O pensamento nunca é transmitido diretamente entre indivíduos. Fala, escrita, música, pintura, dança, teatro, design e psicoterapia são formas de arte, uma espécie de arte, que é um processo parcial pelo qual um indivíduo projeta uma história humana por meio de um código simbólico. A arte é uma ferramenta de comunicação. É a criação de imagens no cérebro que permite a você projetar drama humano dentro dos limites de uma forma de arte.
Por exemplo, este podcast. Entendeu? Eu estou contanto para você neste podcast algumas histórias. Você as está processando em seu cérebro, dando a elas cores, ambientação, tensão ou alívio, conforme o seu repertório de experiências. Lembra da história dos astronautas ali, como a gente ambientou aquilo pra você sentir naquela angústia daquele momento? Ao final deste episódio eu e você teremos construído algo juntos. Eu contei uma história, você a materializou em sua mente. Eu sei o que contei, mas não sei como você materializou. Por isso este é um trabalho em equipe, sacou? Não é o meu podcast Café Brasil, é o nosso… que é diferente do dele.
Arte e comunicação são sinônimos. Os enquadramentos artísticos têm muitos códigos simbólicos. Um código de arte compartilhado permite que os pensamentos sejam transmitidos expressivamente e recebidos receptivamente. Não podemos nos comunicar se você e eu não compartilhamos os códigos. Não temos um código comum se eu falar português e você, francês.
Imagine se eu tocar música e transmitir a comunicação emocional usando uma escala musical ocidental – tom inteiro, tom inteiro, meio tom, tom inteiro, tom inteiro e meio tom.
E se seu repertório for de música oriental?
Ambos estamos falando por música, mas não teremos comunicação se as músicas forem de escalas diferentes. Isso dará um som de ruído ou de dissonância.
E é exatamente assim com a comunicação.
A narrativa humana é composta por pessoas que contam histórias; isso inclui relacionamentos, solidão, atividade, pensamento e sentimentos. A matéria da história humana é aplicável a todos. Eu posso entrar em um transe parcial e expressivamente transmitir uma história da minha imaginação se você e eu compartilharmos os códigos simbólicos específicos de uma forma de arte. E você pode entrar em um transe parcial para sentir o que eu estou contando, viver o que eu estou contando e absorver receptivamente.
A partir de minha bolha de consciência, eu continuo em estado de transe, e você está aí no seu. A fronteira que nos separa é completa e impenetrável. Uma transmissão mágica direta de pensamentos de uma pessoa para outra, ainda não existe. A arte é o único meio pelo qual estamos sempre comunicando uns com os outros. Ao mesmo tempo em que estamos totalmente separados, este é o veículo que permite que minha imaginação se comunique com sua imaginação.
Dentro de nossa bolha de consciência impenetrável, cada um de nós vive as pessoas e histórias de nossas peças internas. Como diabos eu posso transmitir o conteúdo deste podcast para você? Como é que você interpreta o que escrevo e narro? Vamos considerar a escrita e a narração deste podcast como uma forma de arte de comunicação. Quais processos estão envolvidos na aparente unificação de nossas mentes, hein?
Você está ouvindo este episódio, que foi escrito a partir da minha imaginação. Nós dois desenvolvemos um alto nível de linguagem simbólica e de mapeamentos de leitura, escrita e audição em nossos córtices de escrita fonética em português. Eu crio um código visual simbólico de vinte e seis letras que traduz uma variedade de ideias, imagens e contos que vêm da minha imaginação. Esses símbolos sob forma de narração representam a codificação de meu trabalho. Por meio da sua imaginação, você absorve por áudio essa informação codificada e a transforma em ideias, imagens e histórias.
Emissor, receptor. Com um monte de ruídos no meio…
Cara, sempre que é hora de manutenção do meu veículo eu tenho aquelas dúvidas de todos nós. Qual é o produto que eu escolho, hein? E como eu não sei muito sobre manutenção de automóveis, sabe o que que eu faço? Eu procuro quem me traz confiança.
Por isso, quando se trata de peças para automóveis, motos e caminhões, eu vou de Nakata, sabe por quê, hein? Porque a Nakata entrega alta performance na reta, na curva, na subida…em qualquer caminho. E principalmente porque não sou só eu que estou falando, não. Pode perguntar para o seu mecânico de confiança.
Amortecedores, componentes de suspensão e direção, certeza que ele vai dizer que a marca é Nakata. Sabe porquê?
Oras: porque é Nakata!
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Tudo azul, tudo Nakata.
Eu sou o filme que estou contando aqui. Também sou a fonte do filme que você recebe. Você reproduz o meu filme em sua mente. Ao usar o código do idioma que uso neste podcast, eu projeto ou libero o conteúdo da minha imaginação e da minha consciência. Você cria o código do seu lado ouvindo e introduzindo o conteúdo da minha consciência. Você entra em um estado de transe por causa da audição. Você ouve o meu filme…. e o assiste em sua mente. Você está em um estado de transe parcial enquanto ouve e, em grande parte, não está ciente do mundo que o rodeia. Sua atenção está concentrada no mundo da audição. Sua maneira de ouvir é uma reprodução receptiva de minha criação expressiva. Sua imaginação cria ideias, histórias e imagens que você vê e ouve na sua mente. Você me deu o poder de usar sua imaginação para escrever e ler o código e moldar o meu conteúdo.
Percebe o poder disso? Percebe a sua responsabilidade no processo? Como é importante o seu repertório?
Se eu não tiver ideia de seu repertório de experiências, da cultura do idioma que temos em comum, da sua capacidade de compreender referências, talvez eu me torne incompreensível. Como se estivesse apresentando para você, brasileiro, uma música indiana…
Cara, a música indiana é um barato… mas a gente não entende nada…
Deixe-me tomar como exemplo a escrita ideograma das línguas asiáticas, que é muito diferente da escrita fonética das línguas europeias, ou sul americanas ou americanas. Os dois códigos são totalmente diferentes. “Es-cri-ta fo-né-ti-ca” é um exemplo de escrita fonética, que usa uma combinação de vinte e seis símbolos de letras para representar unidades de som (fonemas) que representam o som de sílabas e palavras.
O processamento visual, auditivo e de linguagem é usado para mapear o cérebro para este código simbólico. Já a escrita japonesa e chinesa é bastante diferente. Ela usa ideogramas, que são milhares de representações visuais simbólicas de conceitos ou objetos em si mesmos. Os ideogramas não representam os sons das palavras em uma língua particular. Eles podem representar uma coisa ou uma ideia de forma visual sem usar linguagem ou som. Os símbolos são de natureza visual apenas. O ideograma de “menina” representa uma menina. O símbolo do “gato” é um gato. Como resultado, um autor chinês poderia escrever um livro que os leitores japoneses poderiam ler se os ideogramas chineses e japoneses fossem idênticos. Ele forneceria a linguagem e o som do japonês para esses símbolos visuais puramente linguísticos. Um leitor japonês poderia ler um livro escrito por um autor chinês, mas eles não poderiam se comunicar. Trabalhamos com nossos símbolos numéricos. Uma língua não pode representar a coisa, mas os números podem.
Eu vejo um número “3” e digo “três”. Um francês vê um três e diz “trois”
Sacou? Ambos sabemos que é um três, mas não podemos nos comunicar, pois o “trois” dele não existe em meu repertório, nem o meu “três” no repertório dele.
Onde quero chegar então? Na complexidade do processo de comunicação, ele é muito complexo. Nunca é fácil.
Existem quatro princípios fundamentais da comunicação, que são esses aqui, ó:
- A mensagem enviada não é necessariamente a mensagem recebida
- É impossível não se comunicar, mesmo que você tente não se comunicar
- Toda mensagem traz tanto conteúdo quanto sentimentos
- Sinais verbais não são tão confiáveis quanto sinais não verbais.
É instigante, não é? Pois é. Vou desenvolver mais sobre esses quatro princípios na parte de bônus para assinantes, depois do final deste episódio aqui. Ah, ficou curioso,é?
Ah, que pena. Não é assinante? Então acesse canalcafebrasil.com.br e faça rápido uma assinatura. Os planos começam em 12 reais por mês, cara. Quase o preço de uma garrafa de cerveja quente na balada…
Para ouvir no rádio (Luciana)
Jorge Ben Jor
Eu vou fazer uma canção singela
Pra você se lembar de mim, quando ouvir rádio
Em ondas médias, em ondas curtas
E freqüência modulada pra você se lembrar de mim
Quando ouvir no rádio
Mas se você não puder ouvir
Por falta de tempo ou por falta de rádio
Alguém há de passar cantando assobiando
Perto de você
Mas se depois disso tudo
Você não conseguiu ouvir
Porque não quis ou por algum problema
Subirei, descerei; o morro novamente
Como um guerreiro, vencedor
Cantando o meu hino de amor
Luciana, Luciana, Luciana
Luciana, Luciana
E é assim então, ao som de Para ouvir no rádio, de e com o grande Jorge Benjor, que vamos saindo no embalo… Cara, como o Benjor é bom…
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O Café Brasil é produzido por quatro pessoas. Eu, Luciano Pires, na direção e apresentação, Lalá Moreira na técnica, Ciça Camargo na produção e, é claro, você aí, que completa o ciclo.
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E para terminar a parte gratuita deste episódio, já que os assinantes vão receber um bônus na sequência, uma frase da escritora Anna Sui:
A gente escuta mal. Compreende o que o outro não disse, entende o que a pessoa falou antes que ela termine de dizer. Interrompe o que o outro está dizendo pra falar o que pensamos do que se supõe que ele dirá. Entender é grave.