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Luciano Pires -

Você que pertence ao agronegócio ou está interessado nele, precisa conhecer a Terra Desenvolvimento.

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Há 25 anos colocando a inteligência a serviço do agro. 

Você ouviu um trecho da animação da Disney “A Bela e a Fera”, de 1991. Bela, a protagonista, é uma ávida leitora com uma paixão por livros, o que lhe proporciona uma mente aberta e uma visão ampla do mundo. Quando a Fera, querendo dar um presente a Bela, a leva à sua gigantesca biblioteca, provoca um ponto de virada no relacionamento dos dois, mostrando como o compartilhamento de conhecimento e paixão pela leitura pode conectar as pessoas.

A excitação de Bela ao ver todos aqueles livros simboliza o valor de um repertório intelectual: a curiosidade, o desejo de aprender e a maneira como os livros podem nos levar a mundos desconhecidos e enriquecer nossas vidas.

É uma cena encantadora que destaca a importância de um repertório intelectual rico, embora de uma forma mais sutil e simbólica.

Repertório é a pegada do episódio de hoje.

Bom dia, boa tarde, boa noite. Você está no Café Brasil e eu sou o Luciano Pires. Posso entrar?

“Salve Luciano. Bom dia, boa tarde, boa noite. Aqui é o Júlio de São Paulo. Acompanho já o seu trabalho há bastante tempo, desde que você lançou o livro Brasileiros Pocotó.

De lá pra cá já li vários livros seus incluindo o último, Merdades e Ventiras. Tenho a honra de ter um exemplar autografado.

O que me motivou a mandar este áudio, foi o último episódio 909, O efeito do esquecimento em que você fala a respeito da falta de confiabilidade das informações veiculadas na imprensa.

Eu posso dizer que eu conheço bem a respeito, de dois assuntos com os quais eu tive e tenho ainda atividade profissional. Um deles é a música, já fui músico profissional por alguns anos. Continuo tendo atividade, mas hoje mais como hobby.

E na área de engenharia elétrica, eletrônica, atuo com eletrotécnica, eletrônica de potência já há uns trinta anos. Então dá pra dizer que eu conheço um pouco, né?

E sobre esses assuntos, o que eu já li e ouvi de besteira, é uma coisa inacreditável. E você… o que me põe pra pensar é o seguinte: se eu consegui identificar tremendas besteiras a respeito de assuntos que eu conheço, e os assuntos que eu não conheço? Simplesmente, tomo como verdade, fica por isso?

Então, o que você falou no episódio tem tudo a ver com o que eu já penso há bastante tempo, né?

Eu vou citar um exemplo aqui que aconteceu, eu não lembro bem, acho que foi em 2009, 2010, mais ou menos. Houve um blackout em São Paulo no final da noite por volta de dez e meia, onze horas da noite, e na época tinha uma isenção de imposto na linha branca, estava vendendo muita geladeira, fogão e aí, eu estava ouvindo uma rádio de notícias que era a rádio de maior audiência, não sei se é ainda, e uma das jornalistas que trabalhava lá, uma senhora de muito prestígio. Faz tempo que não ouço falar nada dela, acho que ela já deve ter aposentado.

Mas, ela entrou ao vivo falando do apagão, e dizendo que aconteceu o apagão porque estava vendendo muita geladeira. Eu ouvi aquilo e falei: não é possível que a mulher tenha falado uma coisa dessas, cara!

E aí, procurei o e-mail dela, pra escrever pra ela e falar: olha, a senhora está dando uma informação errada. Não é nada disso. A senhora é uma pessoa que tem credibilidade e por isso a senhora tem obrigação de passar a informação correta pras pessoas e não desinformação.

Falei ali, fiz todas as minhas considerações e, lógico, que não veio resposta nenhuma. Aquilo que ela falou ficou por ali mesmo e acabou.

Então, só estou dando esse exemplo pra dizer que, realmente, não dá pra confiar, a gente tem que fazer o filtro mesmo, e buscar várias fontes e buscar informação em locais que a gente confia mesmo e conseguir entender.

Bem o que o Mota falou no texto dele lá:  se você está vendo coisa que você não pode confiar, escrito no jornal, escrito sobre coisas que você conhece, então, nem leia o que você não conhece, porque não vai ser confiável também.

Então é isso. É só pra fazer essa ilustração, agradecer pelo episódio, agradecer por todo conteúdo que você faz e grande abraço pra você e seus colaboradores, vida longa ao Café Brasil. Valeu!”

Grande Julio, me acompanha desde o Brasileiros Pocotó? Então são 20 anos, que loucura… Olha, essa ideia de que temos de ter o olhar crítico sempre com as informações que nos chegam, está se mostrando mais importante a cada dia, viu? Filtrar o alimento intelectual que damos ao nosso cérebro é a única proteção para não sermos transformados, como é que eles falam mesmo? Em gado. É sobre isso também o programa de hoje.

O comentário do ouvinte agora é patrocinado pela Livraria Café Brasil, e o Julio ganhou um livro. Deixa eu ver… Pronto. Psicopatas Domésticos, da Renata Silbert, que eu acabo de entrevistar no LíderCast. Neste livro, Renata nos apresenta um fenômeno que hoje assola todas as sociedades, e que tem cada vez mais vindo à tona: a psicopatia. As vítimas estão perdendo o medo de falar sobre os abusos, e buscam cada vez mais informações que as ajudem a compreender o que é este “aquilo” que elas estão vivendo, mas que não sabem nomear. Esse livro ajuda a entender o comportamento de muita gente que você conhece… Já sabe, né? livrariacafebrasil.com.br.

Julio, mande um whatsapp pra gente no 11 96429 4746, pra combinar a remessa do livro. Muito obrigado!

Muita gente me pede pra fazer mais programas musicais, pra sofisticar isso ou aquilo, pra me dedicar mais ainda aos podcasts, o que eu faria de bom grado se eu tivesse tempo pra me dedicar, exclusivamente, à produção dos podcasts.

O problema é que eu não tenho, eu preciso fazer outros tipos de trabalhos que não são tão legais quanto isso aqui que eu amo fazer, porque senão não tem grana, cara.

Então, eu vou viajar o Brasil palestrando, vou fazer consultorias, estou fazendo uma pancada de coisas que eu trocaria de bom grado por fazer podcast, se rendesse o suficiente pra sustentar toda essa estrutura aqui.

Só tem um jeito disso acontecer. É se todo mundo que gosta e que curte o Café Brasil, que está sentado e que escuta a gente gratuitamente há sei lá quantos anos, tirar o escorpião do bolso, entrar no canalcafebrasil.com.br e fizer uma assinatura do Café Brasil.

Ah! Mas eu não consumo. Cara, não é pra consumir, bicho. É pra ajudar a gente a financiar esse projeto aqui. Continue consumindo como você faz, ouça só o gratuito, não precisa nem entrar lá no portal pra consumir o conteúdo extra que tá lá dentro que é gigantesco.

Mas, tornando-se assinante você está ajudando a manter algo que você diz que ama. Se diz que ama, acho que merece, né?

Vai, dá uma paradinha aí, acesse canalcafebrasil.com.br, torne-se um assinante. A gente espera aqui.

Olha, eu coloquei o título neste episódio como “tá ligado?” porque, para mim, essa expressão representa um momento de profunda superficialidade cultural na sociedade. As pessoas não têm mais repertório nem linguístico e nem intelectual para interpretar, organizar e expressar suas ideias sobre o mundo. Tá ligado?

Vivemos um tempo de repertório miserável.

A definição do termo “repertório” é: “Uma lista”. Mas palavras isoladas não têm significado, têm definições. O significado só é fornecido às palavras quando as colocamos num contexto. É assim com “repertório”. Pode ser uma lista de canções que um músico sabe interpretar… pode ser uma coleção de peças de teatro… pode ser uma coleção de instruções para um robô funcionar. Tude depende de onde você está usando o termo.

“Repertório” vem do latim “repertorium”, que significa “inventário” ou “índice”. A palavra é derivada de “reperire”, que significa “encontrar” ou “descobrir”. Historicamente, um repertório era um livro ou registro onde informações eram compiladas para serem consultadas com facilidade. Com o tempo, o significado foi expandido para incluir qualquer coleção ou lista de obras, habilidades ou conhecimentos que uma pessoa ou grupo pode ter.

Em contextos modernos, repertório é frequentemente usado como um conjunto de peças, obras, ou números que artistas, como músicos, atores, ou dançarinos, estão preparados para apresentar. No âmbito de habilidades ou conhecimentos, tem a ver com o conjunto de recursos ou técnicas disponíveis para um indivíduo ou grupo em um determinado campo ou atividade. É essa a definição que interessa para o episódio de hoje.

Ter um repertório com uma variedade de conhecimentos e habilidades de todo tipo, uma mistura de tudo aquilo que você sabe e consegue fazer, um repertório intelectual rico, é extremamente importante. Quanto mais coisas você sabe, sobre mais assuntos diferentes, melhor você se vira em várias situações.

E aqui, cara é impossível não recorrer à metáfora da caixa de ferramentas do Rubem Alves.

O corpo carrega duas caixas. Na mão direita, leva uma caixa de ferramentas. E na mão esquerda leva uma caixa de brinquedos. (…) Nossa inteligência se desenvolveu para compensar nossa incompetência corporal. Inventou melhorias para o corpo: porretes, pilões, facas, flechas, redes, barcos, jegues, bicicletas, casas… Disse Marshall McLuhan corretamente que todas as ferramentas que inventamos são extensões do corpo: meios para se viver. Sem ser dotado de força de corpo, pela inteligência o homem se transformou no mais forte de todos os animais, o mais terrível, o mais criador, o mais destruidor. O homem tem poder para transformar o mundo num paraíso ou num deserto.

A primeira tarefa de cada geração é passar aos filhos, como herança, a caixa de ferramentas. Para que eles não tenham de começar da estaca zero.

Muitas ferramentas são objetos: sapatos, escovas, facas, canetas, óculos, carros, computadores. Os mestres apresentam tais ferramentas aos seus filhos e lhes ensinam como devem ser usadas. Com o passar do tempo muitas ferramentas se tornam obsoletas. Quando isso acontece, elas são retiradas da caixa e esquecidas por não terem mais uso.

Outras ferramentas são as habilidades. Andar, falar, construir. (…) A ciência é uma enorme caixa de ferramentas e, mais importante que suas ferramentas, um saber de como se fazem as ferramentas. O uso das ferramentas que já existem pode ser ensinado. Mas a arte de construir ferramentas novas, para isso há de se saber pensar. A arte de pensar é a ponte para o desconhecido. Na caixa das ferramentas, ao lado das ferramentas existentes, mas num compartimento separado, está a arte de pensar.

Diante da caixa de ferramentas, o professor tem de se perguntar: “Isso aqui que eu estou ensinando é ferramenta para quê? Para que serve?” Se não houver resposta, pode estar certo de uma coisa: ferramenta não é.

É… Rubem Alves transformava o quotidiano em poesia…

E como é com você, hein? Se a sua caixa de ferramentas só tem um martelo, um alicate e uma chave de fendas, você vai penar para resolver certos problemas do dia a dia, que precisam de uma furadeira, um serrote, uma lima, um pé-de-cabra, uma chave de boca, um saca-rolhas… entendeu? Quanto mais ferramentas você tem em sua caixa, mais recursos terá para resolver problemas. Com nossa mente é assim: que tamanho é seu repertório intelectual, hein? A soma das experiências, dos livros, das viagens, dos encontros, que permite a você compreender a riqueza da vida? Ou você é aquele fedelho de 14 anos dando lições no Youtube sobre como viver uma vida plena, ou como praticar a liderança de equipes?

Vou comentar aqui então um filme, preste atenção:

“O filme foi muito triste e me fez chorar, tá ligado?”

Certo, entendi. Agora vou melhorar usando um repertório linguístico mais rico:

“A narrativa do filme me despertou uma profunda gama de emoções. As cenas provocaram um turbilhão de sentimentos, desde melancolia até empatia intensa. O resultado foram lágrimas que fluíram naturalmente diante da tela.”

E aí? Essa segunda narrativa é o mesmo que “O filme foi muito triste e me fez chorar, tá ligado?”

“Vou viajar para o Nepal. Mal posso esperar.” Taí, curto e grosso.

Agora ouça… “Estou prestes a embarcar em uma jornada para um destino que promete descobertas enriquecedoras, o Nepal. Tô misturando ansiedade com expectativas, esperando a imersão nas maravilhas que me aguardam naquelas montanhas.”

É diferente ou não é?

“Hoje está chovendo muito. Eu não gosto de dias assim, tá ligado?”

Tá bem, dei o recado, todo mundo entendeu. Agora com repertório.

“Neste dia, uma fina cortina de chuva envolve a paisagem, criando um ambiente aconchegante para contemplação. As gotas, em sua dança fluida do céu à terra, transformam a atmosfera em uma sinfonia tranquila, convidando à reflexão. É uma sensação que nos leva ao recolhimento, mas eu prefiro estar mais ativo, compreende?”

Falei a mesma coisa, usando mais recursos. Tem gente que prefere a primeira fala, sem repertório, que foi direto ao ponto, plá plum. Mas na segunda fala cara, eu peguei você pela mão e carreguei numa jornada. Descrevi a realidade, carreguei você comigo, talvez até lhe emocionando.

Meu repertório, que vai muito além do “tá ligado”, me permite escolher palavras mais precisas e detalhadas. Assim eu enriqueço a comunicação e transmito muito mais significados e emoções.

Ah, mas você tá com pressa, é? Então bota pra ouvir na velocidade 2 aí, vamos ver

Agora, pense em situações variadas da vida, como uma conversa com amigos, um problema complicado no trabalho, ou até mesmo entender uma referência numa série que todo mundo está comentando. Se você tem um repertório intelectual rico, consegue participar de mais conversas, entender melhor as piadas e as referências culturais, e até solucionar problemas de formas que ninguém mais tinha pensado. É como se você tivesse mais caminhos disponíveis no seu mapa mental, enquanto quem tem um repertório mais limitado pode acabar dando voltas sem sair do lugar.

Que aflição, né cara? Pois é, tem gente que ouve podcasts assim, acelerado, para conseguir consumir mais conteúdo em menos tempo, achando que com isso bota mais ferramentas na caixa… Não, meu. É como comida: se você come rápido, pode ter diversos problemas de saúde. Indigestão, refluxo, sobrepeso e obesidade, menor satisfação com a refeição, risco elevado de desenvolver diabetes tipo 2 e maior probabilidade de síndrome metabólica. Praticar a alimentação consciente, comendo devagar e apreciando cada mordida, pode ajudar a evitar esses problemas e melhorar a saúde digestiva e geral.

O mesmo vale para o alimento intelectual. Se você come conteúdo rápido demais, pode ter uma “indigestão intelectual”. Sem tempo para reflexão, o conhecimento pode se tornar superficial, não vai satisfazer a fome da verdadeira compreensão. Comer apressadamente informações pode inflar o ego com fatos, mas deixar a sabedoria desnutrida.

Assim como a alimentação consciente nos ensina a saborear cada mordida, a aprendizagem deliberada nos incentiva a valorizar cada pedaço de conhecimento, permitindo que ele nos nutra e nos transforme profundamente.

Tá ligado?

Por enquanto
Renato Russo

Mudaram as estações e nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente
Se lembra quando a gente
Chegou um dia acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber que o pra sempre, sempre acaba
Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém, só penso em você
E aí então estamos bem
Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar
Agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa
Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar
Agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa

Ah, que delícia… Cassia Eller com Por enquanto, do Renato Russo, trazendo uma reflexão sobre mudanças…

Se lembra quando a gente
Chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber
Que o pra sempre
Sempre acaba?

Aprender coisas novas e explorar áreas desconhecidas é uma maneira ótima de manter o cérebro ativo e saudável. Isso ajuda a gente a ver o mundo por vários ângulos diferentes, a entender melhor as pessoas ao nosso redor e até a nos entender melhor. Sem falar que é muito gratificante aquele momento “eureka”, quando você conecta pontos de áreas diferentes e tudo passa fazer sentido.

Basicamente, quanto mais você sabe, mais conectado ao mundo se sente, e isso pode abrir portas em todos os aspectos da vida, desde oportunidades de trabalho até novas amizades e hobbies.

Resumindo: um repertório rico nos traz uma matéria prima que é imprescindível e anda em falta: referências, que nos ajudam a entender o contexto.

Ahahahahahahah…sem sacar a referência cara, você acaba de perder a chance de dar uma boa risada.

Aproveitando a deixa, começamos 2024 com tudo em minha Mentoria MLA – Master Life Administration, que é um programa de treinamento contínuo em que reunimos pessoas interessadas em conversar sobre temas voltados ao crescimento pessoal e profissional. Sabe qual é a intenção? Melhorar nosso repertório, nossa capacidade de comparar e avaliar as diferentes versões da realidade que nos são servidas todos os dias. No MLA formamos um círculo de honra e confiança entre pessoas que buscam o bem comum. É um círculo de conspiradores.

Ainda temos vagas disponíveis, se você se interessa em estar comigo, acesse mundocafebrasil.com e clique no link para saber mais.

E se você é assinante do Café Brasil agora vem o conteúdo extra. Se não é assinante, vamos partir para o fechamento.

Então vamos lá. Para ter esse repertório bem variado, é preciso estar num estado de permanente curiosidade e querendo aprender mais. Você entendeu? Nada vai cair no seu colo de graça… pô, acho que só o Podcast Café Brasil é que vai de graça, cara…

É bom se mexer e fazer algumas coisas, como:

– Ler de tudo um pouco: não ficar só naquele tipo de livro ou assunto que você já gosta. Atire-se em histórias diferentes, autores novos, assuntos que nunca explorou.

– Continue estudando: faça cursos, assista a palestras online, ou até participe de grupos de estudo sobre temas variados. Procure aprender sobre lifetime learning. Aliás, quem assina o Café Brasil, tem tudo isso.

– Curta arte e cultura: vá a museus, assista a peças de teatro, ouça músicas de estilos diferentes, viaje quando der. Tudo isso te dá uma visão mais ampla do mundo. Mais ferramentas na tua caixa.

– Converse com gente diferente: trocar ideias com pessoas que pensam diferente de você ou que vêm de outros lugares ajuda a abrir a mente. Se você ficar só no meio da patota, só vai rolar assunto da patota.

– Pense sobre aquilo que você aprendeu: não é só acumular informação não, cara. É importante parar e refletir sobre o que aquilo significa, fazer conexões. É mágico.

Resumindo, não seja um boca aberta dãããããããããã, sabe por quê? Porque tudo isso deixa você mais esperto para resolver problemas. Quanto mais amplo é o seu repertório, mais maneiras diferentes tem para pensar em soluções.

Você desenvolve a habilidade de entender melhor os outros. Sabendo mais sobre várias culturas e jeitos de pensar, fica mais fácil se colocar no lugar das pessoas.

Você consegue ter ideias mais criativas. Misturando tudo o que sabe, você pode ter ideias novas e diferentes para qualquer coisa, seja no trabalho ou na vida pessoal.

Um repertório rico prepara para mudanças. O mundo muda rápido, e ter uma variedade de conhecimento ajuda a se adaptar mais fácil.

Além disso, aprender coisas novas é divertido, cara e faz você se sentir bem, explorando o que você gosta e do que é capaz.

Tá ligado?

Oito anos
Paula Toller

Por que você é Flamengo
E meu pai Botafogo
O que significa
“Impávido Colosso”?
Por que os ossos doem
Enquanto a gente dorme
Por que os dentes caem
Por onde os filhos saem

Por que os dedos murcham
Quando estou no banho
Por que as ruas enchem
Quando está chovendo
Quanto é mil trilhões
Vezes infinito
Quem é Jesus Cristo
Onde estão meus primos

Well, well, well
Gabriel…
Well, well, well
Well

Por que o fogo queima
Por que a lua é branca
Por que a Terra roda
Por que deitar agora
Por que as cobras matam
Por que o vidro embaça
Por que você se pinta
Por que o tempo passa

Por que que a gente espirra
Por que as unhas crescem
Por que o sangue corre
Por que que a gente morre
Do qué é feita a nuvem
Do qué é feita a neve
Como é que se escreve
Reveillón

Pois é, e assim ao som de Adriana Calcanhoto com Oito Anos, vamos saindo cheios de curiosidade…

Olha… a metáfora com a comida é muito boa. Se você gosta de cozinhar, sabe que essa arte não é só sobre seguir receitas. Saber um pouco sobre a cultura de cada prato, os ingredientes, a química de como as coisas se misturam, e até um pouco de história, pode tornar o ato de cozinhar uma experiência muito mais rica.

Saber um pouco sobre a cultura de cada um, as origens, como as ideias se misturam, e até um pouco de história, pode tornar o ato de pensar uma experiência muito mais rica.

Sai da caixa, meu. Amplie seu repertório. Eu vou reiterar aqui meu convite: junte-se ao Café Brasil: canalcafebrasil.com.br.  Tá até ficando chato. Mas vai ser muito mais ainda. Escolha um plano e venha para o barco, ampliar seu repertório.

O Café Brasil é produzido por quatro pessoas. Eu, Luciano Pires, na direção e apresentação, Lalá Moreira na técnica, Ciça Camargo na produção e, é claro, você aí, que completa o ciclo.

De onde veio este programa tem muito mais. E se você gosta do podcast, imagine uma palestra ao vivo. E eu já tenho mais de mil e cem palestras no currículo. Quer repertório? Eu tenho. Conheça os temas que eu abordo em mundocafebrasil.com.

Mande um comentário de voz pelo WhatSapp no 11 96429 4746. E também estamos no Telegram, vem lá no Telegram, cara, muito conteúdo no telegram, com o grupo Café Brasil. Entra lá. Grupo Café Brasil.

E para terminar, que tal uma frase do escritor Nassim Nicholas Taleb?

“Eles acham que inteligência é perceber que as coisas são relevantes. Mas em um mundo complexo, a inteligência consiste em ignorar coisas que são irrelevantes.”