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Luiz Alberto Machado - Iscas Econômicas -

Ilhas de excelência

 

“Do Dante Alighieri sairão

Os mais valorosos pioneiros,

Que pela taba espalharão

Como galhardos vanguardeiros

Todo o saber de Sul a Norte,

E a Pátria neles sentirá

Todo o valor da gente forte,

Que pela gleba marchará.”

 

Do hino do Dante Alighieri

(Versos: Aplecina do Carmo

Música: Maestro Salvador Callia)

As deficiências da educação brasileira são notórias e amplamente divulgadas não apenas por especialistas, mas pela mídia em geral. Eu mesmo já me referi a este assunto em diversos artigos, palestras, entrevistas ou comentários em diferentes canais em que tenho a oportunidade de me pronunciar.

Felizmente, porém, existem ilhas de excelência, com bons exemplos encontrados em escolas, faculdades, instituições e projetos isolados espalhados pelo País, até mesmo em estados que não se encontram entre os mais ricos, como é o caso do Ceará.

Por razões distintas, participei nos últimos dias de dois eventos em verdadeiras ilhas de excelência do nosso universo educacional.

Na sexta-feira, dia 22, estive na Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA-USP), participando da abertura da exposição “Uma viagem pela história do pensamento econômico: a Biblioteca Delfim Netto”, em comemoração aos dez anos da inauguração da referida biblioteca, cujo acervo de aproximadamente 200.000 volumes foi doada à instituição pelo Prof. Antonio Delfim Netto, que lá se formou e onde iniciou a carreira docente.

Havia alguns anos que não ia à USP e, nesse sentido, foi muito bom ser recepcionado pelas professoras Maria Dolores Montoya Dias e Maria Sylvia Macchione Saes, respectivamente diretora e vice-diretora da FEA, e por Fabiana Delfim, filha do eminente professor, e rever entre os presentes verdadeiras referências da economia brasileira entre as quais José Pastore, Carlos Antonio Rocca, Eduardo Carvalho, Carlos Antonio Luque, Francisco Vidal Luna, Felipe Salto e Eduardo Giannetti da Fonseca, a quem coube fazer importante depoimento sobre o legado de Delfim Netto e a relevância de sua biblioteca. Embora tenha estado na USP por pouco tempo, não foi difícil entender a razão pela qual a universidade é considerada a melhor da América Latina de acordo com a 13ª edição do QS World University Ranking, divulgado em meados de setembro. No relatório da QS Quacquarelli Symonds, especialista global em educação superior, as 10 melhores universidades latino-americanas brasileiras são:

  1. Universidade de São Paulo (USP) – Brasil
  2. Pontifícia Universidade Católica do Chile (UC) – Chile
  3. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Brasil
  4. Tecnológico de Monterrey – México
  5. Universidade do Chile – Chile
  6. Universidade de Los Andes – Colômbia
  7. Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) – México
  8. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Brasil
  9. Universidade de Buenos Aires (UBA) – Argentina
  10. Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) – Brasil

O relatório destacou como pontos fortes das universidades brasileiras os seguintes:

  • “nível excepcional de treinamento de corpo docente”, por causa do número de professores com doutorado;
  • volume significativo de pesquisas de “alta qualidade”,com “intensa colaboração internacional” (como o artigo da USP sobre o uso da “terra preta” da Amazônia para combater o desmatamento);
  • reputação “excelente” da USP entre empregadores;
  • bom tamanho de turmas, como no caso da Universidade de Pernambuco (UFPE).

Ben Sowter, vice-presidente sênior da QS, declarou que “o sucesso do Brasil é um testemunho bem-vindo da resiliência de seu sistema de ensino superior, que tem enfrentado desafios de financiamento nos últimos anos.

No sábado, dia 23, participei do almoço comemorativo aos 50 anos de formatura dos alunos que concluíram o colegial (atual ensino médio) em 1973, oferecido pelo Colégio Dante Alighieri.

Tratou-se de um evento marcado pela emoção de reencontrar colegas das diversas turmas dos cursos científico (exatas e biológicas), clássico e normal. De cerca de 400 alunos que se formaram naquele ano, foi possível identificar aproximadamente 250, na esmagadora maioria presentes ao evento. Forma identificados também 36 colegas falecidos, cujos nomes foram mencionados num momento de respeitosa homenagem.

Começamos fazendo um tour pelas dependências do colégio, que ocupa espaço privilegiado nas imediações da Av. Paulista, em frente ao Parque Trianon. Nesse tour, pudemos posar para fotos no famoso “sino”, símbolo do colégio, e testemunhar não apenas a ótima qualidade das salas de aula, dos laboratórios e das quadras esportivas, mas também algumas novidades incorporadas nesse meio século, com destaque para  o Museu de Arte Natural, que conta com mais de mil peças em exposição, oferecendo acesso a diversas vertentes do conhecimento, como exemplares completos e partes de diversos mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes ósseos, dioramas da Mata Atlântica e Cerrado brasileiros; fósseis. painéis de explosão da vida na Terra; processo de fossilização; mantenedouro com animais terrestres, dulcícolas e marinhos, entre outros. Assim, contando com a criatividade dos professores, aulas comuns acabam se transformando em grandes aventuras, atraindo o interesse e a atenção dos estudantes, aspecto essencial de qualquer projeto educacional contemporâneo bem-sucedido.

Como bem observou Andrea Guasti em inspirado texto postado num  dos grupos de WhatsApp criados para a ocasião: “Dante Alighieri 50 anos. Nos preparamos por meses… O dia chegou e como adolescentes indo para a primeira festa fomos entrando no que foi nosso segundo lar por alguns anos. Recebemos crachás de lindas moças e rapazes cabeludos, que não entendiam porque estavam sendo pendurados nos pescoços destes avôs. Mais alguns passos e a ampulheta virou e retornamos no tempo, as paredes, o sino, o pátio são os mesmos, de volta ao passado somos nós nos crachás. As memórias regressam: do recreio; das brincadeiras; dos pássaros empalhados pelos corredores; do suplício da chamada à lousa fazer um exercício; dos suspiros das moças nas janelas e dos rapazes enquanto elas sobem as escadarias; dos primeiros amores; do convívio diário das amizades de irmãos. O tempo não passou, as conversas brotam entre lembranças e a curiosidade do que se fez neste último meio século. Agora mais relaxados, desarmados, o que se conseguiu está feito. Vale curtir daqui para frente sem cobranças e festejar a sorte de estar aqui. Nossa janela da festa, acima de qualquer expectativa, está terminando, temos de reverter a ampulheta e voltar ao futuro… Os crachás são guardados com carinho, na dúvida se éramos mesmo assim. Tudo de bom!”

Além da lembrança eterna dos agradáveis momentos vividos no último sábado, resta a alegria de constatar que o Dante Alighieri permanece como uma ilha de excelência no conturbado universo da educação brasileira.

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