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Fernando Lopes - Iscas Politicrônicas -

​​​Douglas, meu amigo e colega de faculdade, contou uma história divertida e absolutamente verídica: Nos anos 80, sua família comprou uma casa de praia em Caraguá, litoral norte paulista. Modesta mas confortável, no trecho preferido dos bauruenses da época, a Praia de Capricórnio. Tudo que estivesse sobrando na residência de Bauru devia ser levado para lá, a fim de economizar na compra de novos móveis. E a cada vez levavam colchões, armários, fogão, geladeira, cadeiras, tudo, enfim, que guarnece uma casa e coubesse numa Kombi. Um dia o pai de Douglas disse que não aguentava mais desmontar móveis em Bauru e remontá-los na praia. Era cansativo, irritante; afirmou que a cama de casal seria transportada inteira, amarrada no teto da Kombi – uma ideia tão brilhantes quanto simples. Douglas, irmãos e mãe tentaram, inutilmente, fazer ver que isso era uma loucura, um perigo. O pai permaneceu irredutível, e lá se foi a troupe pela estrada, com a cama sobre o utilitário.
​​​Vou dispensar os leitores da desgraça, da comédia italiana misturada com drama inglês na qual a viagem se transformou; em resumo, a polícia rodoviária os parou várias vezes, a cama escorregava para os lados nas curvas e para frente nas freadas, um quase perdeu um dedo enrolado nas cordas, o teto da Kombi amassou, uma das pernas da cama enroscou na cobertura de um posto de gasolina, o pai discutia com a mãe – que não se conformava com aquela ideia doida, e de execução pior ainda. Enfim, um inferno estradeiro.

 

Pois, ladies and gents, eis que chega o fim da viagem, a glória dos ousados, o prêmio dos lutadores; o pai, cheio de si, dizia que podia ter sido o fim do mundo – mas lá estava a cama, intacta (ou quase) e isso valia qualquer sacrifício. Desmontar e montar móveis? Gastar os dedos com porcas e chaves de fenda? Nunca mais! Era a vitória do Homem sobre as agruras da vida!
​​​Ainda em êxtase, desamarrando o móvel em meio à escuridão da noite, o pai recebeu uma trágica notícia: Douglas medira a cama e agora percebia que ela não passaria nem pelas portas, nem pelas janelas. Teria que ser desmontada para adentrar a casa. Nesse momento começou a chover.
​​O pai de Douglas, ensopado, ferramentas em punho, desmontava o enorme objeto no escuro, desfiando o maior rosário de impropérios, pragas e maldições de que um ser humano seria capaz. Mas quando a raiva passou, ele aprendeu uma coisa: Teimosia não transforma uma ideia ruim em boa.
​​Quando o ex-presidente FHC começou as privatizações, vendendo estatais podres, endividadas, inchadas de empregados, com péssimos serviços e tecnologia ultrapassadíssima, a Lulada uivou: Vendendo as joias da coroa! Entregando os bens do povo! Dilapidando o País!
​​​De nada adiantaram as explicações, que as tais estatais renderiam muito mais em mãos privadas, recolhendo mais impostos com custo zero, além de prestar serviços muito melhores. Além disso, o saldo serviria para abater a dívida interna, o déficit público que atolava o Brasil. Além disso, as – então – duas novas tecnologias desconhecidas dos brasileiros, os telefones celulares e a internet, não poderiam ser instalados a contento se não houvesse investimento privado. Só lembrando: Uma linha telefônica custava mais de 7 mil dólares. Eram tão caras e raras que a espera por uma era de anos; havia um verdadeiro mercado negro de aluguel de linhas e aparelhos telefônicos, algo inimaginável hoje, depois da tão necessária privatização das telecomunicações. Não obstante, hoje a Lulada usufrui de tudo isso, mas insiste na cama em cima da Kombi.
​​​Além de não admitirem o êxito das privatizações, inventaram que FHC venderia também a Petrobrás, algo que ele jamais cogitou. Até hoje imaginam aqui e ali “inimigos privatistas” para não perderem a boquinha em estatais e sindicatos. Lamentável.
​​Pois bem: Lula e sua fantocha resolveram vender a Petrobrás; não toda, nem suas ações; decidiram algo muito pior. Estão vendendo seus ativos. Traduzindo, como a empresa está quebrada pela péssima administração e roubalheira sem fim, o governo teve a brilhante ideia de vender algumas das empresas que compõe a poderosa estatal do petróleo. Estão vendendo as mais lucrativas partes para fazer caixa, como as distribuidoras BR, diante da quase falência. Espantosa decisão para quem considerava privatização o horror supremo. E desonesta a mais não poder. Isso sem dizer que os pobres acionistas (principalmente os milhões de trabalhadores que Lula convenceu a enfiar seu FGTS nessa empresa cuja quebra estava planejada para consumar o saque) tiveram um prejuízo imenso. Suas economias viraram pó, assistindo à queda de uma ação de R$ 75 há apenas alguns anos para R$ 8 atualmente; a desvalorização foi tão violenta que bateu 35% em apenas 2 meses de 2014, sem a menor chance de recuperação nos próximos anos. Caso de polícia. O mais engraçado é que Dilma e seu mentor negam terminantemente que isso seja privatização. Bom, o nome do bicho não altera sua realidade. É privatização sim, e da pior espécie, na hora mais errada.
​​Pelo menos o pai do Douglas reconheceu seu erro, e hoje dão boas risadas com a história da família. Lula, Dilma e sua gangue nunca vão reconhecer suas asneiras. E vão insistir sempre na quadratura do círculo – sem contar a ilusão estelionatária do Pré-Sal. E nós não vamos rir de nada. Chorar, talvez.

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