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Minha despedida

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Chiquinho Rodrigues -

Como você bem sabe, sou músico e tenho uma produtora de vídeo aqui em São Paulo que é o Estúdio Bandeirantes.

Atendemos clientes de quase todo o Brasil. Seja fazendo arranjos, produção de Cds, jingles ou vídeos empresariais e comerciais.

Pois bem. Você sabe também o quanto eu amo escrever aqui neste espaço.

Porém isso tem me trazido certas complicações…

Algumas pessoas (dentre elas alguns clientes meus) não conseguem separar o Chico escritor do Chico Rodrigues empresário. (Acho que isso tem a ver com certas besteiras que ando escrevendo aqui de vez em quando.)

O fato é que estou perdendo minha credibilidade perante algumas pessoas que me geram negócios (sem contar amigos e parentes que me tratam com achincalhe e me transformam em motivo de chacota em reuniões familiares).

O motivo do meu escrito hoje é comunicar-lhes, com grande pesar podem crer, a minha despedida desta página. (Tenho certeza que todos vão compreender e que pelo menos umas dezessete ou dezoito pessoas vão ficar tristes com esta minha decisão).

Mas para esses meus admiradores e fãs tenho um consolo.

Só estou me despedindo do nome Chico Rodrigues.

Pois de hoje em diante pretendo assinar meus artigos com o pseudônimo de Norma Finkel.

Consultei a Guadalupe (aquela minha amiga especialista em numerologia) e ela me disse que esse nome é muito legal e vai dar pé sim!

Também pretendo deixar de escrever sobre música e músicos.

Já não tenho muito mais o que contar sobre esse bando de malucos!

Arrumei muita encrenca com amigos meus e estou respondendo a processo de uns dezenove leitores que experimentaram de verdade aquela receita maluca de Lazagna com Band-Aid.

E depois da viagem com a história da harpa elétrica eu já estava inventando contos com uma máquina de costura midi, um berimbau digital, uma cuíca que arrotava o alfabeto em italiano, um vibrador stéreo e uma perna mecânica com Mp3 embutido. (Sei que pode parecer pretensão. Mas estavam ficando muito boas essas histórias).

Só que agora com o nome de Norma Finkel pretendo dar uma reviravolta em meu estilo. Tenho um projeto de contos que estou desenvolvendo, que é sobre “Erotismo na terceira Idade”.

São contos que se passam em uma pequena vila de sobrados construídos na década de quarenta incrustada no antigo bairro do Brás.

Seus habitantes (na maioria entre sessenta e oitenta anos) levam uma vida pacata e monótona quebrada só nos fins de semana pelas visitas de filhos e netos.

No fundo da vila existe um velho barracão que foi transformado há muito tempo em um clube só para homens. Coisa inocente, como: jogo de bocha, damas, dominó, baralho e algumas trocas de números da revistas Playboy e afins.

As reuniões nesse clube são feitas sempre depois das 8:30 da noite logo após o término do Jornal Nacional. Pois eles sabem que a partir desse horário as patroas estão sempre com os olhinhos pregados na novela e não vão bisbilhotar no clube onde são disputadas ferrenhas partidas de pôquer cujas fichas apostadas são nada mais nada menos do que pílulas de Viagra.

As coisas estão mornas até o aparecimento de Juan, o genro do seu Athaíde, que é paraguaio e apresenta aos membros do clube algumas cartelas do milagroso comprimido por um terço do seu preço normal!

Rola o maior alvoroço!

Só que eles não sabem que o porra do paraguaio faz esses comprimidos em sua casa mesmo! Ele usa como base o Viagra verdadeiro sim. Mas pra render mais ele costuma misturar com “Anil Colman” um antigo alvejante de roupas que é quase da mesma cor do milagroso comprimido da Pfizer.

O que ele não sabe, cara, é que esse alvejante tem em sua composição um elemento químico que misturado ao Viagra, aumenta a sua potência em pelo menos umas seis vezes mais que o natural! (ta gostando?).

Bom… imagina o que isso causa naquela pacata vila!

Norma Finkel, ao contrário de mim, vai narrando com sutileza, bom gosto, sem baixarias e com palavras bem escolhidas.

Exemplo: num dos contos, a moradora do sobrado 27, Dona Eulália (68 anos) está de costas para a entrada de sua cozinha e defronte sua pia batendo um bolo para os netos quando de mansinho chega Seu Durval (74 anos), que já tinha há mais de uma hora ingerido um dos tais comprimidos de Viagra batizados que ele havia ganhado em uma partida de dominó.

Quase há duas décadas que seu Durval não se sentia tão excitado assim!

Pé-ante-pé aproxima-se da patroa a fim de fazer-lhe a grande surpresa.

Mas Dona Eulália está desligada. Ali de peignoir batendo seu bolo com o pensamento nos netos sente algo duro batendo abaixo da sua linha de cintura!

Ela nem se liga no que estava acontecendo e sua primeira reação é:

– Passa Rex! Depois te deixo lamber a tigela! – diz a boa velhinha pensando ser seu querido pastor alemão que não pode ouvir o barulho de uma colher batendo em claras que já fica logo plantado nas patas traseiras e de pé cutuca Dona Eulália a fim de um açucarinho.

Seu Durval, que com a idade já está bem surdo, só entende o “ depois te deixo lamber a tigela” e acha que isso é algum código dos velhos tempos esquecido entre eles e… bom não vou te contar tudo né?

Quer um outro exemplo?

Seu Sabino, marido de Dona Carlota (ambos do sobrado 17) também toma o tal comprimido e tem uma ereção pra lá de duradoura. Há mais de uma semana que ele ainda está com digamos… a espada em riste!

Marca uma consulta com o médico da família Dr. Abelardo.

– Doutor, esta merda não quer mais abaixar! – diz Seu Sabino entre envergonhado e puto — tá doendo!

– Caramba, Sabino! Você passou os últimos quinze anos reclamando que nada que eu lhe receitei fez isso subir – diz o médico — e agora que conseguiu você quer que eu lhe dê algo para abaixar? É isso? Não estou te entendendo!

– Pois é doutor. É que eu tenho dois netos endiabrados entre seis e sete anos que não conseguem sossegar um segundo sequer! – explica o bondoso senhor  E o tempo todo os filhos- da-puta não param de bater a cabeça neste troço duro!

Bom… falando sério agora:

“Erotismo na terceira idade” é criação de um escritor amigo meu chamado Jorge Basile.

O Basile é o cara que escreve os roteiros aqui na produtora.

Recentemente ele me falou desses seus escritos e eu fiquei curioso.

Eu queria apresentá-lo à você e então armei esta baboseira toda de ser Norma Finkel.

Ele vai lhe mandar um material que eu gostaria que você lesse com carinho.

Daí é só saber se existe espaço na sua home-page pra mais um maluco.

Se não tiver, tudo bem! Continuo usando a Norma Finkel pra contar algum conto dele de vez em quando aqui. Vai estar tudo bem.

O Jorge Basile é um daqueles caras malucos que a gente quer sempre ter por perto.

Eu e ele temos muita coisa em comum!

Recentemente em uma de nossas conversas eu descobri que nossas mães usavam o mesmo expediente quando éramos crianças.

Minha mãe fazia igualzinho pra mim o que a mãe dele fazia pra ele.

Sabe aquelas papinhas da Nestlé que vêm em vidrinhos? (tem de mandioquinha, arroz com frango, sopinha de legumes, etc)

Pois então, nossa fome era grande demais e os vidrinhos de papinha eram muito pequeninos. Então nossas mães costumavam misturar um pouquinho de cocô para as porções renderem mais.

Acho que foi o fato de termos comido merda quando criança que fez a gente ser assim tão especial.

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