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Café Brasil 757 – O dono da firma

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Luciano Pires -


 

A Perfetto é patrocinadora do Café Brasil e acho que você já sabe o que eles fazem, não é? Sorvetes!

Eu não sei se você já foi no blog da Perfetto. Esse perfetto tem dois tês. Fica lá no perfetto.com.br. Se você gosta de brownie… brownie é uma receita americana de um bolo que não cresce, que contém muito chocolate e pode até ganhar complementos – como creme de avelã, gotas de chocolate ou alguns pedaços de nozes. E a Perfetto tem o Variatta Brownie das Galáxias, um cremoso sorvete de baunilha com pedaços de brownie Perfetto e calda de caramelo salgado.

Você tá se aguentando aí, cara? É difícil, né?  Vai lá no blog! Dá uma olhada, cara: é enlouquecedor!

Com sorvete #TudoéPerfetto

Vamos então a mais um programa que fala do empreendedor brasileiro. Mas que poderia ser mexicano, colombiano, uruguaio, espanhol ou norte americano. O problema é que aqui no Brasil, tudo parece mais difícil. Especialmente quando a gente decide ser o dono da firma. Além de se ferrar de verde e amarelo, ainda é ofendido e perseguido. Que dureza, cara… como é duro trabalhar….

Bom dia, boa tarde, boa noite. Você está no Café Brasil e eu sou o Luciano Pires.

Posso entrar?

Chico Alencar, o deputado federal do PSOL do Rio de Janeiro, publicou um tuíte que deu o que falar em março de 2017, dizendo que “vende-se a ideia de que empresários criam empregos. As exigências sociais criam empregos”.

Entendeu? “Exigência social” + PSOL + apetite por mais estado. Esses dinossauros continuam atrapalhando a livre iniciativa, apostando que meia dúzia de políticos sentados em Brasília têm repostas melhores que 30 milhões de empreendedores trabalhando diariamente.

O que aqueles dinossauros não entenderam, é que “exigência social” é apenas outro nome para “mercado”

Cai o disjuntor.

Putz, caiu o disjuntor aí, é? Então acompanhe comigo, vou refazer o tuíte lá do dinossauro: “vende-se a ideia de que empresários criam empregos. O mercado cria empregos”. Fez mais sentido? Ainda não? Tá difícil, hein, meu?

Escuta aqui, ó: uma carência cria uma demanda, alguém percebe a oportunidade, arrisca seu tempo e dinheiro para suprir aquela demanda, consegue sucesso, seu negócio cresce e esse alguém melhora de vida, emprega um monte de gente, recolhe impostos… E então é demonizado pelos que não enxergaram a demanda. Fez sentido agora?

Vamos então a um texto de Rodrigo Silva, que é editor do Spotniks. Vale muito a reflexão que ele provoca.

6h30. Segunda-feira. O relógio desperta. Você com aquela cara de sono. O barulho irritante do celular chacolhando os tímpanos. A cama quentinha pedindo hora extra. E a única coisa que passa na sua cabeça é: maldito capitalismo.

Explorado. É assim que você se sente. Um trabalhador brasileiro dedicado subcapitalizado. Funcionário semi-escravo de um sistema econômico abusivo.

Não adianta disfarçar: ninguém é liberal às seis e meia da manhã.

Mas e se fosse possível trocar de papel e mudar de perspectiva, hein? E se estivesse à disposição a possibilidade de abandonar a carteira assinada e finalmente assumir o posto de patrão? Você faz alguma ideia do que aconteceria caso decidisse montar o seu próprio negócio no Brasil?

Eu conto.

Só uma pausa aqui pra lembrar. Esse texto do Rodrigo deve ser de 2016 ou 2017, tá? Vamos lá, eu conto.

Seus problemas começarão logo em seu primeiro dia. Segundo o Banco Mundial, se nós considerarmos o tempo e a burocracia necessária para montar um negócio, o Brasil ocupa a posição de número 175 num ranking de 190 países. Nós lutamos contra o rebaixamento nesse campeonato. Na prática, seria mais fácil abrir uma empresa na Suazilândia, no Iraque e em Uganda do que por aqui. No mundo, em geral, essa média é de 21 dias. No Brasil é quase quatro vezes maior.

Conseguiu abrir seu negócio e agora precisa de um alvará de construção? Você definitivamente não escolheu o melhor lugar do mundo pra isso. Dos 190 países, nós somos apenas o 172º nesse quesito. Seria mais fácil obter o seu alvará na Faixa de Gaza – a 157ª da lista – do que aqui. Tome nota: pela frente, você precisará de 400 dias para obter sucesso nessa empreitada. A média no mundo é quase três vezes menor.

Sobreviveu ao calvário? Chegou a hora de entrar em operação e abrir o bolso de verdade. Segundo o Banco Mundial, nós estamos entre os dez piores lugares do mundo no quesito pagamento de impostos. Você gastará, em média, 2.038 horas por ano apenas para preparar, arquivar e pagar seus impostos – surreais doze vezes mais do que gastaria caso montasse seu negócio em qualquer país desenvolvido do planeta.

Achou que a luta seria travada apenas no relógio, é? Ledo engano. Sua alíquota de imposto total, segundo o Banco Mundial, será de inacreditáveis 68% do seu lucro.

Parece muito, é? Não termina por aí. Há ainda os processos. Muitos deles. Consequência natural de uma legislação que trata todo patrão como culpado até que se prove o contrário.

Na França, há em média 70 mil ações trabalhistas por ano. Nos Estados Unidos esse número é de 75 mil.

Você faz ideia de quantas ações trabalhistas acontecem por ano no Brasil?

QUATRO MILHÕES.

Atenção. Não perca a perspectiva. Esse artigo foi escrito em 2017, hein?

Quatro milhões. Há seis vezes mais novas ações trabalhistas por dia útil no Brasil do que num ano inteiro no Japão. Na prática, se você decidir virar patrão no Brasil, possui de trinta a quarenta vezes mais chances de receber uma ação trabalhista do que se montasse o seu negócio em qualquer outro país com uma economia do tamanho da nossa.

Desanimador? Nem tudo são espinhos. Por fim, resta aquilo que realmente importa nessa história toda – a sua grana final nisso tudo.

Qual margem de lucro você espera receber no seu negócio? Trinta? Quarenta por cento?

Não trago boas notícias. A média por aqui é de pífios 2% do faturamento.

Sim, míseros dois por cento.

Jurou que iria ganhar um caminhão de dinheiro nessa, é? Apostou errado. Dos dez maiores rendimentos médios do país, seis pertencem ao funcionalismo público e um é uma concessão pública. Essa é a verdadeira elite intocável. Da lista, apenas três estão na iniciativa privada (médico, em quinto; piloto de aeronave, em nono; e desportista, em décimo, inflacionado pelas fortunas dos jogadores de futebol).

No topo do ranking? A profissão de titular de cartório. Onde começa e onde termina toda a burocracia do país. Na média, o rendimento anual dessa categoria fica em R$ 1,1 milhão.

Você? O dono da firma? Não terá direitos. Não terá sindicatos lutando por seu nome. Não terá super salários. Não terá estabilidade. Não terá descanso.

Dureza, é? Não se engane. Ao final de tudo isso, ainda será chamado de explorador por gente que jamais montou um mísero negócio na vida, encarando diariamente uma carga horária de trabalho superior a de seus funcionários. Com sorte, conseguirá sobreviver. Na média, segundo o IBGE, mais da metade das empresas brasileiras fecham as portas nos primeiros quatro anos de atividade.

Com determinação, você lutará contra tudo e contra todos. Todos os dias. O relógio continuará tocando da mesma forma às seis e meia da manhã. O futuro permanecerá dominado pela incerteza.

Ao final do dia, não será difícil notar. Você está tentando sobreviver ante o mais ardiloso dos combatentes. Não importa em que direção encare, a verdadeira máquina destruidora de prosperidade está posta em sua frente.

Eis o sistema abusivo com nome e sobrenome. E ele se chama Estado Brasileiro.


“Bom dia, boa tarde, boa noite. Como vai Luciano? Aqui quem está falando é Sandro Gomes, eu sou de Itaguaí, Rio de Janeiro.

Eu sou mais um desses malucos, esses loucos que empreendem no Brasil, que passa por todos esses problemas, esses percalços, cada dia é uma novidade, cada dia é um desafio. E nós não temos… não digo nem ajuda, acho que nós… quem é empreendedor mesmo, não quer ajuda e sim mais liberdade para empreender, mais clareza. Que as leis sejam claras, que as legislações sejam claras. Hoje você tem uma legislação trabalhista que te emperra. Você faz a mesma pergunta para três fiscais do Ministério do Trabalho ou para ou advogados trabalhistas e cada um tem uma interpretação diferente. Então, realmente, empreender no Brasil é um ato de loucura.

Mas Luciano, o empreendedor, o empreendedor, ele é insistente, o empreendedor ele não se enxerga como outra coisa a não ser empreender, gerar emprego, gerar riqueza, batendo cabeça, aprendendo com seus erros, se desenvolvendo, né? Desenvolvendo e se desenvolvendo, ele não é um empreendedor verdadeiro, ele não é um aventureiro que recebeu sua rescisão do último emprego e falou assim: quanto eu tenho de dinheiro? Tenho x ah, vou abrir um negócio que caiba nesse… não, ele faz um estudo, mesmo com esse estudo ele está passivo de cometer erros sim, mas ele aprende com esses erros e começa do zero. Se eu tiver  quinhentos mil hoje, eu vou continuar investindo e vou continuar gerando empregos, gerando riqueza, né? Fazendo aquele dinheiro circular e gerando riqueza para o país. 

Mesmo que esse país não devolve em benefício, né? Eu digo que eu não quero benesses, benefícios do estado. A única coisa que eu quero do estado é que ele me dê uma estrada de qualidade, me dê uma sinalização de qualidade, me dê uma infraestrutura de qualidade. O restante deixa comigo. Deixa comigo que eu sei o caminho que eu devo seguir. E nem isso, nem o mais básico nós recebemos. Mas nós continuamos insistindo. Eu continuo insistindo em empreender no Brasil.

Bom, era essa contribuição que eu gostaria de deixar. Eu agradeço pela oportunidade, agradeço pelos Cafezinhos e vida longa ao Cafezinho. Um abraço pra você, um abraço pra Ciça, um abraço pro Lalá e pra todos os ouvintes, muito obrigado”.

Grande Sandro, que faz parte do time dos empreende-dores… A história dele é igual a de todos nós: não queremos ajuda, queremos que as coisas sejam claras neste manicômio trabalhista e tributário brasileiro. Mas é isso mesmo, viu? O dono da firma que empreende pra valer é perseverante e faz acontecer.  Vida longa ao empreendedor!

Muito bem. O Sandro receberá um KIT DKT, com alguns dos principais produtos PRUDENCE, como géis lubrificantes e preservativos masculinos. Basta enviar o seu endereço para contato@lucianopires.com.br

A DKT distribui a maior linha de preservativos do mercado, com a marca Prudence, além de outros produtos como os anticonceptivos intrauterinos Andalan, géis lubrificantes, estimuladores, coletor menstrual descartável e lenços umedecidos. Mas o que realmente marca na DKT é sua causa de reverter grande parte de seus lucros para projetos nas regiões mais carentes do planeta. A DKT trabalha para evitar gravidez indesejada, infecções sexualmente transmissíveis e a AIDS. Ao comprar um produto Prudence, Sutra ou Andalan você está ajudando nessa missão!

facebook.com/dktbrasil.

Vamos lá então!

Luciano – Lalá, você que é um grande empreendedor, tem alguns lemas. Eu quero saber qual o seu lema número um.

Lalá –  Ora, na hora do amor, use Prudence! Simples assim, né?

Trabalhador
Seu Jorge

Está na luta, no corre-corre, no dia-a-dia
Marmita é fria mas se precisa ir trabalhar
Essa rotina em toda firma começa às sete da manhã
Patrão reclama e manda embora quem atrasar
Trabalhador
Trabalhador brasileiro
Dentista, frentista, polícia, bombeiro
Trabalhador brasileiro
Tem gari por aí que é formado engenheiro
Trabalhador brasileiro
Trabalhador
Trabalhador
E sem dinheiro vai dar um jeito
Vai pro serviço
É compromisso, vai ter problema se ele faltar
Salário é pouco não dá pra nada
Desempregado também não dá
E desse jeito a vida segue sem melhorar
Trabalhador
Trabalhador brasileiro
Garçom, garçonete, jurista, pedreiro
Trabalhador brasileiro
Trabalha igual burro e não ganha dinheiro
Trabalhador brasileiro
Trabalhador
Está na luta, no corre-corre, no dia-a-dia…

E olha aí que delícia, cara! Esse é o Seu Jorge, com Trabalhador… Trabalhador

Trabalhador brasileiro
Garçom, garçonete, jurista, pedreiro
Dentista, frentista, polícia, bombeiro
Trabalhador brasileiro
Que nem o dono da firma
Trabalha igual burro e não ganha dinheiro

Deixa eu fazer aqui um manifesto. Isso aqui não está no roteiro não, eu vou inventar aqui, no meio da gravação aqui, eu vou colocar porque, evidentemente vai ter um monte de gente reclamando, neguinho me escrevvendo, me enchendo o saco, dizendo que é, de barriga cheia, porque é aquela história, né? Dos exploradores, dos ricos, etc. e tal. Esse pessoal olha pra três ou quatro modelos e acha que aquilo é realidade. São trinta e tantos milhões de empreendedores no Brasil, 99% estão fudidos, 99% trabalham que nem malucos, 99% não tem nenhuma mãe. De repente, tem 1% que sim, que tá numa boa situação porque encontrou o nicho certo, porque deu certo e está indo bem na vida. Esse 1% é a minoria, não é o padrão. O padrão é a maioria dos 99% que se ferram de verde e amarelo.

Esse programa trata desses 99%, tá bom?

Olha, o texto do Rodrigo foi escrito antes da meia reforma trabalhista que aconteceu em 2017.  Naquele ano o Citibank deixou o Brasil depois de descobrir que sua operação brasileira gerava 1% do lucro e 93% de todos os  processos trabalhistas a nível mundial.

A montadora norte-americana Ford, que anunciou recentemente o encerramento da produção de veículos no Brasil, foi alvo de 4.930 processos trabalhistas entre 2014 e 2021. O valor total das causas é de 897 milhões de reais.

Cara! Eu não estou me referindo aqui à incompetência do City Bank e à incompetência da Ford de tocar um negocio no Brasil. eu estou mostrando como é complicado, cara!

Não é fácil…

Olha aí que delícia! Esse é o Zimbo Trio com a espetacular Canção do Sal, de Milton Nascimento… esse é um um hino ao trabalho que todos deveriam saber cantar.

Pois sé… Mas a reforma trabalhista começou a funcionar, viu? O número de ações protocoladas na Justiça do Trabalho em 2020 foi o menor desde 2014, início da série histórica. Em 2020, foram apresentados 846.433 processos do gênero, entre janeiro e julho. No mesmo período, em 2019, foram 1.066.000 peças – o que significa queda de 21% nas causas relacionadas ao trabalho. É claro que existe o fator pandemia ajudando na redução, mas os advogados ainda estão se adaptando e as coisas vão se acomodando. Provavelmente a reforma reduzirá ainda mais a quantidade de ações. Ainda há quem diga que isso é ruim, que essa reforma é abusiva, e blablabla. Bom, sempre haverá quem pensa diferente, não é?

Olha! Sempre estranhei essa mania de tratar empresários como gente ruim, exploradores egoístas… Acho que todo mundo tem uma história com um patrão ruim, não tem? Mas eu sempre entendi que essas histórias são exceções. A maioria absoluta das experiências são com patrões que não são ruins ou exploradores, mas tocam seu negócio pressionados para que dê certo e precisam tomar decisões que desagradam os funcionários. Afinal, uma empresa não é uma entidade beneficente, não é?

Eu tive na família parentes donos de firmas. Eu mesmo me tornei um dono de firma. Convivo diariamente com os desafios de manter o negócio em funcionamento, eu não tenho nenhuma facilidade, não sou amigo de políticos, pago imposto pra caramba, meus funcionários são regularizados, tenho tudo dentro dos conformes e vivo a realidade que o Rodrigo descreveu em seu texto. E olha, eu sou um cara legal, não exploro ninguém, pelo contrário. E aí tenho de ouvir um idiota me chamando de elite, privilegiado e explorador…

Bem, neste ponto é impossível não relacionar este programa com o 595 – A Empatia do bem, que trata da nossa capacidade de ficarmos felizes com o sucesso dos outros.

Mas na verdade, o que mais vemos por aí é gente que se incomoda muito com o sucesso alheio, produzindo em si mesmo um sofrimento tão grande que precisa ser aliviado. E alguns só conseguem esse alívio pensando e agindo para diminuir o sucesso do outro. Sacou? Já que não consigo subir ao nível dele, vou rebaixá-lo ao meu… E a sensação de injustiça dos fracassados diante dos bem sucedidos é tão grande que eles se sentem vítimas. Eu não tenho porque você tem demais, sacou? Você só é rico porque tirou a riqueza de alguém.

Meu! Que sono.

Canção do sal
Milton Nascimento

Trabalhando o sal
É amor, o suor que me sai
Vou viver cantando
O dia tão quente que faz
Homem ver criança
Buscando conchinhas no mar
Trabalho o dia inteiro
Pra vida de gente levar
Água vira sal lá na salina
Quem diminuiu água do mar
Água enfrenta o sol lá na salina
Sol que vai queimando até queimar
Trabalhando o sal
Pra ver a mulher se vestir
E ao chegar em casa
Encontrar a família a sorrir
Filho vir da escola
Problema maior de estudar
Que é pra não ter meu trabalho
E vida de gente levar

É pra ouvir de joelhos, viu?

Vamos lá.

Em 2015, nove anos depois da criação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, o Brasil já estava isolado na liderança em empreendedorismo, com o aumento de 23% para 34,5% de empreendedores em dez anos, segundo pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada no Brasil pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP).

O pequeno negócio brasileiro, aquele dos empreendedores e empresários,  é responsável por mais de 52% da geração de empregos formais e 40% da massa salarial no país. O número de brasileiros entre 18 e 64 anos que possuem empresa ou que estão abrindo uma é muito superior, por exemplo, ao da nação campeã da livre iniciativa, os Estados Unidos, que têm 20% de empreendedores. Outros países registram índices ainda menores, como Reino Unido (17%), Japão (10,5%), Itália (8,6%) e França (8,1%).

Sacou? Mais da metade dos empregos no Brasil são gerados por pequenos e médios empresários.  E no entanto, há uma onda esquizofrênica de má vontade contra esses empresários. Queremos empregos, mas odiamos os empresários que criam emprego. Na escola, na igreja, na mídia, os empresários que sustentam as escolas, a igreja e a mídia são tratados como seres do mal. Dê uma olhada numa novela. Qualquer novela. Veja quem são os bandidos, os desonestos, os aproveitadores, os infiéis… são os empresários! Em sala de aula, professores demonizam os empresários para uma plateia de filhos de empresários, estimulando-os a não se entregarem ao sistema, a se rebelarem, a buscarem sua independência desse capitalismo nojento. Aí o garoto ou a garota,  chega em casa, vê o pai ou a mãe se matando de trabalhar, dando emprego, pagando impostos, e fica confuso. Alguns partem para a militância, desde que papai e mamãe continuem pagando a moradia, a roupa lavada e o celular… Outros acreditam no professor, decidem cuidar da vida por conta própria, viram empreendedores e um dia serão os empresários que o professor odeia. O dono da firma. E aí vão ver o que é bom pra tosse, cara!

É muito louco isso.

E o Itaú Cultural continua com suas programações, mesmo em tempos de pandemia. A sede do Itaú fica na Avenida Paulista, mas eles têm as experiências virtuais, as entrevistas no site, tem arquivos diversificados, tem podcasts… E se você entrar na área da Ocupação, verá a celebração de nomes de diversos estados do Brasil com suas biografias apresentadas através de livros, contos, crônicas, charges, poemas, músicas e filmes.

Dê uma olhada na agenda cultural e no acervo é um mundo de cultura que você acessa daí, do seu celular ou computador.

Acesse itaucultural.org.br. Agora você tem cultura entrando por aqui: pelos olhos e pelos ouvidos…

Cara! Não é sensacional isso, hein? Esse é o Grupo vocal Vésper. O instrumento de trabalho delas é só a voz, e chega a emocionar.

Muito bem. Percebeu então que a questão não é apenas pragmática, de incompetência do Estado em cuidar bem dos empresários? Ela é sobretudo cultural. Vem de um pensamento que considera o lucro pecado, que vê quem ganha com o trabalho dos outros sempre como um aproveitador ou explorador. Cara, isso é velho. Mas é muito velho. Vem lá das cruzadas, de um tempo em que o lucro era considerado imoral. Bote na cesta ai, Rousseau, Karl Marx e uma pitada de Marilena Chauí na jogada e você tem o embasamento teórico para os que demonizam o empresariado. Aliás, dá embasamento teórico até para os nazistas liquidarem com os judeus…

Bem, a recomendação que eu faço a você então é: pratique a empatia positiva. Coloque-se no lugar do empresário, do dono da firma. Imagine você sofrendo as pressões diárias para pagar as contas, correndo o risco de quebrar, sendo achacado pelos fiscais, pelo Estado, pelos bancos e tendo a responsabilidade por conduzir um negócio do qual muitas famílias dependem.

Pratique a empatia positiva. Sempre que você se encontrar com um empreendedor, pode ser a cabeleireira de seu bairro, o seu João da padaria, o dono da banca de jornais, o dentista, o mecânico, o dono do escritório de advocacia, o dono da empresa de engenharia, pense assim, ó:essa pessoa correu todos os riscos de montar seu próprio negócio. Se ela quebrar, a responsabilidade cai todinha nas costas dela, e só dela, que vai  arcar com os prejuízos.

Essa pessoa paga impostos; gera empregos; tem em volta de si uma rede de fornecedores; faz girar e economia e, mais importante, não obriga ninguém a comprar dela. Se ela pisar na bola, perde os clientes e quebra.

Essa pessoa, o empreendedor brasileiro que se vira por conta própria, sem ser amigo do rei, é um herói.

Agradeça a ele. Agradeça a ela. Torça para que ele fique rico, para que compre um avião, um barco, cara! Quanto mais ele prosperar, mas riqueza criará em torno de si, mais empregos, mais oportunidades.

Mas acima de tudo: ajude esse empreendedor, esse dono da firma, a se proteger do Estado.

E se você está torcendo o nariz aí, tudo que posso é fazer um desejo, cara: que você se torne um empresário brasileiro, o dono da firma, o mais rápido possível.

E aí a gente conversa.

Como é duro trabalhar
Vinicius de Moraes
Toquinho

Fui caminhando, caminhando,
À procura de um lugar
Com uma palhoça, uma morena
E um cantinho pra plantar.

Achei a terra, vi a casa,
Só faltava capinar,
Mas sem o colo da morena
Quem sou eu pra me abusar

E lá vou eu…
Paro aqui, paro acolá.
E lá vou eu…
Como é duro trabalhar.

E vou cantando, tiro moda,
Faço roda no arraial.
Busco a morena de olho em calda,
Cheiro de canavial.

E bico essa, bico aquela,
Vou bicando sem parar.
Mas não tem mais moça donzela
Que mereça eu me abusar

É assim então, ao som de Como é duro trabalhar, o clássico de Vinicius de Moraes e Toquinho, aqui com João Caetano, filho de pais portugueses que nasceu em Macau, trabalha na Inglaterra, que vamos saindo pra trabalhar, né? Afinal eu sou o dono da firma…

O Café Brasil é produzido por quatro pessoas. Eu, Luciano Pires, na direção e apresentação, Lalá Moreira na técnica, Ciça Camargo na produção e, você aí, completando o ciclo.

O conteúdo do Café Brasil pode chegar ao vivo em sua empresa através de minhas palestras. Acesse lucianopires.com.br e vamos com um cafezinho ao vivo.

De onde veio este programa aqui tem muito mais, especialmente para quem assina o cafebrasilpremium.com.br, a nossa “Netflix do Conhecimento”. Cara! A gente está incrementando muito lá. Já tem materiais exclusivos que estão saindo só lá, tem podcasts com versões exclusivas. Esse programa aqui, por exemplo, para os assinantes, ele sai numa versão sem propagandas, justinho, cara! Tem muita coisa nova aparecendo. Você tem que ir lá. Tem muito material, tem gente de primeira linha, tem um grupo no Telegram que é uma delícia, cara! Onde acontecem coisas exclusivas. Se você gosta do conteúdo do Café Brasil gratuito, você não faz ideia do que tem quando você paga. E paga barato, cara! Você vai pagar por mês menos do que duas latinhas de cerveja quente na balada. Vem com a gente!

Mande um comentário de voz pelo WhatSapp no 11 96429 4746. E também estamos no Telegram, com o grupo Café Brasil.

Para terminar, uma frase de ninguém menos queAyrton Senna, trabalhador brasileiro:

“Eu não tenho ídolos. Tenho admiração por trabalho, dedicação e competência.”