Mesmo num debate entre pontos de vista diferentes, tem de haver uma ética. Que parta do princípio de que os dois lados estão sendo honestos aos fatos. Tudo bem interpretar os fatos de forma diferente, é assim mesmo que funciona, mas eu disse in-ter-pre-tar.
Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e o que sinto.
Na sociedade, o ginete são as minorias militantes que sabem que precisam visar a maioria passiva. Os elefantes.
Esse é o preço da liberdade: conviver com gente com quem não concordamos. Ouvir os maiores absurdos. Assistir gente ignorante, maldosa e até mesmo canalha, pintando e bordando na internet.
Quando o “não” não vem, é substituído por um silêncio sepulcral, pela não-resposta, indica que estou recebendo o pior dos sentimentos: a indiferença. Para a pessoa, eu não existo. Fico num vácuo.
A intolerância é muito maior na geração que mais teve liberdade na história da humanidade, a que se diz a mais tolerante, mas não perde uma oportunidade de cassar a voz de quem pensa diferente.
No próximo dia 29 de setembro, completaremos 40 anos de um crime que chocou o mundo. Naquele dia, em 1982, três mortes foram registradas por envenenamento com cianeto de potássio em um subúrbio de Chicago. Descobriu-se que os três mortos haviam tomado um comprimido de Tylenol.
Um dos grandes desafios nos nossos processos de tomada de decisão é quando os cenários mudam. Por qualquer razão. Pode ser por uma crise econômica, por uma mudança nos consumidores, pelo surgimento de uma tecnologia nova, pela aparição de um concorrente. É como quando estamos relaxados boiando na piscina e alguém faz onda. Atrapalha tudo, não é? Tem gente que se perde, e tem gente que não se aperta.
Um documentário na Netflix dá bem uma ideia de como funciona a cabeça de Elon Musk. Ele é um visionário que consegue, a partir de sua fortuna, colocar em prática as ideias mais absurdas, e com isso causa revoluções. Musk usa o risco a seu favor.
Quando as pessoas não entendem o que você faz, fica muito difícil que aceitem suas limitações, avaliem suas possibilidades e valorizem seu trabalho. E fica mais difícil ainda que cheguem a um entendimento.
Você já ouviu falar no viés de confirmação? Ele acontece quando uma pessoa interpreta uma situação de acordo com suas próprias crenças pré-existentes.
O recado é: mexa-se! Mas pra onde? Pra qualquer lado? De qualquer jeito? A qualquer custo? Olha, mexer-se é que é o negócio…mas se você puder se mexer na direção de algo produtivo, é melhor ainda.
Observando a corrida eleitoral, com os malabarismos que os marqueteiros exigem de cada candidato, tentando transformar ogros em cavalheiros, ladrões em salvadores da pátria e estúpidos em luminares, uma reflexão sobre contextos é necessária.
A única certeza que podemos ter é que nas questões complexas, é praticamente impossível ter certezas.
Há muito tempo compreendi que as pessoas apreendem melhor os conteúdos quando eles nos são apresentados do mesmo modo como a vida é: cheia de imprevistos.
Parece que estamos sob um surto psicótico planetário, que destruiu completamente nossa capacidade de dar valor àquilo que tem valor. Valor passou a ser atributo dado pelo mercado, e só pelo mercado, às porcarias que ele quer vender pra você.