s
Iscas Intelectuais
Corrente pra trás
Corrente pra trás
O que vai a seguir é um capítulo de meu livro ...

Ver mais

O que é um “bom” número de downloads para podcasts?
O que é um “bom” número de downloads para podcasts?
A Omny Studio, plataforma global na qual publico meus ...

Ver mais

O campeão
O campeão
Morreu Zagallo. Morreu o futebol brasileiro que aprendi ...

Ver mais

O potencial dos microinfluenciadores
O potencial dos microinfluenciadores
O potencial das personalidades digitais para as marcas ...

Ver mais

Café Brasil 923 – O Corcunda de Notre Dame
Café Brasil 923 – O Corcunda de Notre Dame
"O Corcunda de Notre Dame", obra-prima de Victor Hugo, ...

Ver mais

Café Brasil 922 – A escolha de Neo
Café Brasil 922 – A escolha de Neo
No filme Matrix, Neo, interpretado por Keanu Reeves, ...

Ver mais

Café Brasil 921 – A Praça e a torre
Café Brasil 921 – A Praça e a torre
O livro "A Praça e a Torre: Redes, Hierarquias e a Luta ...

Ver mais

Café Brasil 920 – No Caravelas
Café Brasil 920 – No Caravelas
O Caravelas Podcast foi criado pelo advogado e ...

Ver mais

LíderCast 318 – Sidney Kalaes
LíderCast 318 – Sidney Kalaes
Hoje recebemos Sidney Kalaes, franqueador há mais de 30 ...

Ver mais

LíderCast 317 – Felipe Folgosi
LíderCast 317 – Felipe Folgosi
Hoje recebemos Felipe Folgosi, ator, roteirista e autor ...

Ver mais

LíderCast Especial Ozires Silva – Parte 2
LíderCast Especial Ozires Silva – Parte 2
Segunda parte da entrevista realizada com o ex-ministro ...

Ver mais

LíderCast Especial Ozires Silva – Parte 1
LíderCast Especial Ozires Silva – Parte 1
Seguindo na missão de trazer de volta alguns dos ...

Ver mais

Segunda Live do Café Com Leite, com Alessandro Loiola
Segunda Live do Café Com Leite, com Alessandro Loiola
Segunda live do Café Com Leite, com Alessandro Loiola, ...

Ver mais

Live Café Com Leite com Roberto Motta
Live Café Com Leite com Roberto Motta
Live inaugural da série Café Com Leite Na Escola, ...

Ver mais

Café² – Live com Christian Gurtner
Café² – Live com Christian Gurtner
O Café², live eventual que faço com o Christian ...

Ver mais

Café na Panela – Luciana Pires
Café na Panela – Luciana Pires
Episódio piloto do projeto Café na Panela, com Luciana ...

Ver mais

Percepções opostas sobre a Argentina
Luiz Alberto Machado
Iscas Econômicas
Percepções opostas sobre a Argentina “A lista de perrengues diários e dramas nacionais é grande, e a inflação, com certeza, é um dos mais complicados. […] A falta de confiança na ...

Ver mais

Economia + Criatividade = Economia Criativa
Luiz Alberto Machado
Iscas Econômicas
Economia + Criatividade = Economia Criativa Já se encontra à disposição no Espaço Democrático, a segunda edição revista, atualizada e ampliada do livro Economia + Criatividade = Economia ...

Ver mais

Daniel Kahneman, a economia e a psicologia
Luiz Alberto Machado
Iscas Econômicas
Daniel Kahneman, a economia e a psicologia   “O trabalho de Kahneman é realmente monumental na história do pensamento”. Steven Pinker (Entrevista em 2014 ao jornal The Guardian) ...

Ver mais

Oppenheimer e a Bomba
alexsoletto
Iscas Científicas
  Texto de Alex Soletto   “Agora me tornei a Morte, o destruidor dos mundos” (frase do livro hindu Bhagavad Gita)   A frase foi repetida por Oppenheimer após o teste da ...

Ver mais

Cafezinho 621 – Obrigado por me chamar de ignorante
Cafezinho 621 – Obrigado por me chamar de ignorante
Seja raso. Não sofistique. Ninguém vai entender. E as ...

Ver mais

Cafezinho 620 – Educação? Quem se importa?
Cafezinho 620 – Educação? Quem se importa?
Não podemos nos acostumar com o errado, com o meio-bom, ...

Ver mais

Cafezinho 619 – Don´t make stupid people famous
Cafezinho 619 – Don´t make stupid people famous
As pessoas que realmente fazem diferença na sua vida ...

Ver mais

Cafezinho 618 – Uma descoberta no Polo Norte
Cafezinho 618 – Uma descoberta no Polo Norte
Em 2008 eu embarquei numa viagem até o Polo Norte, que ...

Ver mais

Trivium: Capítulo 7 – Inferência Analógica e Oposição mediata (parte 7)

Trivium: Capítulo 7 – Inferência Analógica e Oposição mediata (parte 7)

Alexandre Gomes - Iscas Conhecimento -

INFERÊNCIA ANALÓGICA ou RACIOCÍNIO POR ANALOGIA:

Esta é uma forma de inferência baseada na similitude. a conclusão de uma INFERÊNCIA ANALÓGICA pode ser apenas provável,

 

Se o argumento (inferência) for provado, então deixa de ser analógico. Pois a analogia é um modo de inferência que já levou a muitas descobertas científicas.

Por exemplo, Benjamin Franklin notou a similaridade entre as centelhas de uma máquina elétrica e os relâmpagos; e então arriscou a possibilidade de que um relâmpago é eletricidade. Essa conclusão foi a partir de uma analogia fácil de se perceber, mas que vamos descrever seguindo os métodos lógicos apresentados nas lições aqui.

Analogia de Benjamin Franklin:

       S¹                                                                              P

Centelhas de uma máquina elétrica são descargas elétricas.

Fórmula: S¹ é P, pois:

                      S¹                                                                                           M

Pois elas (as centelhas) são caracterizadas por movimento rápido e condutividade.  (S¹ é M)

 

            S²                                                       S¹                                                 M

O relâmpago se assemelha a essas centelhas na rapidez do movimento e na condutividade.

 

A semelhança entre S² e S¹ É o que cria a ligação analógica entre os dois fenômenos.

 

     S²                                                                P

ஃ O relâmpago é provavelmente uma descarga elétrica.

ou seja, S² é provavelmente P

Perceba que o valor de uma inferência analógica depende mais da IMPORTÂNCIA das semelhanças do que do número de semelhanças. Ou seja, basta uma semelhança que seja importante para a existência dos dois fenômenos observados, do que várias outras semelhanças entre outros fenômenos que fazem analogias sobre detalhes menos importantes.

A validade do raciocínio requer que o ponto de semelhança M, que no exemplo acima é a rapidez do relâmpago e sua condutibilidade de eletricidade, seja provavelmente uma PROPRIEDADE resultante da natureza de P (a descarga elétrica) e que não seja diferente de S¹.

 

Aristóteles observa que o raciocínio por analogia é uma inferência não do todo lógico até as suas partes (esse é o método da dedução), MAS de parte a parte, ou seja, comparando detalhes específicos em comum entre os dois fenômenos que estão sendo observados na inferência analógica; e quando ambas as partes se classificam sob o mesmo gênero (M) e uma das duas características (lembre-se da característica S¹ do exemplo acima) é por nós mais bem conhecida do que a outra característica (S²); conseguimos assim entender o que é o fenômeno que conhecemos menos sem o eventual risco de experimentá-lo para ter certeza.

Ou, é claro, alguém poderia se voluntariar a receber um raio e talvez depois ser capaz de descrever se o que sentiu foi igual ou parecido com um choque que se levaria das centelhas de uma máquina elétrica… Eu não seria esse voluntário.

 

Outro detalhe que nos escapa hoje sobre esse exemplo de Franklin é como o raio e a eletricidade eram compreendidos naquela época. Uma descarga elétrica era (e é até hoje) percebida pelo sentido do tato – ou seja, pela contração muscular. O brilho da centelha elétrica poderia ser visto e entendido pelas pessoas como apenas outra forma de manifestação da luz. Talvez isso seja um pouco difícil de imaginar hoje em dia, dada a associação evidente para todos nós, uma vez que a semelhança foi comprovada de outras formas depois do experimento de Benjamin Franklin.

 

OPOSIÇÃO MEDIATA:

Oposição mediata é a oposição entre duas proposições que juntas contêm três termos, sendo um termo comum a ambas proposições. Exemplo:

A testemunha está mentindo.

A testemunha está dizendo a verdade.

 

A OPOSIÇÃO MEDIATA combina as regras de oposição com as regras do silogismo. Uma vez que duas proposições mediatamente opostas TEM TRÊS TERMOS, e estes três termos podem tomar a forma de silogismo o qual, combinado com a oposição imediata, expressa claramente as relações de todas as proposições envolvidas.

e para esclarecer: mediato (ou mediata) significa indireto, remoto, algo que não é executado diretamente.

 

Agora, vamos ver a expansão do exemplo da testemunha acima.

X A testemunha está mentindo.         A testemunha não está mentindo.

 

Y Quem mente não diz a verdade

 

Z A testemunha não está dizendo a verdade.        Z¹ A testemunha está dizendo a verdade.

 

Veja o esquema acima como duas estruturas separadas de silogismos. Um silogismo de proposições X e Y, com uma conclusão Z; e outro silogismo de proposições X1 e Y, com conclusão Z¹. Dito isto, vamos à análise:

Sendo X a premissa menor, Y a premissa MAIOR e Z a conclusão do primeiro silogismo. Então X¹ simboliza a proposição contraditória de X, e Z¹ a proposição contraditória de Z.

 

Regras determinantes da VALIDADE de uma OPOSIÇÃO MEDIATA:

  1. O silogismo envolvido na relação de proposições opostas mediatamente DEVE SER formalmente válido
  2. A terceira proposição (a Y da expansão acima), a qual serve para estabelecer a OPOSIÇÃO MEDIATA entre duas outras deve ser materialmente verdadeira.

 

O exemplo a seguir mostrará quão fundamental para a OPOSIÇÃO MEDIATA genuína é a regra que diz que Y deve ser materialmente verdadeira.

X João estava em Itú no último domingo.      X¹ João não estava em Itú no último domingo.

 

Y Um homem que estava em Itú no último domingo não poderia ter estado em Recife no último domingo.

 

Z João não estava em Itú no último domingo.   Z¹ João estava em Itú no último domingo.

 

Note que pode até parecer razoável dizer que se João estava em Itú domingo passado, ele não poderia estar em Recife no mesmo dia. Porém, esse pensamento pode estar errado, pois nada impede João de ir ao aeroporto e viajar para a capital de Pernambuco, e estar em Recife no mesmo domingo. 

Se João fosse acusado de um crime cometido em Itú no último domingo, a primeira impressão poderia estabelecer um álibi, desde que a proposição Z¹ pudesse ser provada?

 

Temos aqui um silogismo válido, mas, para que as proposições X e Z¹ sejam validamente opostas como contrárias mediatas, é necessário também que Y seja MATERIALMENTE VERDADEIRA. Que no nosso exemplo acima, que se comprove que João não viajou de avião para Recife no domingo.

 

A proposição Y seria materialmente verdadeira há cem anos, mas não atualmente. Logo X e Z¹ não são validamente opostas como contrárias mediatas genuínas, mas apenas assim parecem ser, e ambas podem ser verdadeiras (X e Z¹) – afinal, basta uma viagem de avião para tornar X e Z¹ verdadeiras!

Se X e Z¹ fossem pontos em um debate, nenhum dos lados estariam em oposição, pois ambos poderiam estar certos e não saber de todos os fatos. E o fato que tornaram ambos certos seria um vôo de avião.

Ver Todos os artigos de Alexandre Gomes