s
Iscas Intelectuais
Corrente pra trás
Corrente pra trás
O que vai a seguir é um capítulo de meu livro ...

Ver mais

O que é um “bom” número de downloads para podcasts?
O que é um “bom” número de downloads para podcasts?
A Omny Studio, plataforma global na qual publico meus ...

Ver mais

O campeão
O campeão
Morreu Zagallo. Morreu o futebol brasileiro que aprendi ...

Ver mais

O potencial dos microinfluenciadores
O potencial dos microinfluenciadores
O potencial das personalidades digitais para as marcas ...

Ver mais

Café Brasil 942 – Questão de Tempo
Café Brasil 942 – Questão de Tempo
Poucos filmes me fizeram chegar às lágrimas como ...

Ver mais

Café Brasil 941 – As três amizades
Café Brasil 941 – As três amizades
Neste episódio, vamos mergulhar em um dos temas mais ...

Ver mais

Café Brasil 940 – Filhos ansiosos
Café Brasil 940 – Filhos ansiosos
No episódio de hoje vamos falar das dificuldades ...

Ver mais

Café Brasil 939 – Pensamento Crítico
Café Brasil 939 – Pensamento Crítico
Em 2016, o dicionário Oxford escolheu o termo ...

Ver mais

LíderCast 336 – Roberto Rodrigues
LíderCast 336 – Roberto Rodrigues
Bom dia, boa tarde, boa noite, este é o LíderCast ...

Ver mais

LíderCast 335 – Especial Andav – Aldo Rebelo
LíderCast 335 – Especial Andav – Aldo Rebelo
Este é o LíderCast Business que, em parceria com a ...

Ver mais

LíderCast 334 – Daniel Ferreira
LíderCast 334 – Daniel Ferreira
No episódio de hoje temos Daniel Ferreira, que se ...

Ver mais

LíderCast 333 – Daniel Scott
LíderCast 333 – Daniel Scott
No episódio de hoje, temos Daniel Scott, cofundador da ...

Ver mais

Segunda Live do Café Com Leite, com Alessandro Loiola
Segunda Live do Café Com Leite, com Alessandro Loiola
Segunda live do Café Com Leite, com Alessandro Loiola, ...

Ver mais

Live Café Com Leite com Roberto Motta
Live Café Com Leite com Roberto Motta
Live inaugural da série Café Com Leite Na Escola, ...

Ver mais

Café² – Live com Christian Gurtner
Café² – Live com Christian Gurtner
O Café², live eventual que faço com o Christian ...

Ver mais

Café na Panela – Luciana Pires
Café na Panela – Luciana Pires
Episódio piloto do projeto Café na Panela, com Luciana ...

Ver mais

Delfim Netto e o pensamento econômico
Luiz Alberto Machado
Iscas Econômicas
Onde situar Delfim Netto no pensamento econômico?   “O que posso afirmar é que não se escolhe a profissão, ela é que te escolhe. E quando se tem a sorte de ela te escolher direito, você ...

Ver mais

Delfim Netto
Luiz Alberto Machado
Iscas Econômicas
Antônio Delfim Netto (01.05.1928 – 12.08.2024)   “Nós não temos competência para acabar com o Brasil. O Brasil vai sobreviver a todas as bobagens que nós fizermos.” Antônio ...

Ver mais

Liberdade e criatividade
Luiz Alberto Machado
Iscas Econômicas
A estreita ligação entre liberdade e criatividade   “Tudo que é realmente grande e inspirador é criado pelo indivíduo que pode trabalhar em liberdade.” Albert Einstein   De ...

Ver mais

Rubens Ricupero
Luiz Alberto Machado
Iscas Econômicas
Memórias de um grande protagonista   “Sem as cartas, não seríamos capazes de imaginar o fervor com que sentíamos e pensávamos aos vinte anos. Já quase não se escrevem mais cartas de amor, ...

Ver mais

Cafezinho 639 – Liberdades Cassadas
Cafezinho 639 – Liberdades Cassadas
Olhe em volta, veja quanta gente altruísta e bondosa ...

Ver mais

Cafezinho 638 – Bandidinhos & Bandidões
Cafezinho 638 – Bandidinhos & Bandidões
Em tempos de desinformação e polarização, diante de uma ...

Ver mais

Cafezinho 637 – O parafuso chato
Cafezinho 637 – O parafuso chato
Vi estarrecido as imagens do avião caindo em Vinhedo. É ...

Ver mais

Cafezinho 636 – A era da desinformação
Cafezinho 636 – A era da desinformação
Em 2016, o dicionário Oxford selecionou o termo ...

Ver mais

É mais fácil seguir o grupo

É mais fácil seguir o grupo

Jota Fagner - Origens do Brasil -

Existe uma crença muito difundida de que a história humana avança em etapas gradativas e que culminará numa revolução transformadora. O tipo de revolução muda conforme o viés ideológico.

A esquerda acredita na chegada do socialismo real, a direita no liberalismo redentor. Comecemos pelo socialismo. Segundo essa crença, as pessoas terão igualdade de oportunidades numa sociedade muito mais integrada e empática. O liberalismo, por sua vez, prega uma perspectiva não menos utópica. De acordo com essa visão de mundo, basta deixar o mercado com total liberdade que ele se autorregulará. Esse processo seria, na concepção liberal, o único modo de diminuir as desigualdades e permitir que a história siga o seu rumo natural em direção a uma sociedade mais justa.

É claro que eu estou fazendo simplificações grosseiras das duas correntes ideológicas, mas é só para que fique evidente o quanto elas são, em essência, utópicas. A ideia de uma evolução social contínua deixa de considerar os movimentos de resistência e oposição. Não acredito num processo histórico que seja linear, etapista e escatológico. Um pouco de estudo da História pode ajudar na compreensão do quanto alguns processos são cíclicos, outros são completamente caóticos, imprevisíveis, desordenados.

A necessidade humana de colocar ordem em tudo contribui para essa escatologia reinante. Além disso, temos a herança do cristianismo que, como argumenta John Gray, forneceu alicerce teórico para as religiões políticas dos últimos séculos.

Observe o fervor das militâncias nos centros universitários, nas organizações comerciais, nas redações de jornais e revistas, nos ambientes públicos. É pura e simples pregação religiosa e doutrinária.

John Gray afirma que,

A política moderna é um capítulo na história da religião. Os grandes movimentos revolucionários que tanto influenciaram a história dos dois últimos séculos foram episódios da história da fé: momentos do longo processo de dissolução do cristianismo e ascensão da moderna religião política. O mundo em que vivemos no início do novo milênio está coberto de escombros de projetos utópicos, os quais, embora estruturados em termos seculares que negavam a verdade da religião, constituíam de fato veículos para os mitos religiosos.

Num país em que faz parte da cultura se apegar a todos os santos e crenças, as religiões políticas encontraram solo fértil para sua proliferação e desenvolvimento. Mas essa não é uma característica exclusiva dos brasileiros, é apenas mais uma apropriação cultural que desenvolveu traços muito regionais e caricatos. Gray complementa sua análise explicando que,

Apesar de ser apresentada nas roupagens de ciência social, esta crença de que a humanidade estaria no limiar de uma nova era não passa da mais recente versão de crenças apocalípticas que remontam às épocas mais antigas.

Em resumo, estamos substituindo as religiões tradicionais por suas versões políticas. Semelhante ao cristão recém convertido, o militante deseja pregar a boa-nova a todos que encontrar em seu caminho. Às vezes, no entanto, acontece de o evangelizador encontrar alguém que milita por um credo diferente. É nesse momento que a intolerância pode resultar em perda da civilidade. E é sobre isso que precisamos refletir constantemente. Afinal, que tipo de avanço acreditamos estar construindo quando a simples diferença de opinião transforma o outro em alguém inferior? Será que as diferenças só devem ser aceitas quando nos é conveniente? É preciso abandonar o comportamento de manada, é preciso refletir em privado. Infelizmente é mais fácil seguir o grupo.

 

José Fagner Alves Santos

Ver Todos os artigos de Jota Fagner