![Café Brasil 389 – Os dois deuses do Brasil](https://portalcafebrasil.com.br/wp-content/uploads/podcast-389-i.jpg)
Café Brasil 389 – Os dois deuses do Brasil
Luciano Pires -Amigo, amiga, não importa quem seja, bom dia, boa tarde, boa noite. Eu sou o Luciano Pires e tô chegando com o Podcast Café Brasil pra ajudar seu celebro a virar cérebro. Posso entrar?
O podcast Café Brasil chega até você com o apoio do Itaú Cultural e do Auditório Ibirapuera, que estão aí, a um clique de distância. facebook.com/itaucultural e facebook.com/auditorioibirapuera.
No programa de hoje vamos tratar dos brasileiros e de sua fé em poderes superiores. Sabe aquela história do se Deus quiser? Pois é. Vai muito mais longe que uma simples demonstração de fé em Deus.
+ Ver roteiro completoE quem vai levar o exemplar de meu livro NÓIS…QUI INVERTEMO AS COISA, mais o invejado KIT DKT é o Rodrigo Cordeiro, que comentou assim o programa DIAS SOMBRIOS:
Bom dia, boa tarde, boa noite, caros Luciano e produção.
Ouvindo esse podcast hoje, eu me lembrei de uma conversa que eu tive com alguns amigos no último domingo em um bar. No bate papo, um deles dizia que não aguenta mais a situação da política. Um tanto quanto alterado em relação ao seu comportamento normal para uma conversa simples, usando algumas palavras de baixo calão, ele informava-nos as últimas notícias dos desvios de verba destinadas às obras de nossa cidade e dizia que a população era muito acomodada com suas vidas. Para ele, se estivéssemos comendo e bebendo tranquilos, nada faríamos para mudar a situação. Até esse ponto, algo de verdadeiro tem em sua argumentação. Pois foi a sua conclusão que associei a esse podcast. Ele disse que se encontrasse com algum dos políticos corruptos, não pensaria antes de dar-lhe um belo tapa, pensando assim, acabar com toda a carga de más tendências do ser.
Não podemos ignorar a opinião dele pois, no Brasil, ainda existe uma infinidade de pessoas que pensam resolver toda a situação impondo a autoridade perante ao governo por meio da força, não somente física, mas ideológica.
Um exemplo claro foram as manifestações de cunho revolucionário que aconteceram nos tempos atrás, que pretenderam, acima de tudo, mostrar ao poder que existe um “gigante”, que está acordando.
Longe de mim dizer que sou contra uma reforma na maneira como estão dirigindo o país, mas sim da forma como colocaremos isto no papel. A própria Revolução Francesa foi assim. O povo estava cansado das misérias que estavam vivendo, enquanto a nobreza e o clero da época se lambuzavam de luxo e fartura mas, apesar de ter sido uma bela revolução em termos de aquisição intelectual do ser humano, ela levou, por assim dizer, o povo à um novo império, fugindo completamente dos seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.
Nessa situação, cabe a tese de Thomas Hobbes, pois o homem foi o lobo do próprio homem mesmo. Para lidar com o fascismo, precisamos mesmo ser fascistas? Não. Também não estou aqui para defender um argumento que resolveria toda a situação de uma vez, de vez que penso que a fórmula mágica para essas questões não está guardada na mente de um ser absurdamente bom e inteligente, mas sim na comunhão de ideias, sem conflitos, entre as pessoas de uma comunidade. Gênios foram necessários quando a população não conseguia pensar praticamente sobre nada, então vinham como loucos e volviam como ídolos. Hoje a população é que tem esse papel de fornecer a luz aos problemas, e somente assim, conseguiremos amenizar a situação.
Abraço!
Perfeito Rodrigo. A sua conclusão remete à sociedade ideal, aquela em que somos donos de nosso destino, de nossas escolhas e conseguimos, em harmonia, decidir pelos melhores caminhos. Mas infelizmente não é assim que funciona. Ainda precisamos de lideranças, como as manifestações de meados de 2013 deixaram claro: assim que sumiram os líderes (e tem gente que ainda acha que aquilo foi espontâneo), as manifestações acabaram. Infelizmente essas lideranças são compostas de… pessoas. Cheias de defeitos, de invejas, ambições e problemas, especialmente quando a serviço de certas causas. Ainda vamos sofrer um bocado, viu? Mas o importante é não sofrer calados. Não acho que seja preciso esbofetear os canalhas, mas acho que é fundamental chamá-los de canalhas. Bem alto, pra todo mundo ouvir. É assim que as mudanças começam. Obrigado pelo comentário.
O kit que o Rodrigo levou é composto de coisinhas que a DKT distribui pelo Brasil. Coisinhas que ajudam a apimentar a hora do rola rola, sabe como é que é? A DKT distribui a mais completa linha de preservativos e géis lubrificantes do Brasil, com a marca PRUDENCE. E também apoia um trabalho espetacular de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis. E ao planejamento familiar! Acesse www.facebook.com/dktbrasil e conheça mais a respeito.
Vamos então à hora agá? Na hora do amor, você já sabe, use PRUDENCE.
By the other hand, que tal aprender inglês no lugar que você quiser, na hora que você quiser, quando você quiser? É sim, é pelo Skype, com um professor de carne e osso do outro lado da linha e não um vídeo ou uma gravação. Conduzindo a aula com base em acontecimentos do dia a dia. Conheça a LOI ENGLISH, veja os depoimentos dos brasileiros que estão desenvolvendo o inglês com eles. Acesse www.skypeenglishclasses.com. De novo www.skypeenglishclasses.com. It´s a life changing experience.
Muito bem. Vou começar o programa de hoje com um texto do jornalista Juan Arias, que é o correspondente do jornal espanhol EL PAÍS no Brasil. O texto chama-se Os dois deuses do Brasil.
Peço a Deus
Dida
Dedé da Portela
Peço a Deus um mundo cheio de paz
Peço a Deus que alcance os seus ideais
Peço a Deus que a inveja jamais
Peço a Deus pra sermos todos iguais
Peço a Deus pra te livrar da maldade
Peço a Deus que me dê felicidade
Peço a Deus que se propague a bondade
Peço a Deus amor e prosperidade
De mãos dadas, peito aberto, rumo certo para o bem
Pra lutar contra a maldade que este nosso mundo tem
Viver uma vida mansa sem ver o tempo passar
Ter sorriso de criança, ver bondade em cada olhar
E é ao som de PEÇO A DEUS, de Dida e Dedé da Portela com Mestre Marçal e Caetano Veloso que eu sigo em frente.
A maioria dos brasileiros acredita no poder benéfico da religião e do Estado nas suas vidas.
Talvez seja um caso único no mundo: quase 90% dos brasileiros (87%) estão convencidos de que a fé em Deus torna as pessoas melhores. Junto com esse dado surpreendente para países secularizados, aqueles nos quais a religião perde influência sobre as variadas esferas da vida social, aparece outro não menos importante: 67% creem que o crescimento da economia deve ser impulsionado pelo estado, não pela iniciativa privada, uma cifra que aumenta entre a população pobre.
É possível que ambos os dados possam estar relacionados, embora a confiança que a grande maioria dos brasileiros deposita em ambas as divindades Deus e o Estado tenha origens diferentes. A fé em Deus livraria as pessoas dessa maldade que impregna a sociedade, com suas violências e corrupções, tornando-as melhores, com menos tentações de maldade. 85% se declaram contrários ao uso de qualquer tipo de drogas.
A fé no Estado, por sua vez, os livraria das dificuldades econômicas. O Estado, como uma divindade boa, cuidaria das necessidades das pessoas melhor do que a economia privada, o esforço pessoal ou a criatividade. Seria o verdadeiro talismã para serem menos pobres.
Os dados, que aparecem em uma pesquisa nacional realizada pelo Instituto Datafolha, são importantes porque não se trata de uma possível anomalia de algum pequeno país periférico do mundo, como ocorre com o Butão e o PIB da felicidade, o índice de felicidade bruta (IFB). São dados de um grande país emergente, que começa a contar seriamente na geopolítica mundial, com 200 milhões de habitantes, coração do continente latino americano.
Sempre se soube que o Brasil, como todo o continente latino americano, tem um povo profundamente religioso, com uma religiosidade eclética e ecumênica, na qual convivem em paz diferentes crenças, daquelas de origem africana ou indígena até a católica e a evangélica.
Quando cheguei ao Brasil, há 15 anos, o escritor brasileiro Paulo Coelho me advertiu Vai ser difícil para você aqui, inclusive entre intelectuais e artistas, encontrar agnósticos e ateus convictos, e acrescentou: Nós, brasileiros, sempre precisamos acreditar em algo.
Talvez essa necessidade de acreditar em algo seja também, de algum modo, universal, embora nem sempre declarada. Países altamente secularizados, como por exemplo a Espanha, continuam sendo oficial e majoritariamente católicos ou cristãos. A diferença em relação aos brasileiros é que é difícil hoje encontrar um povo no qual 90% creiam que a mera fé em Deus torna as pessoas melhores. Até os crentes convictos de outros lugares do planeta reconhecem que nem sempre a fé em Deus e a boa conduta dos crentes caminham em paralelo. A história está repleta de criminosos, corruptos, racistas e exploradores que se professam religiosos e até frequentam igrejas. A história das guerras de religião e das diferentes inquisições revela como tantas vezes existe um divórcio entre a fé e a vida entre o que se professa religiosamente e como se age na vida real. No Brasil, para 87% basta crer em Deus para que as pessoas sejam melhores.
O fato de uma ampla maioria dos cidadãos revelar também uma maior fé no papel benéfico do Estado do que na força da iniciativa privada poderia explicar o fato de que, na hora de votar ou de julgar os políticos, que aparecem sempre coletivamente na lanterna do apreço popular, salve-se sempre a figura do presidente da república, a quem se perdoa muito mais do que aos demais políticos.
Talvez porque o presidente seja visto pela maioria como uma espécie de divindade, de pai poderoso e bom, que acaba cuidando melhor do que ninguém de seus súditos, mesmo que cometa erros.
Se a fé em Deus torna as pessoas melhores, a fé no Estado e no seu maior representante também deixaria os cidadãos mais protegidos das tentações do livre mercado e da iniciativa privada, um tema de quente atualidade hoje em dia, que divide as diferentes escolas do pensamento a respeito do papel do Estado no crescimento econômico.
Melhor que o Estado cuide de nós? Estamos mais seguros protegidos pelo pai religioso Estado do que pelo deus ateu ou pagão que reina no mundo das finanças, dos bancos, dos que tecem na escuridão as grandes crises mundiais?
Hoje, os brasileiros parecem ter certeza disso. E amanhã? Porque este país está em plena evolução, seus jovens estão mais conectados com o mundo externo da secularização e desejam abrir eles mesmos os caminhos, com suas próprias forças.
Carlos Alberto Di Franco, diretor do Departamento de Comunicação do Instituto Internacional de Ciências Sociais, escreve na sua coluna em O Globo que, na universidade e nos ambientes de trabalho, ao contrário das utopias do passado, os jovens acreditam na excelência e no mérito como forma de fazer a verdadeira revolução. Defendem o pluralismo e o debate de ideias.
Os 60 milhões de jovens brasileiros sem dúvida forjarão o Brasil do futuro, que poderá ser muito diferente do que o refletido na pesquisa atual, onde ainda permanecem as marcas de um passado que vai se transformando à velocidade da luz.
Deus me proteja
Chico César
Deus me proteja de mim e da maldade de gente boa.
Da bondade da pessoa ruim
Deus me governe e guarde ilumine e zele assim
Deus me proteja de mim e da maldade de gente boa.
Da bondade da pessoa ruim
Deus me governe e guarde ilumine e zele assim
Caminho se conhece andando
Então vez em quando é bom se perder
Perdido fica perguntando
Vai só procurando
E acha sem saber
Perigo é se encontrar perdido
Deixar sem ter sido
Não olhar, não ver
Bom mesmo é ter sexto sentido
Sair distraído espalhar bem-querer
Uia… você ouve DEUS ME PROTEJA , de Chico Cesar com ele e Dominguinhos…olha que delícia…
E você aí? Acredita em quê? Num deus e no deus-estado? Ou acredita na sua capacidade, como indivíduo, de tomar as melhores decisões para a sua a nossa vida em sociedade? Há controvérsias…
Bem, não pretendo discutir religião e fé neste programa. Já fiz isso em outros e não é essa a questão que me incomoda no momento. Estou mais preocupado com o deus-estado. Por isso, baseado num artigo do Instituto Mises Brasil, quero trazer o posicionamento de algumas grandes escolas do pensamento econômico sobre uma das grandes questões da humanidade: Qual deve ser a função e o tamanho adequado do estado? Ouça e tire suas conclusões.
Ao fundo, você vai ouvir NOVA ILUSÃO, de Claudionor Cruz e Pedro Caetano com Zé da Velha e Silvério Pontes.
Vamos primeiro à resposta da escola marxista: O mercado é uma arena na qual os poderosos interesses corporativos exploram livremente os trabalhadores e os consumidores. O capitalismo empobrece e aliena as massas ao mesmo tempo em que enriquece algumas poucas elites. Ele também devasta o meio ambiente e estimula a violência. Uma sociedade genuinamente humana aboliria a propriedade privada, exceto para bens pessoais (por exemplo, roupas e sapatos). Acordos comunitários na produção e na distribuição de bens gerariam uma sociedade mais justa, mais feliz e mais realizada para todos.
Essa é a visão que você aprendeu naquelas aulas de sociologia e história na universidade, tá lembrado? A visão socialista na qual o governo é um deus, dono dos meios de produção e que decide o que, quando e como será fabricado. E por qual preço será vendido. É aquela sociedade utópica, perfeita, que só não existiu até hoje porque o homem é mau. E que colecionou uns 150 milhões de cadáveres nas experiências que fez ao longo da história. Cuba e Coréia do Norte são os mais expressivos representantes atuais dessa corrente de pensamento. Nessa visão o estado é hegemônico e totalitário. O Estado é Deus. E o céu é o limite.
Vamos à resposta da escola Keynesiana, que é baseada na teoria econômica consolidada pelo economista inglês John Maynard Keynes em seu livro Teoria geral do emprego, do juro e da moeda. A organização política e econômica de Keynes ficou conhecida como o Welfare State, o Estado do Bem Estar Social.
Para Keynes, os mercados, além de serem incapazes de propiciar instituições fundamentais, sofrem de graves e substanciais imperfeições no que diz respeito à produção de bens e serviços. Por exemplo, a instabilidade nos mercados gera crises recorrentes e levam a uma crescente desigualdade. Devemos sim deixar para o mercado a tarefa de produzir a maior parte dos bens e serviços, mas o governo tem de ter a autoridade arbitrária para intervir em todos os mercados e corrigir suas falhas perceptíveis. Desta forma, o estado e o mercado podem trabalhar em conjunto, seguindo um modelo de parceria público-privada.
Hummm…parece uma visão bonita, né? Da parceria entre governo e mercado. Mas colocar na mesma frase os termos governo e autoridade arbitrária é muito perigoso. O governo tem poder para interferir em todas as instâncias do mercado sempre que julgar necessário, apesar de sua incompetência crônica em administrar o que quer que seja. Nessa visão, o Estado continua sendo Deus.
Aí tem a visão da escola de Chicago, que defende o mercado quase livre. Eu disse quase. E esse quase faz toda a diferença:
Os mercados fornecem todos os bens de capital e de consumo de maneira relativamente eficiente. No entanto, por várias razões econômicas e políticas, as transações privadas para serviços e instituições fundamentais, como justiça, dinheiro e defesa, não podem ser feitas pelo mercado, que fracassaria nestas tarefas. Não faz nenhum sentido discutir mercados sem antes conceder a necessidade da existência do estado. O governo tem de existir para fiscalizar e impingir as “regras do jogo”. Sem isso, a sociedade desanda para o caos. Pela visão da escola de Chicago o governo tem de estabelecer e impor regras básicas para a sociedade, mas sempre evitando intervenções arbitrárias ou desestabilizadoras nos mercados. Alguma intervenção do estado é, portanto, aceita. O Estado já não é Deus. Mas tem uma força… E está cheio de diabinhos…
Vem então a visão da escola austríaca, que enfatiza o poder da organização espontânea, os acordos contratuais voluntários e a ausência de forças coercitivas no mercado:
A ordem em uma sociedade pode emergir das transações voluntárias entre os indivíduos. As pessoas podem voluntariamente incorrer em transações privadas para obter qualquer coisa que valorize, inclusive justiça e segurança. Posto que todas as escolhas voluntárias envolvem o julgamento subjetivo de situações futuras, cada indivíduo tem a capacidade de saber quais bens e serviços são os mais adequados para ele, inclusive serviços como segurança e resolução de disputas. Idealmente, o governo estaria limitado apenas à proteção dos direitos básicos de cada cidadão. Mas o governo, como o conhecemos, protege apenas seus favoritos e viola os mais básicos direitos de propriedade do cidadão comum. Todos os esforços para se limitar os poderes do estado tendem a fracassar. Instituições privadas de segurança e arbitramento são mais eficientes e morais do que suas congêneres estatais. Para a escola austríaca, portanto, o governo mini mínimo é o ideal. O mercado é Deus e cabe ao Estado a função de defender os direitos básicos de cada cidadão.
E chegamos então ao anarco capitalismo: os anarco capitalistas são contra qualquer tipo de agressão e consideram que o Estado, em qualquer instância, agride. O Estado tributa os cidadãos, o que é uma agressão. O Estado proíbe a concorrência na área da defesa, garantindo assim o monopólio da segurança, o que é também uma agressão. O anarco capitalista acredita que quem defende que “nós” “precisamos” de certas intervenções do Estado para colocar ordem em determinados segmentos da sociedade, justifica os atos de violência contra indivíduos inocentes. Portanto, o Estado tem que ser zero. Nulo.
Viu só? Cinco visões distintas que vão do estado totalitário, o estado Deus, ao estado zero. Qual delas você defende?
Muito bem, essa discussão sobre até onde o Estado deve ir é antiga e vai prosseguir provavelmente até o fim dos tempos, num vai e vem interminável.
Os extremos tanto do estado Deus a visão marxista – como do estado zero a visão anarco capitalista – tem se mostrado utópicos e como todo extremo – sempre terminam em algum tipo de autoritarismo. E sangue. Por isso quem tem mais de um neurônio funcionando escolhe entre alguma das versões do estado médio para mínimo. Pessoalmente, especialmente pensanso no Brasil, estou entre as escolas Chicago e Austríaca, por uma única razão: a escola Austríaca precisa de uma sociedade madura, culta e livre dos messianismos brasileiros. Ainda chegaremos lá.
Pois é. Mas pela pesquisa mencionada na abertura deste programa, eu sou minoria. No Brasil, o povo quer é Deus, e quer o Estado como um segundo Deus.
Sabe como é? Graças a Deus. E graças ao painho…
Bem, a discussão só começa aqui. Mergulhe mais fundo, o Google ta aí pra isso.
Sabe lá Deus
Lu Horta´
Sabe lá Deus
O que é que eu vou fazer
tô esperando, esperando
O meu cabelo crescer
Sabe lá Deus
que atitude tomar
Se eu fico quieta parada
Ou chuto o balde pro ar
Sabe lá Deus
Se ele vai voltar
tô esperando esperando
Tudo isso passar
Eu rezo para os céus
Pedindo a sua mão
Não cai nenhum anel
Nenhuma solução
Franciscos Mateus
Antonios e Luis
Famintos guris
Todos bem no meu nariz
Tantos homens nessa terra e eu escolhi esse infeliz
Sabe lá Deus
Rezo para os céus
Pedindo a sua mão
Não cai nenhum anel
Nenhuma solução
Franciscos Mateus
Antonios e Luis
Famintos guris
Todos bem no meu nariz
Tantos homens nessa terra e eu escolhi esse infeliz
Sabe lá Deus
Sabe lá Deus
E é assim então, ao som de SABE LÁ DEUS, de Lu Horta com ela mesma que este Café Brasil que deu uma pincelada sobre o Deus Estado, vai saindo de mansinho.
Com o estatista Lalá Moreira na técnica, a marxista Ciça Camargo na produção e eu, que sou minoria oprimida, Luciano Pires na direção e apresentação.
Estiveram conosco o ouvinte Rodrigo Cordeiro, Caetano Veloso com Mestre Marçal, Chico César com Dominguinhos, Lu Horta e Zé da Velha com Silvério Pontes.
O Café Brasil chega até você com o apoio da Pellegrino, que é uma das maiores distribuidoras de auto e motopeças do Brasil. Mas não é só isso. A Pellegrino também distribui conhecimento sobre carreira, gerenciamento, comunicação e outros temas bem legais. Acesse www.facebook.com/pellegrinodistribuidora e experimente. Nunca é demais aprender, não é?
Pellegrino Distribuidora. Conte com a nossa gente.
E só lembrando: a podpesquisa 2014 está no ar. Acesse www.podpesquisa.com.br. Não leva nem dez minutos pra você preencher o questionário e mandar informações valiosas que vão ajudar a gente a entender melhor como é o perfil do ouvinte de podcast no Brasil. www.podpesquisa.com.br.
O podcast Café Brasil chega até você com o apoio do Itaú Cultural e do Auditório Ibirapuera, e de onde ele veio, tem muito mais! Acesse www.portalcafebrasil.com.br.
Pra terminar, que tal uma frase do filósofo e economista inglês Stuart Mill:
“No final de contas, o valor de um Estado é o valor dos indivíduos que o compõem.”