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Luciano Pires -

Borboletas possuem quatro fases de desenvolvimento: o ovo, a larva e a pupa, de onde sai a adulta, que parte para voar pelo mundo. O ovo é o embrião em desenvolvimento, coberto por uma fina casca. A larva é a lagarta, que se alimenta avidamente, guardando energia para se transformar em borboleta. E a pupa é a fase na qual a lagarta se fecha num casulo, em seu mundo seguro para sofrer a metamorfose.

Nessa fase, dentro do casulo, está a crisálida. A lagarta que se transformará em borboleta num maravilhoso processo de transformação.

Com a gente também é assim…

Bom dia, boa tarde, boa noite. Você está no Café Brasil e eu sou o Luciano Pires.

Posso entrar?

Há tempos eu queria fazer um Café Brasil sobre maturidade, mas fugindo daquele estereótipo estúpido de que amadurecer é ficar velho. E foi impossível não me lembrar das fases da lagarta, em especial da crisálida, aquele momento mágico no qual um ser terrestre, lento e exposto se transforma num ser do ar, ágil, lindo e que, em sua vida, embeleza a nossa.

Para poder entrar no processo de transformação da crisálida, a maioria das lagartas constrói um casulo, uma cobertura de seda, que a protegerá de predadores e das intempéries. É uma espécie de útero externo, que a manterá em segurança num período de fragilidade absoluta.

O termo crisálida vem do grego chrysós, que significa ouro. E o processo de transformação me lembrou imediatamente do processo de amadurecimento pelo qual todos passamos ao longo da vida.

Bem… nem todos, né?

A maturidade é um processo que envolve muitos aspectos em nossas vidas, físicos e mentais. Para este programa, me interessa a maturidade emocional, que o psicoterapeuta Flávio Gikovate definiu como o “atingimento de um estado evolutivo no qual nos tornamos mais competentes para lidar com as dificuldades da vida e, por isso mesmo, com maior disponibilidade para usufruir de seus aspectos lúdicos e agradáveis.

Talvez a principal característica da pessoa madura esteja relacionada com o desenvolvimento de uma boa tolerância às inevitáveis frustrações e contrariedades a que todos nós estamos sujeitos. Tolerar bem frustrações não significa não sofrer com elas e muito menos não tratar de evitá-las. A boa tolerância às dores da vida implica certa docilidade, capacidade de absorver os golpes e mais ou menos rapidamente se livrar da tristeza ou ressentimento que possa ter sido causado por aquilo que nos contrariou. (…)

A maturidade acaba vindo acompanhada de uma série de boas propriedades e elas são motivo de satisfação dos que foram capazes de avançar na direção de conquistá-la. É claro que o processo de evolução é interminável e jamais deveríamos nos considerar como um “produto acabado”; estar sempre progredindo tende a determinar um estado de alma positivo, um justo otimismo em relação ao futuro – sim, porque quem está crescendo pode esperar mais coisas boas para si lá adiante.

Outra característica da maturidade é o senso de responsabilidade sobre si mesmo, assim como o desenvolvimento de uma sólida disciplina: isso significa controle racional sobre todas as emoções, especialmente a preguiça. Uma razão forte também exerce controle e administra a inveja, os ciúmes, os anseios eróticos e românticos, assim como a raiva e a agressividade. Controlar não significa reprimir e muito menos sempre deixar de agir de acordo com as emoções; significa apenas que elas – as emoções – passam pelo crivo da razão e só se tornam ação quando por ela avalizadas. (…)

Os mais evoluídos emocionalmente tendem a ser mais ousados e a buscar com determinação a realização de seus projetos. Têm menos medo dos eventuais – e inevitáveis – fracassos, pois se consideram suficientemente fortes para superar a dor derivada dos reveses. Ao contrário, aprendem com seus tombos, reconhecem onde erraram e seguem em frente com otimismo e coragem ainda maior. Costumam ter melhores resultados do que aqueles mais ponderados e comedidos, condição que não raramente esconde o medo do sofrimento próprio dos que enfrentam os riscos.”

Tá vendo?

Maturidade não é ficar velho. É ter controle sobre suas emoções.

“Grande Luciano Pires. Aqui é Mauro Segura. Cara! Eu acabei de ouvir o episódio 662 A importância da cultura. Que bom que você trouxe esse assunto Luciano, da maneira como você colocou. Acho que a gente confunde muito as coisas aqui e eu acho que a gente discute pouco esse tema no Brasil de uma maneira séria. 

E um outro ponto também: que lindo o Olodum junto com  com o Paul Simon. Eu não conhecia, fiquei arrepiado. E você foi muito, muito esperto quando chegou no final falou assim: e aí, que que está sentindo? Isso é cultura. É aquilo mesmo. Eu estava arrepiado no final do que você colocou.

Mas cara, eu mando essa mensagem  aqui por dois pontos aqui. Na verdade, um é até uma provocação. Você falou muito de cultura como resultado de educação, de inteligência. Mas eu vejo também que cultura é resultado das inúmeras experiências que a gente se  expõe na vida. E ao longo da vida, conforme você vai ficando mais velho, conforme a pessoa ai ficando mais velha, ela vai se desenvolvendo culturalmente. E ai é uma… a gente cai numa armadilha, que é muito comum a qualquer um de nós, que a gente se coloca como consequência do que a gente vive, ou como vítima. Nós somos vítimas do país onde vivemos, somos vítimas do trabalho que temos, somos vítimas da família que nós temos, somos vítimas do chefe que nós temos enfim, isso nos dá conforto e nos coloca numa situação psicológica absolutamente falsa, como se a gente não tivesse poder de transformar as coisas ou de mudar as coisas.

Você fala muito sobre isso, né? No Café Brasil. O Café Brasil toca nisso o tempo inteiro. Mas o desafio aqui, seria muito legal ter um programa comentando como nós podemos, intencionalmente, criar para nós mesmos uma jornada de transformação individual. Como pessoa, como profissional, até no aspecto cultural. Isso tudo veio por conta do programa. Falei cara! Como a gente pode, cada um de nós, como é que a gente pode, provocar essa transformação, desenhar um caminho intencional de provocação. Eu sei que isso passa pelas pessoas com quem a gente convive, pela nossa disposição de fazer mudanças na nossa vida, da gente ser mais diverso e menos preconceituoso, mas como é que a gente pode construir isso, né? Essa transformação nas pequenas atividades diárias e na nossa rotina?

Eu trabalho em empresas, né? E a gente nunca viveu tanto nas empresas, uma discussão como a gente tem hoje, de transformação. Todas as empresas falam que estão em transformação, transformação digital e é interessante porque tem um paradoxo: os funcionários quando enxegam aquilo, eles olham as empresas em transformação, esperando que a transformação aconteça de cima pra baixo. No conceito topdown. a transformação, de alguma maneira vai vir lá de cima e eu vou embarcar nela. Enquanto que,  na verdade, a transformação verdadeira acontece bottonup, a cada  funcionário, individualmente em que se transformar para o todo se transformar.  Obviamente, que o melhor desenho é quando você tem a transformação acontecendo em cima topdown e a transformação embaixo, bottonup acontecendo e as coisas se fecham e aí a transformação acontece porque ela vem por todos os lados. Enfim, eu vivo isso no dia a dia no mundo empresarial. Mas eu sei que se a gente levar isso pro mundo nosso, da sociedade, do mundo individual, isso é muito importante.

Então, Luciano, com todo o repertório que você tem, com toda a experiência que você tem, a sua capacidade espetacular de colocar as coisas e fazer a gente refletir, seria maravilhoso se você pudesse  nos brindar com isso.  Falar assim, como é que a gente constrói através de pequenos  passos, simples passos, na nossa rotina diária, uma jornada de transformação pra que lá na frente a gente alcance um propósito, né? Um objetivo que a gente queira buscar. Seria fascinante.

Cara! Fica aqui meus parabéns aqui pro Café Brasil, mais uma vez, é maravilhoso e vida longa ao cafezinho. Enorme abraço”.

Grande Mauro Segura, sempre atento, sempre provocando, sempre inspirando…  Meu caro, eu acho que a pegada deste programa vai na linha do que você comentou. O que temos de fazer para provocar nossa evolução pessoal, para sermos donos de nossos narizes!

Muito bem. O Mauro receberá mais um KIT DKT, recheado de produtos PRUDENCE, como géis lubrificantes e preservativos masculinos. 

A DKT distribui as marcas Prudence, Sutra e Andalan, contemplando a maior linha de preservativos do mercado, além de outros produtos como anticonceptivos intrauterinos, géis lubrificantes, estimuladores, coletor menstrual descartável e lenços umedecidos. A causa da DKT é reverter grande parte de seus lucros para projetos nas regiões mais carentes do planeta para evitar gravidez indesejada, infecções sexualmente transmissíveis e a aids. Ao comprar um produto Prudence, Sutra ou Andalan você está ajudando nessa missão!

facebook.com/dktbrasil.

Vamos lá então!

Lalá, o que é que uma pessoa madura usa no hora do amor?

Lalá – Bom, se estiver muito madura, um comprimidinho azul né? Mas aí… Prudence, é claro!

Ao som de Caçador de Borboletas de Radamés Gnatalli, com o quarteto Maogani, vamos ver umas coisinhas que a maturidade nos ajuda a fazer.

Para isso vou usar um trecho interessante de um artigo de uma professora norte americana chamada Gina Barreca, autora do livro “Não é que eu seja cruel: como aprendi a parar de me preocupar com as marcas da calcinha na bunda e conquistei o mundo”.

Em seu texto ela diz assim, ó:

Eis o que a maturidade faz: ela enche de sal os saleiros, esvazia as lixeiras quando estão cheias. A maturidade compreende que é possível ter uma gaveta de lixo em casa, mas não 27.

 A maturidade não fica digitando no celular, jogando games ou recebendo ligações enquanto conversa com outras pessoas.

A maturidade faz back up dos arquivos, vai ao médico quando está com dores e paga a conta quando sai para jantar com os pais.

A maturidade entende que ninguém quer ouvir as histórias sobre porque algo não foi feito. A maturidade sabe que o que interessa é a tarefa completada.

Em contraste, a imaturidade tem uma lista de desculpas pré-fabricadas para justificar porque a tarefa não foi feita no prazo acordado. A imaturidade usa qualquer inconveniente, dor de cabeça, resfriado, unha encravada ou falta de luz como desculpa para não completar as tarefas. A imaturidade não entende por que a vida é tão injusta, quando recebe crítica e não condolências por suas falhas.

A imaturidade fica no mimimi; rola os olhos. A imaturidade leva tudo para o pessoal, não assume responsabilidades. A imaturidade larga roupas por todo lado em vez de lavá-las. A imaturidade chega atrasada e sai antes da hora.

Em resumo, a imaturidade é mimada. E o que é mimado não amadurece. Fica amargo e murcha antes da hora.  

Minha definição de imaturidade é o desejo de escapar das consequências da falta de ação ou das escolhas erradas. Não importa a idade que você tem.

No entanto, mesmo que a imaturidade e a preguiça estejam eternamente ligadas, nenhuma é irrevogável.

A maturidade pede ajuda, pede desculpas e pergunta se é sua vez de falar. Quando a maturidade sai para tomar café, pergunta se você quer alguma coisa. Quando a maturidade discute, também ouve. Quando a maturidade ri, ri com os outros  e não dos outros.

A maturidade entende que existe a escuridão no mundo, mas que não precisamos viver nela. Podemos acender a luz e oferece-la para os outros.

Você viu só, hein? Reconheceu alguém nessa descrição?

Maturidade não é ficar velho.

Nietzche uma vez escreveu mais ou menos assim: “Os jovens amam o que é interessante e peculiar, não importa até onde seja verdadeiro ou falso. Espíritos mais maduros amam aquilo que é interessante e peculiar na verdade. E cabeças totalmente amadurecidas amam a verdade também onde ela parece ingênua e simples e é enfadonha para o homem comum, porque notaram que a verdade costuma dizer com ar de simplicidade o que tem de mais alto em espírito.”

Já o poeta e crítico inglês Edward Young escreveu em 1745: “Todo feito de promessas é o pobre homem procrastinador. E isso em cada etapa (da vida). Enquanto jovens, de fato, por vezes plenos de contentamento e altivamente repousamos, despreocupados de nós mesmos, e somente desejamos, como filhos devotos, que nossos pais fossem mais sábios. Aos trinta nasce no homem a suspeita de que ele é um tolo; aos quarenta ele sabe disso, e revê seus planos. Aos cinquenta maldiz sua infame demora e força em si mesmo a prudente intenção de resolver-se.”

No fundo, Nietzche e Young tratam do amadurecer… da crisálida.

A vida parece andar sempre para a frente, não é? E somos treinados a olhá-la de forma linear, e conforme vamos amadurecendo, aprendemos a perceber nossos padrões de comportamento, como lidamos com as transformações e nossa capacidade de passar pelas mudanças que iniciamos ou as que nos pegaram pelo caminho.

Na juventude aprendemos algumas coisas essenciais: do que não gostamos e do que gostamos, no que somos bons, o que nos interessa, quais nossos talentos e o que funciona pra nós. E o fundamental é diferenciar o que queremos daquilo que os outros querem para nós. É essa identificação que definirá o tipo de borboleta que precisa sair da crisálida.

O importante é manter em perspectiva que aconteça o que acontecer com você, é problema seu e não dos outros. Pare de criar desculpas ou inventar razões para explicar porque a vida é tão difícil. Não pense que o que parece familiar, agradável e confortável é bom pra você. Quando abre mão de suas responsabilidades, você deixa que outros façam as escolhas por você. E aí não é mais sua vida, é a vida de outro que você está vivendo.

Em vez da borboleta colorida que você esperava, vai sair uma mariposa cinza…

Por isso é muito importante reservar um tempo para aquilo que já tratei muitas vezes no Café Brasil: a introspecção. Aquele momento em que você conversa consigo mesmo, examina suas limitações, seus desejos. Define onde quer estar e verifica se tem as ferramentas para se mover até lá. É você consigo mesmo, sem procurar as culpas do mundo. É quando você compreende o tamanho que seus sonhos devem ter. Repare, eu não disse podem ter, mas devem ter. É quando você define o tipo de borboleta que vai sair da crisálida. E então precisa trabalhar para isso.

E uma das formas é… estudando. Estudando, meu! Estudando.E por falar em estudo…

chegou a hora da Nakata que fabrica autopeças para veículos leves, pesados e motos e mantém um blog com dicas para ajudar você a cuidar bem do seu carro e economizar na manutenção. E com dicas técnicas para o seu mecânico. Mas a Nakata vai muito mais longe, cara… Se você se cadastrar no blog.nakata.com.br com um comentário em qualquer post lá, dizendo que chegou lá pelo Café Brasil, concorrerá todo mês a um curso na Udemy.

A Udemy é uma espécie de universidade virtual, que tem milhares de cursos. O ganhador desta promoção da Nakata poderá escolher qualquer curso até o valor de 250 reais. Todo mês tem um, tá bom?

Que tal, hein? blog.nakata.com.br

Tudo azul? Tudo Nakata.

Muito bem, cada um viverá seu período de crisálida de um jeito. Mas assim como a lagarta se alimenta avidamente para guardar energia para a transformação, você também pode tomar suas providências. Sua resposta para as mudanças que a vida precisa dependem de você saber quem você é, o que você espera de si e o que você acha que é sua obrigação. Sua responsabilidade. Algumas pessoas acham que tem de fazer o que precisa ser feito. Partem pra luta. Outras preferem esperar pra ver a situação com mais clareza. E dependendo de como você é, pode-se criar momentos de confusão, ansiedade, desapontamento e até depressão. Especialmente naqueles momentos em que você acha que não conseguiu chegar lá, que tudo mudou outra vez, que o pico é mais alto do que você esperava, ou que a concorrência é melhor que você. Ou então de que não existe um propósito. Isso é muito comum, especialmente nos momentos de começo de processos de transformação.

Você sentirá a sensação de perda, de ter de abrir mão de algo que gostava ou que pensava que gostava; sentirá incerteza, dúvida e desconforto. Eu acho que é isso que acontece com a crisálida. Perde a liberdade da lagarta, se vê presa num ambiente apertado, não entende as mudanças físicas pelas quais está passando…deve ser uma doideira. E de repente, abre-se uma fresta no casulo…e aparece a luz. E muda tudo outra vez.

E se a mudança, a transformação é inevitável, o primeiro passo é: aceite-a!

A empresa mudou? Seu trabalho mudou? Seu parceiro lhe deixou? Seu candidato não ganhou? Um novo vizinho chegou? Cara, se a mudança é inevitável, aceite-a. E lembre-se que situações que você não controla, no começo são assustadoras, intimidadoras. Pare. Respire. Divida a situação em partes menores e resolva um assunto por vez. De novo: se a mudança é inevitável, aceite-a. Não precisa se conformar com ela, mas você tem que começar aceitando. 

Ao tomar a decisão de aceitar a mudança, você já construiu uma parte do casulo, da armadura emocional que o ajudará a ser menos afetado pelas emoções. E terá mais espaço para se dedicar às questões práticas para resolver os problemas. Sacou?

Menos mimimi, mais ação efetiva.

O que é que você precisa para encarar a transformação? Que habilidades precisa desenvolver? Quais recursos? Por quanto tempo, hein? E os planos, cara? Você tem que revisá-los todo dia e fazer as mudanças necessárias. Obstáculos precisam ser encarados como barreiras a vencer e não como desculpa para voltar pra casa.

Meu, que puta papo de autoajuda, cara… Pois é. Se ajudar alguém, já tá valendo, viu?  Eu não te obriguei a comprar nada pra ouvir esta conversa, não é?

Então, vamos lá, olha: crie um plano. Coloque datas nele. Assuma compromisso com você mesmo. Estipule formas de avaliar o seu progresso. É você com você, esqueça a mamãe, o papai, a professora, o chefe, o parceiro, o prefeito, o governador.

Cara! É você.

Às vezes você achará que escolheu o caminho ou a direção errada. Vai querer desistir, cara. Mas não deixe que isso aconteça por uma dor momentânea, por um incômodo bobo. Nada de “ah, não gostei, tô enfastiada, vou desistir!” Isso é falta de maturidade.

Mas se a coisa for séria, mude o curso, ora. Faça uma curva. Contorne o obstáculo. Ao perceber que as coisas não andam como você gostaria, vão aparecer sim o medo, a frustração, a culpa, os ressentimentos, a raiva, a ansiedade e até o pânico… Maturidade é saber como lidar com isso. Cara, as coisas não aconteceram como eu previa! Talvez nunca tenham acontecido e eu não percebi. Talvez nunca venham a acontecer! Talvez seja hora de mudar. Olha! Assuma as rédeas e as consequências sobre suas escolhas e pergunte-se todo dia:

Os objetivos que eu criei para mim são razoáveis?

As expectativas que eu tenho para minha vida são realistas?

Meu plano é factível? Tenho bala na agulha pra cumpri-lo?

Baseado na minha evolução até aqui, estou no caminho certo, hein?

As mudanças que tenho que fazer me excitam? Ou me apavoram?

Quanto sacrifício pessoal será necessário? E a preguiça, hein?

Quantos riscos tenho disposição de assumir?

Eu compreendi as consequências das mudanças que enfrentarei?

É isso, ó. A crisálida com essas perguntas bem respondidas, não tomará um susto quando abrir as asas ao sol e, de repente, sair voando.

Voar é tudo que ela espera.

Muito bem, o objetivo deste programa é dizer que não devemos tratar a vida como se fosse uma conta matemática, com resultado sempre certo. Não. A vida não é o que você fantasia. É um processo constante de reavaliação, redefinição, mudança de planos tantas vezes quantas for necessário. E é problema cara, é seu, de mais ninguém!

Viver é amadurecer, mas amadurecer consciente, crescendo, com responsabilidade e vontade. Pra um dia você olhar pra trás e dizer: pô, meu, valeu a pena!    

Pescador de ilusoes
O Rappa

Se meus joelhos não doessem mais
Diante de um bom motivo
Que me traga fé, que me traga fé
Se por alguns segundos eu observar
E só observar
A isca e o anzol, a isca e o anzol
A isca e o anzol, a isca e o anzol
Ainda assim estarei pronto pra comemorar
Se eu me tornar menos faminto
E curioso, curioso
O mar escuro, trará o medo lado a lado
Com os corais mais coloridos
Valeu a pena, ê ê
Valeu a pena, ê ê
Sou pescador de ilusões
Sou pescador de ilusões
Valeu a pena, ê ê
Valeu a pena, ê ê
Sou pescador de ilusões
Sou pescador de ilusões
Se eu ousar catar
Na superfície de qualquer manhã
As palavras de um livro sem final
Sem final, sem final, sem final, final
Valeu a pena, ê ê
Valeu a pena, ê ê
Sou pescador de ilusões
Sou pescador de ilusões
Valeu a pena, ê ê
Valeu a…

E é então assim ao som de PESCADOR DE ILUSÕES, o clássico do Rappa, aqui em versão acústica, que vamos saindo de mansinho…

E aí? Ficou com uma pulguinha atrás da orelha? Ou achou que foi mais do mesmo? Olha, na verdade o que você achou não importa, viu? Desde que você não fique aí parado, com a boca aberta cheia de dentes esperando a morte chegar… 

O Café Brasil é produzido por quatro pessoas. Eu, Luciano Pires, na direção e apresentação, Lalá Moreira na técnica, Ciça Camargo na produção e, você já sabe, né? Você aí, completando o ciclo.

De onde veio este programa tem muito mais, especialmente para quem assina o cafebrasilpremium.com.br, a nossa “Netflix do Conhecimento”, onde você tem uma espécie de MLA – Master Life Administration. Então acesse cafedegraca.com e experimente o Premium por um mês, sem pagar.

O conteúdo do Café Brasil pode chegar ao vivo em sua empresa através de minhas palestras. Acesse lucianopires.com.br e vamos com um cafezinho ao vivo.

Para o resumo deste programa, acesse portalcafebrasil.com.br/663.

Mande um comentário de voz pelo WhatSapp no 11 96429 4746. E também estamos no Telegram, com o grupo Café Brasil.

Para terminar, uma frase de Epíteto, no século I depois de Cristo.

Quem acusa os outros pelos seus próprios infortúnios, revela uma total falta de educação; quem acusa a si mesmo mostra que sua educação já começou; mas quem não acusa nem a si mesmo nem aos outros, revela que a sua educação está completa.