s
Iscas Intelectuais
Corrente pra trás
Corrente pra trás
O que vai a seguir é um capítulo de meu livro ...

Ver mais

O que é um “bom” número de downloads para podcasts?
O que é um “bom” número de downloads para podcasts?
A Omny Studio, plataforma global na qual publico meus ...

Ver mais

O campeão
O campeão
Morreu Zagallo. Morreu o futebol brasileiro que aprendi ...

Ver mais

O potencial dos microinfluenciadores
O potencial dos microinfluenciadores
O potencial das personalidades digitais para as marcas ...

Ver mais

Café Brasil 936 – Os dois capitais
Café Brasil 936 – Os dois capitais
Em junho de 2015, durante uma cerimônia na Universidade ...

Ver mais

Café Brasil 935 – O que faz a sua cabeça?
Café Brasil 935 – O que faz a sua cabeça?
É improvável – embora não impossível – que os ...

Ver mais

Café Brasil 934  – A Arte de Viver
Café Brasil 934  – A Arte de Viver
Durante o mais recente encontro do meu Mastermind MLA – ...

Ver mais

Café Brasil 933 – A ilusão de transparência
Café Brasil 933 – A ilusão de transparência
A ilusão de transparência é uma armadilha comum em que ...

Ver mais

LíderCast Business 330 – Michel Torres
LíderCast Business 330 – Michel Torres
Com este episódio do LíderCast, lançamos a versão ...

Ver mais

LíderCast 329 – Bruno Gonçalves
LíderCast 329 – Bruno Gonçalves
O convidado de hoje é Bruno Gonçalves, um profissional ...

Ver mais

LíderCast 328 – Criss Paiva
LíderCast 328 – Criss Paiva
A convidada de hoje é a Criss Paiva, professora, ...

Ver mais

LíderCast 327 – Pedro Cucco
LíderCast 327 – Pedro Cucco
327 – O convidado de hoje é Pedro Cucco, Diretor na ...

Ver mais

Segunda Live do Café Com Leite, com Alessandro Loiola
Segunda Live do Café Com Leite, com Alessandro Loiola
Segunda live do Café Com Leite, com Alessandro Loiola, ...

Ver mais

Live Café Com Leite com Roberto Motta
Live Café Com Leite com Roberto Motta
Live inaugural da série Café Com Leite Na Escola, ...

Ver mais

Café² – Live com Christian Gurtner
Café² – Live com Christian Gurtner
O Café², live eventual que faço com o Christian ...

Ver mais

Café na Panela – Luciana Pires
Café na Panela – Luciana Pires
Episódio piloto do projeto Café na Panela, com Luciana ...

Ver mais

Rubens Ricupero
Luiz Alberto Machado
Iscas Econômicas
Memórias de um grande protagonista   “Sem as cartas, não seríamos capazes de imaginar o fervor com que sentíamos e pensávamos aos vinte anos. Já quase não se escrevem mais cartas de amor, ...

Ver mais

Vida longa ao Real!
Luiz Alberto Machado
Iscas Econômicas
Vida longa ao Real!   “A população percebe que é a obrigação de um governo e é um direito do cidadão a preservação do poder de compra da sua renda. E é um dever e uma obrigação do ...

Ver mais

A Lei de Say e a situação fiscal no Brasil
Luiz Alberto Machado
Iscas Econômicas
A Lei de Say e o preocupante quadro fiscal brasileiro   “Uma das medidas essenciais para tirar o governo da rota do endividamento insustentável é a revisão das vinculações de despesas ...

Ver mais

Protagonismo das economias asiáticas
Luiz Alberto Machado
Iscas Econômicas
Protagonismo das economias asiáticas   “Os eleitores da Índia − muitos deles pobres, com baixa escolaridade e vulneráveis, sendo que um em cada quatro é analfabeto − votaram a favor de ...

Ver mais

Cafezinho 633 – O Debate
Cafezinho 633 – O Debate
A partir do primeiro debate entre Trump e Biden em ...

Ver mais

Cafezinho 632 – A quilha moral
Cafezinho 632 – A quilha moral
Sua identidade não vem de suas afiliações, ou de seus ...

Ver mais

Cafezinho 631 – Quem ousa mudar?
Cafezinho 631 – Quem ousa mudar?
O episódio de hoje foi inspirado num comentário que um ...

Ver mais

Cafezinho 630 – Medo da morte
Cafezinho 630 – Medo da morte
Na reunião do meu Mastermind na semana passada, a ...

Ver mais

Continente dividido

Continente dividido

Luiz Alberto Machado - Iscas Econômicas -

América do Sul:

Continente dividido

“Depois de perder força -com as eleições de Mauricio Macri na Argentina e de Jair Bolsonaro no Brasil -a esquerda volta a ganhar espaço na América do Sul. Com a recente vitória de Pedro Castillo no Peru, o tabuleiro geopolítico do subcontinente chegou a uma situação de empate.”

Fernando Jordão

Com a apertada vitória de Pedro Castillo sobre Keiko Fujimori nas eleições presidenciais do Peru consolida-se um quadro extremamente complicado no continente sul-americano, marcado pela combinação de acentuada divisão ideológica e relativa fragilidade de presidentes obrigados a governar sem maioria parlamentar e/ou com baixo apoio popular.

Examinando a situação atual, é razoável afirmar que o continente possui quatro governos de esquerda, no Peru, na Bolívia, no Suriname e na Venezuela, sendo este último caracterizado pelo binômio radicalismo/populismo; dois de centro-esquerda, na Argentina e na Guiana; cinco de centro-direita, no Uruguai, no Chile, no Paraguai, no Equador e na Colômbia; e um de direita, no Brasil.

Tal quadro diverge consideravelmente dos observados em dois diferentes períodos da história recente da região. O primeiro desses períodos corresponde ao do domínio dos regimes autoritários liderados por militares ou coalizões civil-militares iniciados nas décadas de 1960 ou 1970 e que se estenderam pela década de 1980. Mesmo considerando diferenças nos países que passaram por governos militares nesse período – Paraguai, Brasil, Argentina, Uruguai, Peru, Chile, Bolívia e Equador – é possível associar a ascensão ao poder de tais governos ao contexto da Guerra Fria e, nesse sentido, identificá-los à influência norte-americana e ao objetivo prioritário de evitar o avanço da influência socialista no continente[1].

O segundo período em que a América do Sul mostrou claro predomínio de determinada linha político-ideológica foi na primeira década deste século. Começando por Hugo Chávez, que chegou à presidência da Venezuela em 1999, governantes declaradamente de esquerda foram sucessivamente conquistando o poder: no Brasil (Lula, em 2003), Argentina (Nestor Kirchner, em 2003), Uruguai (Tabaré Vasquez, em 2005), Chile (Michelle Bachelet, em 2006), Bolívia (Evo Morales, em 2006), Equador (Rafael Correa, em 2007), e Paraguai (Fernando Lugo, em 2008)[2].

O quadro que se apresenta agora no continente sul-americano revela, além da acentuada divisão político-ideológica, dificuldades socioeconômicas agravadas pela pandemia do novo coronavírus, insatisfações e rebeliões populares no Chile, no Paraguai, na Venezuela e na Colômbia, sem contar seguidos focos de instabilidade provocados pelos presidentes do Brasil e da Argentina.

Como se vê, embora os organismos internacionais e respeitados analistas projetem taxas positivas de crescimento econômico em vários países da região em 2021, a divisão político-ideológica e as dificuldades de governança deverão continuar dominando o cenário por algum tempo.

 

Iscas para ir mais fundo no assunto 

Referência webgráfica

JORDÃO, Fernando. América do Sul vive ‘empate’ entre esquerda e direita. Disponível em https://www.sbtnews.com.br/noticia/mundo/170347-america-do-sul-vive-empate-entre-esquerda-e-direita-veja-mapa.

Referência cinematográfica

Título: Estado de Sítio

Título Original: État de Siege

Direção: Costa-Gavras

Elenco: Yves Montand, Jacques Weber, Renato Salvatori…

Ano de produção: 1973

Duração: 119 minutos

[1] O apoio norte-americano aos governos militares na América Latina se tornou conhecido pelo nome de Operação Condor, formalizada em reunião secreta realizada em Santiago do Chile no final de outubro de 1975. Tal operação consistiu na aliança entre as ditaduras instaladas nos países do Cone Sul na década de 1970 – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, com presença esporádica de Peru, Equador, Colômbia e Venezuela – para a realização coordenada de ações para neutralizar e reprimir os grupos que se opunham aos regimes militares montados na América Latina. Sob a coordenação da CIA, desempenhou papel importante até a onda de redemocratização ocorrida na década de 1980. Vale a pena assistir ao filme Estado de Sítio, do diretor Costa-Gavras, em especial o trecho em que agentes de países sul-americanos recebem treinamento de tortura ministrados pela CIA.

[2] O avanço dos partidos de esquerda na América Latina teve amplo apoio do Foro de São Paulo, uma organização formada por partidos e movimentos políticos de esquerda latino-americanos e caribenhos, identificados com um posicionamento antineoliberal e anti-imperialista e em favor da integração econômica, social, política e cultural da América Latina e Caribe. É uma grande família da qual fazem parte diversas correntes político-ideológicas, ou famílias, da esquerda latino-americana, criado com forte influência de Fidel Castro, Luiz Inacio Lula da Silva e Hugo Chávez.

Ver Todos os artigos de Luiz Alberto Machado