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Luciano Pires -

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É… O tempo está passando, a nossa pirâmide populacional está se invertendo. E uma população cada vez mais velha criará problemas sérios. Em particular, será difícil garantir a sustentabilidade dos sistemas de saúde e previdência em países onde a proporção de idosos pode até dobrar. Mas se o envelhecimento da população é um desafio, também é uma oportunidade. Você já ouviu falar em Economia Prateada?

Bom dia, boa tarde, boa noite. Você está no Café Brasil e eu sou o Luciano Pires. Posso entrar?

Agora é hora do comentário do ouvinte. Normalmente eu tento editar os comentários para que fiquem dentro de até 3 minutos, mas este aqui não teve jeito.

“Bom dia Luciano, Ciça, Lalá. Sou a Vanya, eu moro em Santa Catarina e eu tinha visto há um tempo atrás um post do Luciano falando sobre as dificuldades com o INSS.

Eu tenho 35 anos, meu irmão tem quase 40 e aos 18 ele sofreu um acidente que deixou ele com sequelas físicas neurológicas e há 6 anos eu cuido exclusivamente dele, larguei meu trabalho, a cidade onde eu morava, minha casa e junto com as minhas filhas, meu pai, que na época estava doente, pra morar na casa da minha mãe pra cuidar dele porque na situação, não tinha como fazer o inverso.

Como eu larguei o trabalho, a dificuldade que o brasileiro tem de manter reservas de emergências prolongadas, né? No fim, o INSS cortou o benefício dele, a aposentadoria que era muito pequena, mas era o que tinha e aí a gente descobriu o que tinha acontecido, depois de muitas e muitas idas e vindas ao banco, ao INSS, muitas dificuldades financeiras, se descobriu que eles tinham trocado o curador e colocado como morte do titular, ou seja, a pessoa morre e troca a pessoa responsável por ela.  Isso que estava no papel do INSS, por isso que o benefício tinha sido cortado.

E nem na agência do banco, nem no INSS, …. e demorou muitas viagens e muitas vindas pra descobrir isso. Reestabelecida a aposentadoria, começou a sessão de perícia.

O meu irmão tem sequelas graves que não podem ser restabelecidas pela gravidade e pelo tempo de lesão. São 18 anos, então, não tem mais o que melhorar, digamos assim.

No início eu era obrigada a levá-lo pra fazer a perícia, a cada dois anos, porque ninguém no INSS, e nós não sabíamos também, nos disse que nós não precisaríamos fazer essas perícias. Que como as sequelas dele, as deficiências eram fixas, digamos assim, não precisaria dessas, perícias, somente a prova de vida normal que pode ser feita online, né? Tem uma dificuldade pra levá-lo, ele é cadeirante, não sustenta o próprio corpo, então é complicado, principalmente pra uma mulher, que por mais forte que seja, erguer um homem de 1,70, é muito complicado.

E aí, um belo dia, depois de ter feito duas perícias em duas semanas, por motivos diferentes, mas ligados ao INSS, se descobriu que por 12 anos se fez perícia a cada dois anos, pelo menos pra poder comprovar a deficiência dele. É complicado, né?

Mais tarde, eu entrei com um processo de solicitação de pensão por morte da minha mãe, minha mãe era aposentada também, e pensão por morte em benefício ao meu irmão.

Mas, o que me chamou muito a atenção, foi a resposta por carta do INSS, que a deficiência não tinha sido comprovada e, de uma forma bem rebuscada, digamos assim, que ele não era deficiente o suficiente.

Enfim, não andando, não falando, usando fraldas, cadeira de rodas, não sustentando o próprio corpo, não conseguindo comer sozinho, não conseguindo ir ao banheiro sozinho, ele não era deficiente suficiente. Imagina se fosse, né?

O meu filho tem 4 anos, o meu filho mais novo tem 4 anos. Mudando do meu irmão pra mim, meu filho tem 4 anos e dei entrada no auxílio maternidade quando ele nasceu e dois anos depois, eu ainda não tinha recebido.

Eu não trabalho, porém pagava, nem faço mais questão, como autônoma, justamente porque eu precisaria pagar alguém pra cuidar do meu irmão, enquanto eu estivesse, pelo menos no primeiro mês ali, onde tinha recomendado um pouco mais de resguardo, né?  Até o nome dito popularmente resguardo, né? E dois anos depois, eu não tinha recebido valor nenhum, né? Tanto é que eu não tive condições de pagar uma pessoa. Paguei por duas semanas e depois não tive mais.

Dois anos depois eu não tinha recebido ainda e aí eu entrei com um novo processo porque eles tinham colocado lá como falta de entrega de documentos. Mas eu entreguei os documentos, coloquei todos os dados certinhos lá, fiz online, um processo novo, nova entrada, aí eu logo recebi, dois anos depois com uma segunda entrada que eu dei, eu recebi. Agora, alguns poucos dias, depois que o meu filho tem 4 anos, quase quatro anos e meio, veio resposta do primeiro processo. Que tinha sido concluído. Ou seja, olha a dificuldade que é resolver pequenas coisas e a falta de comunicação dentro do próprio sistema. Eu já tinha recebido, então, automaticamente deveria ter cancelado outro processo e esse processo ainda estava rolando lá dentro, ocupando espaço e tempo e tudo mais do próprio sistema e das pessoas que estão lá dentro.

É muito triste essa falta de agilidade, porque tem muitas pessoas que tem reais dificuldades financeiras e de locomoção e tudo mais e precisam ficar indo e vindo várias e várias vezes sem que ninguém dê um suporte mínimo.

É tudo muito lento, muito estagnado, muito desleixado, pra falar bem a verdade. É triste. Muito triste que a gente precise estar relacionado a um sistema tão falho.”

Vanya, que coisa…Olha, eu comentei com a Vanya essa mensagem, perguntando a ela se os sons ao fundo eram do irmão dela. Ela me respondeu que sim, que já está tão acostumada que nem percebe mais. Vanya, que missão de vida essa sua… e que sorte de seu irmão por ter você. Não tem como ouvir esse relato sem ficar emocionado e ao mesmo tempo indignado com as pessoas – sim, são pessoas – que se tornam autômatos sem emoção por trás dos processos desse INSS gigante e ineficiente. Eu nem sei o que dizer, além de desejar a você, Vanya, toda a felicidade do mundo.

O comentário do ouvinte agora é patrocinado pela Livraria Café Brasil, e a Vanya ganhou um livro! Deixa eu ver qual que vai ser?

Aqui ó: será o Pare de acreditar no governo, do Bruno Garschagen. Por que odiamos os políticos e amamos o Estado? Por que chegamos à condição de depender do Estado para quase tudo? Bruno Garschagen busca entender como se formou historicamente no Brasil a ideia de que cabe ao governo resolver todos ou a maioria dos problemas sociais, políticos e econômicos.

Vanya, entre em contato conosco pelo WhatsApp 11 96429 4746, para combinar o envio. E muito obrigado!

Então vamos lá… se você vê valor no trabalho que a gente faz aqui no Café Brasil, torne-se um assinante. E se gosta de ler, compre nossos livros na livrariacafebrasil! É só acessar mundocafebrasil.com. Vai lá. A gente espera.

Em 2018 eu estava num evento nos Estados Unidos, quando um dos apresentadores fez uma palestra sobre a Silver Economy: a economia representada pelo segmento mais velho da população. Ele mostrou as oportunidades para negócios, apoiado na realidade norte-americana, quando os aposentados passam a desfrutar da vida, a viajar e a gastar.

Imediatamente eu fiz um paralelo com o Brasil, onde os aposentados, na maioria, têm de continuar trabalhando e fazendo bicos, ou não terão o que comer.

No total, o Brasil tem hoje cerca de 43 milhões pessoas com mais de 60 anos, pouco mais de 4 milhões nas classes A e B e 15,5 milhões nas classes D e E. A silver economy, ou Economia Prateada, no Brasil, como tudo o mais, é marcada por uma profunda desigualdade social.

Tirei esses dados de um trabalho da Globo cujo link está no roteiro deste programa no portalcafebrasil.com.br .

Panorama das classes ABCDE

A expressão “Economia Prateada” se refere ao conjunto de atividades econômicas, inovações e oportunidades de negócios que surgem por causa do envelhecimento da população. Ela é também conhecida como a “Economia do Envelhecimento” ou “Economia da Longevidade”. O termo “prateado” faz referência aos cabelos grisalhos associados ao envelhecimento.

O conceito da economia prateada teria aparecido no começo dos anos 2000 no Japão ou Alemanha, a informação varia conforme a fonte, destacando os “potenciais dos idosos para os negócios e a sociedade”.  O conceito de economia prateada no Brasil é um pouco diferente do entendimento em alguns países da Europa, nos Estados Unidos e no Japão. Nesses países sua definição é algo como “um conjunto de atividades econômicas vinculadas à produção de bens e serviços voltados para os idosos”.

A economia prateada no Brasil é um conceito ainda em formação. Como na maior parte do mundo, o envelhecimento populacional tem incentivado o investimento desde pequenos empreendedores até grandes empresas no segmento. Mas no Brasil isso ainda não é visto como uma estratégia, um “ecossistema” ou uma das ferramentas para o crescimento econômico, como a economia prateada é entendida na França e na Alemanha, por exemplo.

No Brasil, o conceito começou a ser compreendido a partir de 2007 mais como uma disciplina acadêmica chamada de “Economia da Longevidade”, que inclui não apenas o potencial do mercado, mas também tarefas de políticas públicas. Em 2013, o governo brasileiro estabeleceu um comitê interministerial chamado “Compromisso Nacional para o Envelhecimento Ativo”, curiosamente sem a participação dos ministérios da área econômica. Os ministérios da Fazenda e Desenvolvimento, Indústria e Comércio, ficaram de fora.

Será que o governo desconsidera a população idosa como geradora de riqueza? Nas atas da reunião do comitê, é evidente que o objetivo do grupo era discutir políticas públicas “voltadas para o cuidado dos idosos”.

Ou seja, no Brasil, a Economia Prateada ainda é tratada pelo governo como assistência social.

A Economia Prateada considera que uma população envelhecida tem necessidades específicas, criando oportunidades para o desenvolvimento de produtos e serviços adaptados a esse segmento. Isso inclui áreas como por exemplo: Saúde e Bem-Estar, Tecnologia Adaptada, Moradia Adequada, Lazer e Entretenimento, Educação Continuada, Finanças e Planejamento e outros setores.

A Economia Prateada é um campo em crescimento conforme a população envelhece.

Na revista Meio e Mensagem saiu um artigo escrito por Carol Scorce, com algumas reflexões interessantes. O que vai a seguir é a adaptação de partes daquele artigo:

Até 2050, o Brasil será o sexto país do mundo com a maior população de mais de 60 anos. A importância dessa informação não está sendo discutida. Onde é que esses indivíduos irão morar? Vão ter a oportunidade de se aposentar? Com o que trabalharão? Temos alimentos saudáveis para todos? Haverá serviços ao alcance de todos? A geração Z e os millennials, que são muito apreciados e discutidos, vão envelhecer e, aparentemente, continuarão agitados e movimentando muito dinheiro. No entanto, a Economia Prateada já está impulsionando transformações significativas desde hoje.

A economia prateada, movimenta 7,1 trilhões de dólares anualmente, em todo mundo, e oferece muitas oportunidades de negócios.

No Brasil ela movimenta 1,7 trilhão de reais anualmente, 54 milhões de pessoas no país agora fazem parte do mercado composto por indivíduos com mais de 50 anos. Até 2030, a movimentação financeira da longevidade chegará a R$ 3 trilhões, de acordo com estimativas.

Além disso, as mulheres desempenham um papel significativo na economia prateada. A demografia é a primeira explicação disso. Os dados mostram o processo conhecido como “femininização da velhice”, no qual a expectativa de vida das mulheres é, em média, oito anos maior do que a dos homens.

O segundo aspecto é o etarismo, que é uma forma de discriminação baseada na idade. O problema do etarismo afeta mais as mulheres acima de 50 anos. Elas lutam para desmistificar o estereótipo desta faixa etária nos dias de hoje, mostrando que a idade não determina a capacidade intelectual nem física.

A pesquisa Elas 45+ da consultoria Eixos afirma que as mulheres com mais de 60 anos já representam 20% do consumo nacional. Elas têm poder de compra, tomam as decisões dentro de casa e têm autonomia financeira.

Atualmente, as mulheres de 60 anos estão envolvidas em uma cruzada social. Elas estão criando uma maneira diferente de envelhecer que não se relaciona com a noção de uma mulher descartável que, aos 40 anos, deixa de ser útil como cuidadora, como era o caso das nossas avós. Elas se separam, mudam seus trabalhos, se reúnem em grupos e viajam. Além disso, elas estão empurrando os millennials.

As mulheres com mais de 60 anos se veem com mais autenticidade do que o imaginário geral sobre elas. Elas acreditam que já deram muito. Entregaram muito em seus trabalhos, para a família e para o marido, então não se preocupam com a aprovação dos outros nessa fase de sua vida. Por saberem que têm muita vida pela frente, elas se tornam mais curiosas e produtivas. As pessoas estão aprendendo que a vida é longa.

Para os brasileiros, envelhecer é algo completamente novo. A pirâmide etária muda. Por isso, o Brasil é conhecido por sua cultura jovem. Hoje em dia, 15% da população são pessoas com 60 anos ou mais. Esse número deve dobrar em 30 anos. E ainda assim, poucas pessoas as ouvem.

Não vou me adaptar
Arnaldo Antunes
Nando Reis

Os anos se passaram enquanto eu dormia
E quem eu queria bem me
Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, eu não vou me adaptar
Eu não vou me adaptar, eu não vou me adaptar

Eu não tenho mais a cara que eu tinha
No espelho essa cara já não é minha
Que quando eu me toquei, achei tão estranho
A minha barba estava desse tamanho
Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, eu não vou me adaptar
Não vou me adaptar, eu não vou me adaptar
E eu não vou me adaptar

Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Não encho mais a casa de alegria
(Os anos se passaram enquanto eu dormia)
(E quem eu queria bem me esquecia)
Será que eu falei o que ninguém dizia?
Será que eu escutei o que ninguém ouvia?
Eu não vou me adaptar, não vou me adaptar
Eu não vou me adaptar, eu não vou me adaptar

Eu não tenho mais a cara que eu tinha
No espelho essa cara já não é minha
Mas é que quando eu me toquei, achei tão estranho
A minha barba estava desse tamanho
Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, eu não vou me adaptar
Eu não vou me adaptar, eu não vou me adaptar

Pois é… Arnaldo Antunes e Nando Reis aqui com Não vou me adaptar…

Eu não tenho mais a cara que eu tinha
No espelho essa cara já não é minha
Mas é que quando eu me toquei achei tão estranho
A minha barba estava deste tamanho

Pois é…

O desejo da juventude também precisa ser considerado. Segundo a pesquisa “A revolução da longevidade” da AlmapBBDO, “não parecer velho” é a melhor maneira de envelhecer para os jovens. Uma distorção que, como Kika Brandão observa, a indústria da beleza ajudou a criar e que agora deve ser corrigida.

Além disso, os especialistas acreditam que existem muitos nichos que podem ser explorados, como alimentação saudável, moradia, lazer e uma variedade de consumos.

As necessidades que surgem com a idade avançada exigem soluções específicas. Considerando as oportunidades oferecidas pelas novas tecnologias, as soluções no futuro provavelmente serão diferentes daquelas obtidas por nossos pais e avós como: recursos de tele assistência que ajudam as pessoas a viver de forma independente por mais tempo; telefones com ícones e sons adaptados para auxiliar usuários com deterioração da visão e perda auditiva relacionadas à idade; caixas eletrônicos biométricos que usam impressões digitais em vez de códigos PIN para proteger os usuários contra roubo e perda de memória. Esse aumento na demanda interna impulsionará a economia regional, pois a criação de novos produtos e serviços levará a novos empregos, novas empresas e aumento de competitividade. São negócios que tiveram um bom retorno sobre seu investimento até o momento e mostraram ser lucrativos. Disciplinas inovadoras, como nanociências, biotecnologia, robótica e inteligência artificial, poderão lucrar com suas ideias testando fórmulas para tornar nossos últimos anos de vida melhores.

A mudança na percepção do envelhecimento deve servir para reforçar uma mudança cultural na imagem típica da velhice. O envelhecimento é associado à perda de faculdades, o que é verdade em certa medida. Mas não devemos esquecer que o envelhecimento também traz ganhos em conhecimento, experiência e generosidade. Os idosos podem permanecer ativos e ser muito úteis para a sociedade, não apenas do ponto de vista dos valores. Em termos estritamente práticos, sua renda é tributada, eles gastam, e podem realizar trabalho voluntário que economiza dinheiro para o governo. Sua experiência profissional e poder de compra poderiam contribuir para o crescimento econômico e o desenvolvimento da sociedade. Devemos parar de pensar nos idosos como um fardo e aprender a apreciar sua contribuição. Em resumo, devemos reconsiderar nossa noção de velhice, reconhecendo que o envelhecimento pode ser problemático, mas também é uma oportunidade.

Muito bem. Desde o episódio passado os assinantes passaram a receber, marcado pela entrada da vinheta do Café Brasil, o conteúdo exclusivo aqui no meio do episódio. Então, para assinantes, o assunto continua. Para não assinantes,a gente caminiha para o fechamento.

Cara, sempre que é hora de manutenção do meu veículo eu tenho aquelas dúvidas de todos nós. Qual é o produto que eu escolho, hein? E como eu não sei muito sobre manutenção de automóveis, sabe o que que eu faço? Eu procuro quem me traz confiança.

Por isso, quando se trata de peças para automóveis, motos e caminhões, eu vou de Nakata, sabe por quê, hein? Porque a Nakata entrega alta performance na reta, na curva, na subida…em qualquer caminho. E principalmente porque não sou só eu que estou falando, não. Pode perguntar para o seu mecânico de confiança.

Amortecedores, componentes de suspensão e direção, certeza que ele vai dizer que a marca é Nakata. Sabe porquê?

Oras: porque é Nakata!

Assine gratuitamente o boletim em nakata.com.br e receba as últimas novidades em seu e-mail.

Tudo azul, tudo Nakata.

Olha, desde 1940, a esperança de vida dos brasileiros aumentou em 31,1 anos. As pessoas estão mais saudáveis e vivendo mais do que nunca. A expectativa de vida dos brasileiros em 2019 era de 80,1 anos para as mulheres e 73,1 anos para os homens.

Enquanto muitas pessoas mais velhas estão se mantendo mentalmente e fisicamente mais aptas, elas também estão se mantendo produtivas e envolvidas, e muito longe de serem um fardo para a sociedade. Com mais anos no planeta, mais pessoas mais velhas também desfrutam de sabedoria, maior controle emocional, atitude positiva e menos pensamento negativo. Os mais velhos simplesmente não querem saber de encheção de saco, não querem perder o sono com decepções e pequenos aborrecimentos. Para eles, e eu posso dizer, pra nós, gastar tempo com má vontade é jogar o nosso precioso tempo de vida, fora.

Muitas pessoas têm percepções negativas, como a da competência indo para o brejo quanto mais velhos ficamos. Mas quando a confiança é aumentada, as pessoas mais velhas se saem muito bem no desempenho cognitivo. Somos inerentemente preconceituosos contra a velhice, mesmo as pessoas mais velhas se sentem assim, elas se apegam às suas noções preconcebidas sobre o que significa envelhecer.

Dados publicados em 2016 – da Dra. Rebecca Levy e colegas da Escola de Saúde Pública de Yale – indicam que as expectativas sobre a aposentadoria importam muito. De fato, elas podem estar associadas à longevidade. O trabalho da Rebecca foi publicado no Journal of Social Issues.

Os pesquisadores estudaram estereótipos – ou seja, uma crença amplamente difundida, mas simplificada – sobre a saúde física e mental durante a aposentadoria. Quando a pessoa fica mais velha, né? Em uma amostra de mais de 1.000 idosos, estereótipos positivos sobre a saúde física e a saúde mental na aposentadoria – medidos 23 anos antes – foram associados a vantagens de sobrevivência de 4,5 a 2,5 anos, respectivamente.

Levy e sua pesquisa foram a base para a campanha Combate ao Ageísmo, da Organização Mundial de Saúde, que é apoiada por 194 países-membros. Ageísmo é um termo que eles estão usando aí, pra falar do envelhecimento. Vem de aging do norte-americano.

Há sinais, segundo ela, de que a sociedade está à beira de um movimento social que pode mudar a forma como percebemos o envelhecimento em todo o mundo.

Tudo é uma questão de como você se permitirá envelhecer.  Seus genes não vão ditar como você envelhece. Isso não é um fato consumado. Estudos com gêmeos na Suécia descobriram que os genes desempenham algum papel na longevidade, mas certamente não todos. Na verdade, temos muito controle sobre como envelhecemos. Se você se mantiver mental e fisicamente ativo, poderá evitar as consequências do envelhecimento em grande grau. Seu estilo de vida – o que você come, como você dorme, nível de atividade física e muito mais – realmente importa.

Panela velha
Celmar de Moraes

‘To de namoro com uma moça solteirona
A bonitona quer ser a minha patroa
Os meus parentes já estão me criticando
Estão falando que ela é muito coroa
Ela é madura, já tem mais de trinta anos
Mas para mim o que importa é a pessoa
Não interessa se ela é coroa
Panela velha é que faz comida boa
Não interessa se ela é coroa
Panela velha é que faz comida boa

Menina nova é muito bom mas mete medo
Não tem segredo e vive falando à toa
Eu só confio em mulher com mais de trinta
Sendo distinta a gente erra ela perdoa
Para o capricho pode ser de qualquer raça
Ser africana, italiana ou alemoa

A nossa vida começa aos quarenta anos
Nascem os planos do futuro da pessoa
Quem casa cedo logo fica separado
Porque a vida de casado às vezes enjoa
Dona de casa tem que ser mulher madura
Porque ao contrário o problema se amontoa

É como diz o meu compadre Moraeszinho
Panela nova também ferve companheiro
Vou me casar pra ganhar o seu carinho
Viver sozinho a gente desacossoa
E o gaúcho sem mulher não vale nada
É que nem peixe viver fora da lagoa
‘To resolvido, vou contrariar meus parentes
Aquela gente que vive falando à toa

E assim então, ao som de Panela Velha, na versão original de 1982 do gaúcho Moraezinho, que depois virou sucesso na voz de Sérgio Reis, que vamos saindo alguns minutos mais velhos.

Estamos entendidos então? Se você é pessimista sobre como será a vida na velhice, você está em um risco maior de problemas graves, incluindo demência. Ao ter esses pensamentos negativos, o corpo está sob estresse e ansiedade, o que pode levar a piores resultados de saúde. Abrigar uma perspectiva sombria vai acelerar o declínio.

Pense positivo, e você fará parte do lado produtivo da economia prateada.

Eu não sei você, mas eu já estou nele.

O Café Brasil é produzido por quatro pessoas. Eu, Luciano Pires, na direção e apresentação, Lalá Moreira na técnica, Ciça Camargo na produção e, é claro, você aí, que completa o ciclo.

De onde veio este programa tem muito mais. E se você gosta do podcast, imagine uma palestra ao vivo. E eu já tenho mais de mil e cem no currículo, cara. Conheça os temas que eu abordo no mundocafebrasil.com.

Mande um comentário de voz pelo WhatSapp no 11 96429 4746. E também estamos no Telegram, com o grupo Café Brasil.

E para terminar, uma frase do industrial e filantropo norte americano Andrew Carnegie:

Ao envelhecer, parei de escutar o que as pessoas dizem. Agora só presto atenção no que elas fazem.